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quinta-feira, 21 de março de 2013

I know how to poetry

Rua. Lua. Mula.
Ah, os varais.
Chão, mão, coração.
Palavrão.

Meu cu.

- Melhor análise desse poema ganha um livro
- Foi extrema coincidência isso ter saído no dia mundial da poesia (nem sei se é verdade, vi no twitter)
- Eu também vou fazer uma análise do meu poema E posso ganhar, ÓBVIO!

Vamos lá:

Segundo Michel Foucault (19--, p.**), o pêndulo sempre pendula para o lado pendulante, mas não se pode esquecer que o pinto sempre presente, como já indicado por Freud (19--, p. TODAS), aponta para o fim da narrativa tradicional. Já os românticos alemães explicitam sua insatisfação com tais pintos apontados por Freud, alegando que eles não eram suficientes para conter a massa inculta da modernidade europeia. Tudo isso gera a revolução e os revolucionários revolucionam o modo como enxergamos a vida, a sociedade e a economia, levando-nos a perceber a má distribuição dos pintos freudianos nesse sistema capitalista corrupto e sujo. 
A crise de identidade e as fronteiras literárias nos permite criar um discurso metaficcional memorialístico historiográfico bastante explorado pelo pós-modernismo, baseando-se na memória baudeleriana do caos moderno. Derrida (19--) e Barthes (19--) em seus escritos despendularam tudo e jogaram os pintos de Feud na cara dos críticos. E, com tudo isso, podemos dizer que meu poema acima é muito melhor que muita porcaria que já li por aí.

Cadê meu Nobel de Literatura?

2 comentários:

  1. Podemos ver aí, no primeiro verso, uma inclinação do eu-lírico ao escapismo, uma vontade de fugir no mundo: "Rua", para onde ele quer ir, "Lua", iluminando a noite na qual ele quer fugir, e "Mula", seu meio de locomoção. Assim, podemos presumir que o eu-lírico vive uma vida triste, da qual escapar.
    Porém, ele não pode porque "os varais" (os trabalhos de casa, a vida cotidiana) o prendem, assim como o seu pé no "Chão", a "mão" da mulher que esposou e o "coração" da mesma.

    Por fim, temos, em "Palavrão", a frustração do mesmo e, em "Meu cu", a desistência.

    "E, com tudo isso, podemos dizer que meu poema acima é muito melhor que muita porcaria que já li por aí." (CAMPOS, M.)

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