Informações não pedidas e tão pouco necessárias

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I hate everything, except some things

sábado, 28 de dezembro de 2013

All kind of stuff... and things

Acho, só acho, que já falei isso, mas é muito interessante pra ser dito só uma vez.
Na nossa cabeça não existe diferença entre uma lembrança e uma história imaginada. Quando você lembra de alguma coisa que realmente aconteceu, ela roda na sua cabeça do mesmo jeito que uma história inventada. Para pra pensar. Viu? Pois é... portanto tudo que eu já imaginei já aconteceu de algum modo. Faz a vida ser um pouquinho mais legal, não?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Carta de uma vaca a uma jamanta

Hoje não me sinto muito bem. O dia parece muito claro, muito quente e o capim sem gosto. As outras vacas me desprezam, não sei bem o motivo... você tem esse problema?
Sou mais gorda que a vaca que foi pra engorda e todos me vêem como um simples pedaço de carne, inclusive os bois. É muito ingratidão de minha parte não estar satisfeita com essa vida?
Eu te falei que no último feriado a Jasmine morreu? Pois é... somos criadas para isso e ainda é uma surpresa e uma tristeza. Marieta continua pregando seu ateísmo. Eu não me incomodo, veja bem, mas não custa ter um pouco de respeito; eu não fico fazendo graça com a crença dela. Na verdade, azar o dela. Deve ser triste não acreditar em nada. Eu sei que Jesus morreu pelos humanos, mas não acredito que não tenha nem um pedacinho Dele, ou de Deus, que se importe com a gente.
O Tutu é outro... não vem com papo de religião, mas acha que é o dono da verdade. E todo mundo que discorda dele é burro e sem noção; não passa pela cabeça dele que ter uma opinião diferente pode significar só isso: diferença. Ouço falar da hipocrisia dos humanos, mas não acho que seja diferente aqui. Ouvi uma história muito boa de como alguns porcos se rebelaram contra os donos e, em menos de alguns meses, eram eles próprios tudo o que combatiam. Bela história, ilustra bem tudo isso.
Os rapazes estão jogando aqui no campinho do lado do pasto. Acho tão engraçado esse jogo de correr atrás de uma bola e se despedaçarem no caminho. Deve ter algum prêmio pra quem pega a bola, mas toda vez que alguém chega perto, sem querer chuta a bola longe e começa tudo de novo. 
O mundo que enxergo é um mundo muito estranho e, acho, um espelho de todo o resto, pois também conheço animais legais, que alegram minha vida... eles só se esquecem de mim, às vezes. Mas eu também o faria se não fosse eu; sendo eu, só tenho que me conformar.
E tudo que estou te falando me veio à mente só porque me sinto gorda. E feia. E indesejada. Desculpe tanto incômodo.
Mas e você, como anda? Me conte...

sábado, 7 de dezembro de 2013

Cabeças de chave 2

Pois é. Mais uma Copa do Mundo e mais uma merda de critério para definir os cabeças de chave. QUAL É O PROBLEMA DA FIFA?
O ranking não pode ser a base porque o ranking é ridículo! Sem contar que qualquer pessoa com senso sabe que Suíça, Bélgica? Sério? Enquanto Itália com quatro títulos mundias não é cabeça de chave. É tão simples: são oito campeões, oito grupos.
"Mimimi mas o Uruguai classificou na repescagem" É MESMO MAS TEM A PORRA DE DOIS TÍTULOS. Em 2010 a França também se classificou na repescagem e foi cabeça de chave e eu não vi ninguém reclamando, além de mim. Mas se não é Europeu, né...
Bando de idiotas! 
Agora tem uns grupos ridículos por causa dessa burrice.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

You mean behind my back?

