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I hate everything, except some things

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Das Wort

Há! Oi.
Hoje eu estou aqui porque não tenho nada pra dizer pra ninguém. Mas eu sempre tenho um milhão de coisas pra dizer pra mim. Mas às vezes só dizer não é suficiente e é por isso que eu escrevo aqui e no The Prince.
Pra mim eu tenho tanta coisa pra dizer, tanto que não paro nenhum segundo. Quem me conhece sabe que eu falo demais, mas isso não é nada perto do que eu tenho que aguentar.
Eu queria uma palavra que resumisse tudo. Tudo. Qual? Certamente não pode ser uma que já exista, pelo menos não com o significado convencional.
Estou pensando.
FRYGTY
That's my word.
Bem, eu vou indo... to me esperando pra mais conversa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Problema de quem?

Li um negócio no tumblr e vim aqui comentar.
Era um negócio do tipo 'como nós e nossos problemas são insignificantes se comparados com o universo e whatever'.
Não sei o que pensar disso, porque realmente o universo não tá dando a mínima para problemas individuais, mas no fim, quem dá? Só quem tá passando por eles. O fato é que se vários problemas individuais se juntam pode se tornar um problema bem maior, mas que ainda vai ser ignorado pelo universo. E aí eu pensei o quão desesperante é o fato de saber que tudo o que eu sinto, que é o suficiente pra me deixar louca, e tudo o que todo mundo sente e passa ao longo da vida é absurdamente insignificante. Coisas que te fazem chorar por uma semana, querer morrer, deixar de sorrir pra sempre e que não tem nenhuma relevância pra nada e pra ninguém. Nem vem, não tem relevância pra ninguém. O ser humano é condicionado a se proteger de alguma forma então mesmo que o sofrimento de outra pessoa te faça sofrer e você tente ajudá-la de algum modo você só está fazendo isso porque ela se sentir bem vai fazer você se sentir bem. Somos egoístas, todo amor é egoísta, sempre disse isso. E se você tentar de tudo e não conseguir fazer com que a pessoa melhore e se sinta bem, você vai desistir, mais cedo ou mais tarde. Não estou sendo pessimista nem reclamando, nem to falando de mim, é só que é assim que as coisas são.
Outra coisa que pensei é, por exemplo (e eu costumo pensar isso nas horas mais desagradáveis), quando um problema individual pode afetar várias vidas, até milhões. Tipo, eu sempre penso isso quando to num avião. 'Já pensou se o cara perdeu a família ou sei lá, tá tão triste que quer morrer e decide se matar e como ele vai morrer mesmo não liga de matar um monte de gente com ele...' Mas não é? É que assim, quando eu to muito triste eu não ligo pra nada e to pouco ligando pra todo mundo... sim, é egoísmo mesmo, me processe! Agora imagina se o cara responsável pelo arsenal militar dos EUA ou de algum outro país cheio de bombas nucleares se sente assim de repente e resolve destruir o mundo. Assim. Do nada. Wow! Legal viver assim, imaginando que a gente pode depender de um capricho de uma pessoa... óbvio que isso vai continuar significando nada pro universo porque se a Terra explodir ele mal vai sentir, vai ser mais como um 'ops' e pronto! Somos só um ops no universo e nos achamos grande merda... vai entender.
Mas aí vem o caso... se nós mesmos não nos dermos valor e pensarmos que somos só um ops, o que acontece? Vai virar bagunça...
Em relação ao egoísmo, sim, eu penso aquilo mesmo. NÃO EXISTE NENHUMA AÇÃO DESINTERESSADA NO MUNDO, SIMPLESMENTE NÃO EXISTE. NÃO. EXISTE. Se conforme e viva com isso.
Danish smile.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Bonita Aurélia

