Bem, gente. Esse textinho que, à primeira vista, pode parecer meio incoerente (ele só faz sentido completo se vc ler depois da crítica da Lívia) é uma resposta à crítica ao filme feita pela Lívia (que eu adoro, não é nada pessoal, só opiniões diferentes), no blog dela (leiam, é muito bom!). Eu não sou uma grande conhecedora dos quadrinhos nem nada e tenho certeza que alguns viciados vão me xingar, mas só quis expressar minha opinião em relação ao filme e responder algumas observações da Lívia que eu não concordei. SÓ! Eu ia caprichar mais, mas tenho mil coisas pra fazer, então aí vai:
Eu não acho que as pessoas vão assistir “Homem de Ferro” porque tem explosões. A maioria vai porque é fã dos quadrinhos ou só do Homem de Ferro das telonas mesmo. Pelo menos nas vezes que eu fui, só tinha fãs. Claro que pode ter um retardadinho que vai por explosões, mas isso acontece em qualquer filme, quando se é retardado. “Ah, vou pelas explosões”, ou “Ah, vou pelas mulheres sem roupa”. Bem... o primeiro filme do Homem de Ferro eu assisti um pouco por causa do Robert, porque eu adoro ele e quis assistir todos os filmes dele, mas dos super-heróis o Homem de Ferro sempre foi meu favorito, assim como o Batman, porque eles são humanos e a apelação é menor. Enfim, gosto é gosto. E é complicado falar de roteiro em adaptação, principalmente em adaptação de quadrinhos. É óbvio que são coisas diferentes, mas o roteirista do filme não pode fugir completamente do texto base, ele não tem tanta liberdade assim. Então dizer que “alguém decidiu que queria deixar a trama mais complexa, e tentou fazer uma coisa truncada que irradia lógica” não é realmente verdade, porque o roteirista tem uma base e não pode fugir muito dela. Não dá pra tratar nenhum dos filmes de heróis como uma produção cinematográfica normal, porque não é e se desconsiderarmos o fato de ser uma adaptação é óbvio que vai ser ruim.
O início é bem um exemplo de como não dá pra fugir muito da base. É claro que hoje, pra gente, é clichê um russo ser vilão e o herói ser americano etc. Mas os quadrinhos foram escritos durante a Guerra Fria, é claro que os vilões eram russos. E a maioria dos heróis, tanto da Marvel quanto da DC foram criados para passar uma imagem positiva dos norte-americanos: Super-Homem, Capitão América (quer mais explícito que esse?), Homem de Ferro, etc. Agora, como fugir disso? Mudar a nacionalidade do Tony Stark? Ou do vilão? SIMPLESMENTE NÃO DÁ! Porque aí deixa de ser O Homem de Ferro e passa a ser uma cópia que, tenho certeza, todo mundo ia odiar e falar: “Ai, só mudaram pra não ser americano, que idiota e blá blá blá...”
Em relação à parte que ele desce no palco. Aquele é o Tony Stark. Ele é daquele jeito, exagerado, debochado. Não dá pra mudar a personalidade do personagem, porque quando isso acontece é MUITO irritante (né, Mike Newell?)
Agora uma coisa que devemos ter em mente SEMPRE. A tecnologia presente nos filmes do Homem de Ferro é exagerada, mas é coerente, porque devemos entender que embora seja o nosso mundo e até nossa época, há uma verossimilhança interna. Lá é normal aquela tecnologia e ela faz sentido naquele ambiente. Os filmes de super-heróis tem a obrigação de ser coerentes com as histórias dos super-heróis, não com o nosso mundo. Tolkien já dizia...
Bom, o pai do Ivan era físico, assim como ele, então... não é tão absurdo assim conseguir matéria-prima. E não foi a Pepper que levou a Scarlett Johansson lá, ela se infiltrou a mando do Nick Fury.
Mas o Rhodes tinha acesso às armaduras e ele praticamente acompanhou o “fazimento” delas, não é tão absurdo assim ele conseguir pilotar (nos quadrinhos ele também usa, mas não nesse contexto)
Ok, agora vamos ao Xis da questão: a criação do novo elemento. Olha a verossimilhança, minha gente. Naquela realidade, com aquela tecnologia, no laboratório super foda do Tony Stark, é super possível fazer o que ele fez, que eu entendi como uma nova combinação de átomos, cuja estrutura o pai dele já tinha deixado montada na maquete da cidade. Já o fato desse novo elemento dar certo pra substituir o paládio, bem, o negocinho que ele usa no peito é uma miniatura do reator Ark, é super normal que o pai dele tenha pensado nesse novo elemento como uma alternativa para o paládio (que provavelmente era usado também como “bateria” para o reator).
Em relação à conversa entre as armaduras, achei que fosse óbvio. Elas se comunicam através do Jarvis, todas são ligadas a ele, assim é absolutamente NORMAL eles se falarem.