Então. Um post de explicação esse aqui. Explicação para mim mesma porque eu ainda preciso me convencer de que foi uma boa ideia.
Desisti de trabalhar na Copa do Mundo como voluntária. Sim, eu amei trabalhar na Copa das Confederações. Conheci pessoas incríveis e outras nem tão incríveis assim (tipo a seleção da Espanha. Antipáticos!). Foi lindo, ótimo, um sonho! Eu pisei no maracanã!!! Eu vi o Brasil deitar na Espanha!!! Só de lembrar já fico feliz... foi tudo maravilhoso, mas eu sei que não conseguiria fazer o que fiz na Copa do Mundo. Sim, eu FARIA PARTE do maior evento de futebol do mundo! Mas eu perderia o maior evento de futebol do mundo. Eu estaria trabalhando... estaria próxima, mas distante e por mais que existam pessoas lindas que se voluntariam porque são boas e tal, eu não. Eu sou uma egoísta filha da mãe e faço única e exclusivamente por causa do futebol e apesar de estar lá no maracanã todo dia o que menos havia na minha vida enquanto trabalhei na Copa das Confederações era futebol e isso é inaceitável.
Não consegui ingresso (meu cu pra FIFA), então eu vou ficar na minha casinha vendo TODOS os jogos, como sempre fiz. A Copa é diferente, não consigo perder os jogos só pra estar lá. Não posso! Quem me conhece sabe... é a Copa. Eu sou uma nova e diferente pessoa na Copa. NADA mais importa. E não mexe comigo ou com o meu país! Se bem que isso vale sempre.
É isso. Não vou. Sinto muito por tudo que vou perder e por todas as pessoas que não irei conhecer, mas não consigo. :(
Falando em Copa do Mundo indico a vocês os posts sobre as Copas que estão neste mesmo blog, são muito bons! Fui eu que fiz. :) Só digitar o país sede e o ano e voilá.


Minha homenagem ao Ibra, que também não vai pra Copa :)

domingo, 3 de novembro de 2013

120 na peruca

You can tell how lost I am when I don't know what to do with my hair

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Amor

Eu sabia que isso ia acontecer.
Quando tudo começou, eu já sabia. Mas a gente é burra e deixa acontecer mesmo assim.
No começo eu só pensava em você ocasionalmente e era uma coisa boa, esperançosa. Sonhava eu e você juntos e felizes. Mas as coisas mudaram.
Comecei a sonhar com você em todas as situações e, acordada, pensava em você mais do que o necessário e o recomendável. Eu devia ter previsto aí como se desenrolaria essa história, como mais uma vez você tomaria conta de todo o meu ser.
Hoje eu já não me pertenço mais. Sou toda sua, sem nenhuma escolha ou opção. Penso em você o tempo todo, dia e noite, sempre... a alegria que toma conta de mim quando consigo passar pelo menos um tempinho com você ou uma simples conversa...
Não sei como isso vai acabar, espero que acabe bem.
Escrevo isso para você saber como tomou conta da minha vida e como hoje somos um só, mesmo você tentando me afastar. Choro enquanto escrevo, pensando em nós e no futuro que podemos ter e também o quanto já te odeio, tese de doutorado filha da puta!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Like that

I am nicer with my friends when I'm dying

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Call Kant and Schopenhauer

Eu estou em um estado de surpresa. E não devia estar escrevendo. Mas estou. Porque quero escrever sobre coisas que merecem a minha atenção nessa situação. Mas não tenho condições de argumentar, pois eu estou destravando coisas específicas que deveriam ficar guardadas.
E é assim que vai ficar.... nada de falatórios. Não vale a pena. E mesmo que fossemos falar, seria inútil.
To muito confusa pra poder escrever o que quero. As letras do note estão dançando na minha frente e cada palavra sai correndo por implicar com o uso que vai ser feito dela. Eu estou preocupada com as palavras e comigo agora.

Era pra esse tratado da morte ser coerente mas então abriram-se todas as janelas.

A morte está fazendo gracinhas e enrolando tudo, que bagunça.

Parei.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

3% acima do aceitável ou se fosse só 3% tava bom

Gente, como assim... não postei nada em julho. Nadinha. No mês mais lindo do ano. Ah não. Esse é setembro. Anyway...
Eu não devia escrever depois de tomar o remédio, mas é tão legal. Nem vou lembrar disso amanhã, quero dizer, logo mais.
Não tenho nada pra dizer... oi.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Eu vou tentar ser o mais educada possível...