Gente, eu não posso entrar num ônibus que eu começo a pensar 25 mil coisas. Hoje não foi diferente.
Por exemplo, imaginem quantas histórias aquelas pedras bonitas do caminho não tem pra contar. Elas estão ali há centenas de anos, viram milhões de coisas passarem por elas, no espaço e no tempo, e nós não temos nem a mais remota ideia de nada disso. Casais apaixonados podem ter se encontrado ali, assassinatos, segredos, promessas... não só nas pedras, em todos os lugares que estão pelo caminho. Tão bonito isso e triste também. Sem contar a bagunça que vira minha cabeça tentando imaginar algumas dessas histórias perdidas.
Outra coisa da viagem de hoje foi eu ficar pensando nas pessoas que perdemos para a morte. Não sei vocês, mas eu sou meio inconformada e quando alguém que eu gosto morre eu fico imaginando que ela só quis dar um tempo de tudo e fingiu estar morta, mas na verdade está por aí escondida. Óbvio que isso gera sofrimento dobrado porque quando você, por um segundo que seja, pensa que a pessoa realmente está morta, a tristeza é maior, como se ela tivesse morrido de novo. Mas não consigo evitar o pensamento esperançoso.
Falta 20 dias para eu voltar pro Brasil. To morrendo de saudade de lá e de algumas coisas, mas não queria voltar! ): Sei lá, viu...
O que fazer quando você sabe exatamente o seu lugar mas não sabe como chegar lá? Óbvio que eu sei a resposta. (:
To cansada, tinha um monte de coisa pra escrever, mas to cansada. Cansada de gritar FIVE TIMES pros jogadores do Manchester United ontem. Mas to feliz pra burro, o que parece incomodar algumas pessoas. "Mirane feliz? Ah, só me faltava essa..." Tem gente que vem conversar comigo e quando recebe a resposta "bem" pra pergunta "como você está?" só falta perguntar "Por que? Como assim?" Óbvio que boa parte da culpa é minha por ter sido sempre triste e pessimista, mas não posso deixar de notar o desapontamento na fala de algumas pessoas. Antes eu desconfiava disso já... Mirane feliz é como vários elefantes, só queria saber o motivo, mas não importa. Ser triste é parte da pessoa que eu sou e sou triste mesmo feliz, não se preocupem, urubuzada!
Beijo pra mim, pra você e pra sucuri no seu nariz!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cellar Door

É normal pensar que nada vale a pena sem que isso seja um sinal de desânimo. Bem, acho que a palavra certa seria 'possível' e não 'normal'. Mas como identificar o limite? Deve ter alguma coisa que não entendemos direito, porque não faz sentido nenhum. Por exemplo, o que diferencia a memória de um fato real da memória de um fato imaginado?
Hoje assisti Liverpool x Bolton na TV e simplesmente não conseguia acreditar que eu estava lá e quando eu tentava lembrar... bem, nada nessa memória era diferente das memórias que tenho de todas as vezes que me imaginei lá. Então o que conta realmente é somente aquele momento e o que você sentiu nele porque isso jamais será recuperado, nem por fotos, nem por memórias, sejam elas de qualquer tipo.
É realmente triste de algum modo... um acontecimento como esse, pra mim, é de uma importância absurda, o que significa que não tem a mínima chance de se transformar em memória involuntária... e isso quer dizer que o que senti lá está perdido até que, sei lá. Talvez o céu seja nossas melhores lembranças. Isso me lembra o filme Depois da vida... nossa, eu iria dar tanto trabalho pra eles.
Outra coisa que sempre penso é: você conta uma história pra alguém, algo que te aconteceu quando você era pequena ou que nem mesmo aconteceu ou então você nem tem ideia se aconteceu ou não e se foi com você ou você só ouviu falar. Uma história que estava na sua cabeça exatamente daquele jeito que você contou, ou seja, ainda que tenha sido inventada em algum ponto, não é uma história feita com o objetivo predeterminado de enganar seu ouvinte... importa se essa história é verdade ou não?
Não estou defendendo as mentiras, mas se vocês já contam tantas... não é? Estou defendendo as histórias. Ninguém mais conta histórias...
Lembrei de uma coisa... ditados populares são tão engraçados às vezes, né?
To cansada de escrever, resultado de fazer as coisas na hora errada com a disposição errada, cercada pelas pessoas erradas.
Parafraseando meu amigo Bilbo... eu preciso de férias, férias bem longas, quem sabe permanentes.
Hoje (2 de setembro) faz 38 anos que o Tolkien morreu. Algumas pessoas não deveriam morrer.