"- Ratinho! - chamou, cheio de alegre excitação. - Pare! Volte aqui! Depressa, venha!
- Ô, Toupeira, venha logo, anda! - chamou o Rato, com disposição, continuando a caminhar.
- Pare por favor, Ratinho! - implorou o pobre Toupeira, com dor no coração. - Tente me entender! É a minha casa! Meu antigo lar! Acabei de sentir o cheiro dele, e está por aqui, bem perto mesmo. E tenho de ir lá, tenho, tenho de ir! Ô Ratinho, volte! Por favor, volte!
[...]
- Eu sei que é uma... uma casinha pobre, miserável, não é como... seus quartos aconchegantes... ou a linda Mansão do Sapo... ou a grande casa do Texugo... mas era a minha casinha... meu lar... e eu gostava dele... e fui embora e o esqueci completamente... e então de repente senti o cheiro dele... na estrada, quando chamei e você não ouviu, Rato... e tudo me veio de repente... e eu queria meu lar! Ô gente, ô gente... e você não voltou, Ratinho... e tive de deixar por lá o meu lar, sentindo o cheiro dele o tempo todo... pensei que meu coração ia explodir. Poderíamos ter ido dar só uma olhada nele, Ratinho... só uma olhada... estava por ali... mas você não voltou, Ratinho, não voltou! Ai-ai, ai-ai!"
Kenneth Grahame
*Vejam só, às vezes estamos magoando nossos amigos só porque não nos damos ao trabalho de parar e ouvir o que estão dizendo...
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