Gente. Gente, gente, gente...
Em primeiro lugar vamos começar com o básico: cada pessoa no universo (não vamos ser pretensiosos e achar que estamos sozinhos, né) é única e especial, as pessoas são diferentes naturalmente e quando levamos em consideração a criação e o ambiente em que cresceram, é óbvio que ninguém vai ser igual a ninguém e cada um vai pensar de um jeito. Eu tenho razão, você tem razão, todos tem razão, porque ninguém é melhor que ninguém para que sua opinião seja a verdade absoluta, então vamos abaixar a bolinha.
Cada um tem direito de expressar sua opinião e aqui eu vou expressar a minha, que isso fique bem claro. Não pretendo afirmar que o que vou dizer é a verdade.
Gostaria de dizer que sou muito a favor das manifestações sobre os preços do transporte público. Justo e totalmente compreensível. Não estou nas ruas porque estou fazendo outras coisas que EU considero MUITO MAIS IMPORTANTE PRA MIM. Não estou pedindo que você concorde comigo, ou mesmo entenda, já passei da fase de acreditar no lado racional das pessoas.
Quanto às manifestações contra a Copa do Mundo eu sou absurda e completamente contra, como qualquer pessoa que me conheça deve saber. Não por causa do meu amor incondicional ao futebol. Não. Mas qual é a lógica disso? Não à Copa do Mundo e sim à educação como se fossem excludentes? E o que você, manifestante, ganha se a Copa for cancelada? Vamos brincar um pouquinho...
Vejam, a Copa foi cancelada porque pela primeira vez na história desse país os manifestantes conseguiram o que queriam (é isso o que vocês querem, né?). E agora? Vão demolir os estádios e depois pegar os pedacinhos de concretos deles pra colocar na educação? Ah! Vocês estão levando ao pé da letra o A educação pela pedra, do João Cabral de Melo Neto? Talvez se eu pegasse esses pedaços e jogasse em suas cabeças a gente teria um resultado mais proveitoso. QUE DIABO VOCÊS GANHAM SE A COPA FOR CANCELADA? Os estádios vão continuar lá, mas sem uso, muito útil mesmo.
Sem contar que as pessoas que fazem parte desse protesto partem da ideia de que se não tivessem construído e reformado os estádios esse dinheiro seria usado pra algo "mais útil". Aham, tá bom. Você sempre foi inocente assim ou tá se fazendo de burro? Quer protestar contra superfaturamento? Ótimo! Eu ajudo, mas não vem culpar o futebol. Tem superfaturamento em tudo que é feito aqui, mas não vejo manifestações quanto à isso. Protesto contra cada prédio, cada ponte, cada coisinha construída. Mas se for um estádio... hum... afinal pra que serve futebol se você não gosta, né? Pra que colaborar com uma parte fundamental da cultura não só brasileira como mundial? Não. É coisa de desocupado, alienado. Uma dica Einstein, não ter noção da importância do futebol na cultura e na economia também é um tipo de alienação, idiota!
Vi no facebook piadinhas TÃO engraçadas sobre como o Brasil não tem escolas, mas tem estádios. Realmente! Eu fiz questão de contar! Acredita que tem 9 estádios para cada escola no país? Que absurdo! O engraçado é que na minha pequena cidade do interior tem duas escolas e nenhum estádio. São José do Rio Preto tem, acho, dois estádios e cinco escolas só nos quarteirões aqui perto da minha casa, então eu não to entendendo...
Me falar que o governo devia investir mais em educação, claro! Concordo plenamente. Mas por que tal investimento tem que sair do dinheiro que foi investido em esportes. Ah, não, esportes não, FUTEBOL. Porque quando o investimento é para outros esportes não tem problema, né...
Relacionado a meu post anterior não só não se gosta mais de futebol no Brasil como se criou um ódio absurdo. Como se qualquer coisa ligado a futebol fosse criminoso, detestável, horrível. E, claro que sempre tem os palhaços do "vamos na bagunça"... "Tão protestando pra que? Também quero, uhul!!".
Vão lá então, protestem contra a Copa do Mundo no Brasil, isso vai melhorar muito a educação. Engraçado que quando a Copa é em outro país aí é lindo... mas aqui não. Aqui tão roubando dinheiro da educação, ou dos bombeiros... Esses jogadores de futebol bandidos que roubam dinheiro dos bombeiros e dos professores. Porque É CLARO que o salário dos professores seria maior se não existisse futebol. É ÓBVIO que o governo investiria muito mais em "coisas úteis" para o país se não fosse a praga do futebol e seus estádios. 
Como eu sei que a maioria das pessoas que vai ler isso não tem o cérebro funcionando (sim, te chamei de burro) o suficiente para entender uma reflexão simples, vou resumir:
Eu sou super a favor de melhorias na educação, eu vou ser professora, afinal. Mas a culpa não é do futebol. Se não tivesse Copa das Confederações ou Copa do Mundo não ia mudar nada, porque o nosso governo não liga e colocar a culpa no futebol só mostra que você é tão alienado quanto quer me fazer parecer.
Só pra fechar: estou muito mais preocupada com a Copa das Confederações do que com qualquer manifestação em curso. Tenho esse direito e você não tem nada com isso e muito menos o direito de me julgar. Sua opinião, minha opinião. Dois pontos de vista diferentes, nenhum certo, nenhum errado. 
Mas eu estou certa, claro! :)

