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I hate everything, except some things

domingo, 23 de novembro de 2014

PROMOÇÃO

Ah, então. A promoção desse ano do blog é que não vai haver promoção. Não por falta de ideias, não. A promoção que eu tinha escolhido era super legal. É só que isso é uma enganação. Isso sou eu tentando fingir que alguém dá a mínima para o blog ou mesmo para mim. Quem eu estou tentando enganar? Ninguém liga. Provavelmente ninguém nem vai ler isso, mas tudo bem. Eu vou escrever mesmo assim porque eu aprendi com Gilmore Girls que ficar guardando as coisas é pior do que desabafar, mesmo correndo o risco de soar ingrata e reclamona. Não vou negar que meu blog tem visitas, ele tem. Mas a maioria são estranhos; eu sei disso por causa dos gráficos de visita e origem de tráfego. E sabe o que isso quer dizer? O que isso indica? Que as pessoas que eu conheço não ligam e não só por causa do negócio do blog, esse foi só um jeito de introduzir o assunto. Alguém sabe qual foi a última vez que alguém me perguntou se eu estava bem? Não, não é uma pergunta retórica, eu realmente não sei. Faz tanto tempo que eu nem lembro. As pessoas se lembram de mim quando precisam de alguma coisa e ainda assim só às vezes porque se elas tem a possibilidade de conversar com outras pessoas elas vão. Como vocês sabem, eu sei que sou insuportável. Eu entendo essas atitudes, mas isso não me impede de ficar triste, afinal EU me importo com essas pessoas e se eu mantenho distância é porque não quero impor minha presença a pessoas que claramente não a desejam. Alguém tem ideia do quanto é triste ser ignorada, completamente ignorada? Como se você não existisse... ou fosse tão insignificante que não merece nem mesmo uma resposta simples a uma pergunta simples. 'Fosse'? Olha lá eu tentando me enganar de novo. 
Não é um sentimento novo, claro. Minha própria família fez isso. Talvez seja algum tipo de necessidade minha me apegar a pessoas que não estão nem remotamente ligando para o que eu sou, digo ou penso. Minha cachorrinha, Mel, se importava mais comigo do que as pessoas que eu conheço. Ela sentia minha falta. Imagina isso! Alguém que sinta sua falta o suficiente para vir falar com você de vez em quando. Não todo dia, não toda semana... ocasionalmente. Ter pessoas com quem conversar sem que você tenha que iniciar a conversa, já que morre de medo de estar incomodando, o que é extremamente provável. Ninguém sente minha falta o suficiente para vir falar comigo. Ninguém. 
O mais engraçado é que percebi que isso não é uma coisa nova. Acontecia antes, como se pode ver em posts antigos desse blog. Mas por um tempo eu achei que isso tinha mudado, mas não. O que aconteceu é que eu passei grande parte dos últimos dois anos dopada. Literalmente dopada. Meus remédios me deixavam tão fora da realidade que eu nem percebia ou me importava. Mas agora eu não estou mais tomando aqueles abençoados remédios. Agora eu estou aqui, na realidade, e é terrível perceber o quanto eu sou insignificante na vida das pessoas que eu amo. Desculpa se vocês se sentiram enganados com o título do blog, mas tive que usar de subterfúgios para ver se conseguia fazer alguém ler ao menos isso. Obrigada pela consideração.

sábado, 22 de novembro de 2014

Não me tragam de volta, por favor.

No mundo dos sonhos todos os animais brincam. Eles tem consciência de sua insignificância, mas eles não se importam porque uns cuidam dos outros e todos são muito bem cuidados. Mas preste atenção! Esse é o mundo dos sonhos e são animais. A jamanta conversa alegremente com a onça e então chamam a serpente para contar algumas piadas. Os macacos riem a bandeiras despregadas com os castores e os coelhos tentam organizar uma festa à fantasia. Todos começam a cantar. Eles sabem que não precisam se preocupar, tudo ficará bem, sempre fica. Ninguém é ignorado e ninguém fica sozinho. Ninguém pensa na sua insignificância e ninguém chora. Mas esse é o mundo dos sonhos e eu, infelizmente, não sou um animal. Eu sou ninguém. Mas nada está perdido, pois os animais são bondosos e o leão e o urso vieram me buscar para a festa. Mas isso é no mundo dos sonhos.