sábado, 8 de junho de 2013

A experiência religiosa de Kant


Andando pelas ruas de Copacabana... Ok. Eu tinha que escrever isso porque além de verdadeiro, é mágico.
Mas essas reflexões vem de mais longe, não só do Rio.
Primeira coisa é: como experienciar vários clichês só corroboram minha visão penalizante deles.
Os clichês, tão evitados e marginalizados, são a própria essência da verdade. O que são os clichês além de verdades quase absolutas e amedrontantes? Se expressar em clichês pode parecer chato, mas isso ocorre porque os clichês são verdades básicas, quase primitivas, repetidas à exaustão e, justamente por isso, banalizadas.
Prestem atenção no próximo clichê com que se depararem. É uma verdade indiscutível, mas você não se importa mais em prestar atenção porque é clichê. Mas às vezes aparece um para te esbofetear a cara, né? Porque ele está ali te dizendo coisas importantes o tempo todo, sendo ignorado, ofendido, simplesmente por ser o que é, respectivamente, uma verdade e um clichê.
Quando começamos a nomear verdades com nomes diferentes para fugirmos delas? Antes ou depois da linguagem? Hum...
Tudo isso pra dizer que - clichê - passar por novas experiências e conhecer novas pessoas é o máximo e ouvir experiências, novas ou não, de outras pessoas é incrível! É nessas horas que o clichê volta e te mete a mão na cara. "Nossa, é tão bom fazer novas amizades e trocar experiências, tanto no presente quanto pela memória..." e PAF! Na sua cara!
E lembrem-se do que o Colin diz, como cada coisinha nos muda, mesmo que minimamente e a narração dessas coisinhas muda muito mais.

O tapete da realeza não é mais verde


Trabalhar na Copa das Confederações só me fez ter mais certeza de que eu sou azarada. Eu estou trabalhando no segundo maior evento futebolístico do mundo e as pessoas que conheço não gostam de futebol.
Eu sempre achei que eu dava muito azar, mas eu estava errada. Não é que eu atraia quem não gosta e/ou não liga pra futebol, é que as pessoas no Brasil simplesmente não gostam mais de futebol. A prova disso veio na notícia que o Fer me deu semana passada de que a maior torcida do Brasil não é a do Flamengo, nem a do Corinthians, mas sim "eu não gosto de futebol". E isso me deixa mais triste do que eu posso expressar.
Por que seria isso? Alguém pode me explicar? Nem me vem com essa de que é a corrupção no futebol brasileiro porque não existe nada mais corrupta do que a FA inglesa e os números de "não gosto de futebol" na Inglaterra são quase inexistentes. O que foi então, cansaram? O futebol brasileiro foi tão bom por tanto tempo que cansaram de ganhar? 
No Maracanã, no dia do jogo do Brasil, o estádio estava lindo, cheio e cheio de incentivo, mas era tudo falso. Não eram torcedores, eram só uma platéia treinada, que seguia um roteiro pré estabelecido por platéias anteriores. Devia ter torcedores lá no meio, mas eram tão poucos que passaram despercebidos. Por isso não tem púplico nos jogos de estaduais e do nacional, porque se não é um espetáculo como Brasil x Inglaterra, se é só um jogo, sobram poucos pra assistir. E numa hora hora dessas eu até choro de felicidade e orgulho de ser corinthiana. Porque continua tendo torcedores indo aos jogos. No jogo contra o Tijuana eu fiquei boquiaberta com um grupinho na torcida do Corinthians que ficava na minha visão periférica e eles pularam não só o jogo inteiro como antes e no intervalo também. Eles deviam treinar pra terem condições físicas, não era possível.
Falo do Corinthians porque sei, porque vejo, é o meu time, mas deve ter outros pelo Brasil, times que ainda podem contar com o apoio de seus torcedores. Eu sei que todo time tem os doentes como eu que apoiam independente de qualquer coisa. Mas eu to falando de quem tem mais desses. To falando de quem pode dizer que teve torcida no jogo e não meros expectadores que foram conhecer o estádio e ficou pra ver um jogo.
E a Copa das Confederações vai ser assim, já está sendo assim com os voluntários. Estão aqui pelo evento, não pelo futebol. Claro que eles tem todo direito de fazer isso, mas eu também tenho direito de ficar triste por isso.
Vocês sabem, ou deveriam saber, que eu não gosto muito do Flamengo, nem do Fluminense, na verdade de nenhum time carioca. Mas algumas coisas aqui são o que me dão esperança agora que estou longe dos jogos do Corinthians. O prédio onde estou explode quando o Fluminense joga (e eu nem sabia que eles tinham torcida); na festa junina que fui hoje a torcida do Vasco e do Flamengo quase me fizeram chorar quando o animador da festa fez a brincadeira dos times. Ou talvez eu quis chorar só porque tocaram o hino do Corinthians e eu to morrendo de saudade dos meus meninos (btw Sevilla, sai pra lá, o Ralf NÃO SAI!) e de gritar VAI CORINTHIANS, mesmo tendo feito isso num bar ontem.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

The witch is not dead but hey! Almost there!

The witch is old
The witch is wicked
And don't think he's gone
He's just over there
Waiting

Even old
even gone
the witch will be there
because evil never sleeps
never goes away
just makes you think that

The witch over there
makes you believe he isn't there
but he is
and he will always be
until he dies
and go to meet his oldest friend
the Devil himself.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Pelo amor de Deus, Hazel Grace!

Então, esses dias terminei A culpa é das estrelas, do John Green. Muito bom. E mal posso expressar meu alívio pela parte em que o Peter Van Houten se recusa a dizer o que acontece com os personagens em Uma aflição imperial. PELO AMOR DE DEUS, HAZEL GRACE!
O que acontece quando o livro termina? Sério? Quando o livro termina, acaba. Não tem razão perguntas do tipo 'o que acontece depois?'. Você pode imaginar, passar horas pensando no que poderia ter acontecido... mas exigir do escritor a resposta? Queria que ela morresse ali mesmo. Amei a resposta do Van Houten, mesmo ele tendo sido demasiadamente chato.
Imagine só eu exigindo do John Green o que acontece com você depois do fim do livro, Hazel Grace! 
Usem a imaginação, não é tão difícil, quer ver:

Um menino entra em uma loja de antiguidades e pede pelo mais antigo livro da loja. A dona lhe entrega e ele abre o livro na página 227 e coloca um fio de cabelo. Fecha o livro, devolve-o e vai embora sem dizer uma palavra. Olha para o lado e diz: 'feito', com um sorriso.

Por que ele fez isso?
Para quem ele falou 'feito'?
Por que o livro tinha que ser o mais antigo?
O que estava feito?
E por que ele sorriu?

A melhor história criada ganha um post especial no blog. E, lógico, nunca vou contar a minha versão da história. NÃO PERGUNTEM!

P. S. Eu adoro o nome Hazel Grace, por isso tanta repetição, não que eu deva alguma satisfação a você, claro.

Por quanto tempo os semáforos funcionariam se todas as pessoas tivessem um cérebro ativo?


Em primeiro lugar, o mais importante: VAI TOMAR NO MEIO DO SEU CU!
Mais uma vez o amor pelo futebol foi colocado na conta da "falta de inteligência".

"Nossa, mas você parece tão inteligente e gosta de futebol?"

Sim, eu amo! E não consigo entender onde minha inteligência é diminuída por isso.

"Desliga o futebol e vá ler um livro!"

Amiga, DUVIDO que você tenha lido na vida o que li em um ano, MESMO eu acompanhando 7 campeonatos de futebol diferentes, mais baseball.
E quer saber, acho que sou muito mais inteligente que você, afinal, consigo apreciar algo que tem a beleza da arte, a corrupção da política e os preconceitos da sociedade, coisa que você não consegue. Sem contar que eu não fico cuidando da vida dos outros, chamando eles de burro e julgando as escolhas das outras pessoas.
Ah! E o sentimento de acompanhar um time, sofrer com ele, vê-lo ser campeão, é um sentimento único, só experienciado por alguém que acompanhe um tipo de esporte - eu, particularmente, acho esse sentimento mais forte no futebol, claro, mesmo acompanhando outros esportes. Você se sente superior, mas quem perde é você.
Todos vocês sabem que não tenho nada contra quem não gosta de futebol, eu respeito. Mas aparentemente pedir respeito pelo meu gosto é pedir demais para alguém de tão pouca inteligência.

sábado, 20 de abril de 2013

Dormideira

para Mirane

resplandece intocável sob o sol
joga beleza e força para o ar
retesa se lhe jogam anzol
encolhe e parece encabrunhar
quando se aproximam, sem vagar,
suas folhas fecham, qual livro que não
mostra suas fontes, qual pedra que água,
não permeia, qual quimera sem belerofonte,
qual ressaca sem bebedeira

e sozinha e sozinha quer estar
para matar a solidão que acompanha
a cada folha em tristeza medonha
quer dormir e estar no belo reino
onde acordar é como um espelho
onde só se mostram maravilhas
onde ressurgem os contadores mortos
que não morrem, recolhem suas pétalas

Fernando Cordeiro

Aproveitando a era dos poemas no blog...

Vou postar um poema que o Fer escreveu pra mim há muito tempo atrás e que eu amo.

The Fly

Little Fly
The summers play,
My thoughtless hand
Has brush'd away.

Am not I
A fly like thee?
Or art not thou
A man like me?

For I dance
And drink & sing:
Till some blind hand
Shall brush my wing.

If thought is life
And strength & breath:
And the want
Of thought is death;

Then am I
A happy fly,
If I live,
Or if I die.

William Blake

The Human Abstract

Pity would be no more,
If we did not make somebody Poor:
And Mercy no more could be,
If all were as happy as we:

And mutual fear brings peace:
Till the selfish loves increase.
Then Cruelty knits a snare,
And spreads his baits with care.

He sits down with holy fears,
And waters the ground with tears:
Then Humility takes its root
Underneath his foot.

Soon spreads the dismal shade
Of Mystery over his head;
And the Catterpiller and Fly,
Feed on the Mystery.

And it bears the fruit of Deceit,
Ruddy and sweet to eat:
And the Raven his nest has made
In its thickest shade.

The Gods of the earth and sea,
Sought thro' Nature to find this Tree
But their search was all in vain;
There grows one in the Human Brain

William Blake

The Angel

I Dreamt a Dream! what can it mean?
And that I was a maiden Queen:
Guarded by an Angel mild:
Witless woe, was ne'er beguil'd!

And I wept both night and day
And he wip'd my tears away
And I wept both day and night
And hid from him my hearts delight

So he took his wings and fled:
Then the morn blush'd rosy red:
I dried my tears & arm'd my fears,
With ten thousand shields and spears.

Soon my Angel came again:
I was arm'd, he came in vain:
For the time of youth was fled
And grey hairs were on my head

William Blake

Então...

Segurem-se que aí vem uma onda de William Blake.
Sim, poesia.
Quem diria...

A Poison Tree

I was angry with my friend:
I told my wrath, my wrath did end.
I was angry with my foe:
I told it not, my wrath did grow.

And I waterd it in fears,
Night & morning with my tears:
And I sunned it with smiles,
And with soft deceitful wiles.

And it grew both day and night,
Till it bore an apple bright.
And my foe beheld it shine,
And he knew that it was mine.

And into my garden stole,
When the night had veild the pole;
In the morning glad I see,
My foe outstretched beneath the tree.

William Blake

terça-feira, 16 de abril de 2013

Composer

O problema da minha vida é que ela foi escrita pelo Poe. Ele já sabia que eu iria me matar antes de pensar no(s) motivo (s) e agora não tenho nenhum.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Tolkien Reading Day

'Ware! Ware!' cried Damrod to his companion. 'May the Valar turn him aside! Mûmak! Mûmak!'
To his atonishment and terror, and lasting delight, Sam saw a vast shape crash out of the trees and come careering down the slope. Big as a house, much bigger than a house, it looked to him, a grey-clad moving hill. Fear and wonder, maybe, enlarged him in the hobbit's eyes, but the Mûmak of Harad was indeed a beast of vast bulk, and the like of him does not walk now in Middle-earth; his kin that live still in latter days are but memories of his girth and majesty. On he came, straight towards the watchers, and then swerved aside in the nick of time, passing only a few yards away, rocking the ground beneath their feet: his great legs like trees, enormous sail-like ears spread out, long snout upraised like a huge serpent about to strike, his small red eyes raging. His upturned hornlike tusks were bound with bands of gold and dripped with blood. His trappings of scarlet and gold flapped about him in wild tatters. The ruins of what seemed a very war-tower lay upon his heaving back, smashed in his furious passage through the woods; and high upon his neck still desperately clung a tiny figure - the body of a mighty warrior, a giant among the Swertings.
On the great beast thundered, blundering in blind wrath through pool and thicket. Arrows skipped and snapped harmlessly about the triple hide of his flanks. Men of both sides fled before him, but many he overtook and crushed to the ground. Soon he was lost to view, still trumpeting and stamping far away. What became of him Sam never heard: whether he escaped to roam the wild for a time, until he perished far from his home or was trapped in some deep pit; or whether he raged on until he plunged in the Great River and was swallowed up.
Sam drew a deep breath. 'An Oliphaunt it was!' he said. 'So there are Oliphaunts, and I have seen one. What a life! But no one at home will ever believe me. Well, if that's over, I'll have a bit of sleep.'

The Lord of the Rings - The Two Towers (Of Herbs and Stewed Rabbit, p. 661-662)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Tipologia do Messi

Ouve-se muito por aí que o Messi é fantástico, mas será mesmo?
Segundo Todorov (1975), o fantástico surge como algo bem delimitado, compreendendo acontecimentos em que, em um mundo como o nosso, a princípio, não podem ser explicados pelas leis desse mesmo mundo. Por conseqüência, há certa vacilação entre uma explicação “racional” e uma “sobrenatural”. Em outros termos, em um caso, entende-se que estamos diante de uma ilusão dos sentidos, de algo imaginado, de um engano, e que, na verdade, o que ocorreu pode ser explicado segundo as leis desse mundo e no outro caso, verifica-se que o acontecimento “diferente”, de fato, ocorreu e, portanto, a “realidade é regida por leis desconhecidas para nós.” (p.30).
No primeiro caso temos temos o que o estudioso búlgaro chama de estranho e, no segundo, o maravilhoso.
Algumas pessoas afirmariam haver tal vacilação, mas se você toma como exemplo um leitor atento, como o Ralf, não há nenhum tipo de vacilação, ele marca o cara e pronto. Mas na minha humilde opinião não há vacilação suficiente para chamarmos o argentino de fantástico, nem uma deficiência significativa de explicações para chamá-lo de maravilhoso. Portanto fica claro que a única coisa que ele é, na verdade, é estranho.
Disse a teoria da literatura.

quinta-feira, 21 de março de 2013

I know how to poetry

Rua. Lua. Mula.
Ah, os varais.
Chão, mão, coração.
Palavrão.

Meu cu.

- Melhor análise desse poema ganha um livro
- Foi extrema coincidência isso ter saído no dia mundial da poesia (nem sei se é verdade, vi no twitter)
- Eu também vou fazer uma análise do meu poema E posso ganhar, ÓBVIO!

Vamos lá:

Segundo Michel Foucault (19--, p.**), o pêndulo sempre pendula para o lado pendulante, mas não se pode esquecer que o pinto sempre presente, como já indicado por Freud (19--, p. TODAS), aponta para o fim da narrativa tradicional. Já os românticos alemães explicitam sua insatisfação com tais pintos apontados por Freud, alegando que eles não eram suficientes para conter a massa inculta da modernidade europeia. Tudo isso gera a revolução e os revolucionários revolucionam o modo como enxergamos a vida, a sociedade e a economia, levando-nos a perceber a má distribuição dos pintos freudianos nesse sistema capitalista corrupto e sujo. 
A crise de identidade e as fronteiras literárias nos permite criar um discurso metaficcional memorialístico historiográfico bastante explorado pelo pós-modernismo, baseando-se na memória baudeleriana do caos moderno. Derrida (19--) e Barthes (19--) em seus escritos despendularam tudo e jogaram os pintos de Feud na cara dos críticos. E, com tudo isso, podemos dizer que meu poema acima é muito melhor que muita porcaria que já li por aí.

Cadê meu Nobel de Literatura?

quinta-feira, 7 de março de 2013

Um draminha básico para agitar a semana e vejam que eu nem citei minha doença (ops, fiz isso agora) para causar um impacto. :)

Quanto mais uma pessoa diz 'eu sempre vou estar lá por você, não importa o que aconteça', maior a chance dela esquecer que você existe assim que for conveniente. E por 'conveniente' eu quero dizer, claro, quando ela não precisar mais de você.
O engraçado em ser expert nessas situações é poder ver a variação de alguns padrões e a manutenção de outros. Por exemplo, algumas pessoas se aproximam de você porque a vida delas está ferrada e, como você é a pessoa mais ferrada que elas conhecem, elas te acham útil. Obviamente quando a vida delas melhorarem elas automaticamente esquecerão da sua existência, o que não é tão ruim, afinal quanto menos gente, melhor. Mas o problema é que você acaba se apegando a algumas pessoas e, sendo idiota, por um tempo acredita na ladainha delas, até chegar ao ponto de você ser completamente ignorada ou indigna de qualquer tipo de satisfação ou até mesmo um 'oi'.
Mas é a vida, fazer o quê? Talvez, se algum dia essas pessoas precisarem de você de novo, elas voltarão. E você, sendo uma pessoa idiota, irá aceitá-las de volta. Quanto a mim, já estou acostumada e passei a fazer apostas: quanto tempo até aquela pessoa me abandonar? Eu sempre ganho. 
Dói ver a facilidade com que as pessoas se esquecem de você. Mas se elas estão felizes por que diabos iriam se lembrar de você, não é? Por que diabos iriam se lembrar de um dia ter feito promessas falsas?
Como já disse já estou acostumada, mas tenho todo o direito de reclamar e vou continuar reclamando. Não quer saber? Não leia meu blog.
Não vou citar nomes aqui, hoje. Mas antes de morrer vou fazer uma lista e se seu nome estiver lá é porque você foi um dos responsáveis. 
Dramática? Eu? Sou mesmo. Achou ruim? Vem reclamar. Prefiro ser dramática a ser falsa.
E outra coisa engraçada é o fato de até mesmo meus amigos, que EU SEI que gostam de mim, acharem completamente normal combinar as coisas comigo, furar e não dar a mínima satisfação. É como se pensassem 'ah, é só a Mirane, não preciso me preocupar em avisar que não vou mais, ela não tem vida, não tem compromissos, não interessa se ela desmarcou outros afazeres para me esperar e eu não fui ou avisei que não ia'. É só a Mirane.
Só a Mirane.
Só a Mirane.
Sim, sou só eu mesmo.
Obrigada pela consideração.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Alicate

Hoje decidi não ter medo e conversar com os fantasmas. Eles às vezes são simpáticos. Na verdade são mais simpáticos que os vivos, já que os vivos querem viver. Já os fantasmas não tem nada pra fazer, então podem ficar conversando comigo, sem se cansar, sem se entediar, sem querer ir embora.
No começo foi engraçado porque eles pensaram que eu não iria querer conversa, mas, oras! Se não for com os mortos, com quem falarei? Os vivos estão ocupados.
Ah! Os fantasmas são tão engraçados! Riem quando conto das coisas do mundo, não se lembram mais, então querem ouvir e tentar entender. Eles, entretanto, só falam deles mesmos, de quem são, quem realmente são, e do espaço que ocupam. Podem imaginar um ser vivo fazendo isso? Eu não. Afinal eles nem sabem quem são, como falar disso?
Os fantasmas gostam de mim, dizem que me pareço com eles, mas não sei quem sou e não posso falar disso, por isso falo do mundo.
Acho que todos deveriam conversar um pouco com um fantasma, mas cuidado! O preço é alto, e você nunca mais será o mesmo. E o desejo de se juntar a eles e deixar tudo isso aqui pra trás só aumenta com o tempo, até ficar insuportável. Mas quando todos os vivos se foram e você está sozinho e desesperado, acaba fazendo qualquer coisa e suportando qualquer sofrimento por um pouco de companhia.
Os vivos, vivem. Os mortos se entendem.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Só pensando

Relendo o The Lord, e revendo o filme também, penso que, de alguma forma, o poder da Torre Negra venceu.
Com a partida dos elfos para o Oeste e o início da Era dos Homens as coisas só podiam desandar e vejam só o que aconteceu. Mas ainda assim, como chegamos a esse ponto? 
Às vezes imagino que a Grande Guerra no final na Terceira Era, antes de "nosso" tempo, foi vencida pelos Orcs e depois, tendo todo o mundo para eles, se aprimoraram para se tornarem menos monstruosos por fora e incrivelmente mais monstruosos por dentro. Hoje, são confundidos com os Homens, mas não acredito que a descendência de Númenor decairia tanto. Os Elfos e os Hobbits se foram. Se ainda resta algum por aqui, se escondem. E o mundo nas mãos dos Orcs disfarçados. Por que outro motivo seríamos abandonados pelos Valar e mesmo por Eru. Na verdade, espertos são os Valar que permitiram a entrada de Hobbits e Anões - além dos Elfos - em Valinor, mas jamais Homens. Os Segundos Filhos de Ilúvatar tem, além do dom da mortalidade e do livre arbítrio, o dom da destruição e não duvido de que seriam capazes de maldades piores que a de Melkor no Reino Abençoado.
Melkor deve estar sorrindo fora dos círculos do mundo. Achou que seria difícil ver sua obra de destruição completada pois não contava com a ajuda dos Homens ou Orcs-Homens e ainda assim, ei-la.