Informações não pedidas e tão pouco necessárias

Minha foto
I hate everything, except some things

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nada de aproveitável

Essa noite fiquei pensando um monte de asneiras e, óbvio, não dormi direito... Opa, troquem 'noite' por 'dia'...
Enfim, pensando essas asneiras lembrei de quando eu era bem novinha (uns 7 anos, acho) e estava voltando pra casa da escola, de perua (eu morava no sítio), e aí, sabe Deus o motivo, comecei a pensar em perguntas. Neste dia cheguei à conclusão, no ápice da sabedoria dos meus 7 anos, de que existia dois tipos de perguntas: as que a gente sabe a resposta e as que a gente pode não saber a resposta. Bem, o que eu queria dizer com isso? É que eu achava que perguntas do tipo 'Qual é o seu nome?', 'Quantos anos você tem?' eram os tipos de pergunta que a gente tinha que saber a resposta e perguntas do tipo 'Qual a capital do Suriname?' ou 'Quem é o atual presidente da Rússia?' eram perguntas que eu poderia saber a resposta, mas não tinha obrigação. Cada coisa, né... mas eu me divirto lembrando essas coisas.
Bem... aí ontem eu estava pensando coisas desse naipe, coisas que pra mim tem diferença, embora uma diferença quase imperceptível e talvez inexistente para mentes que estão demasiadamente trancadas.
Por exemplo o possessivo 'meu'. Embora ele tenha um significado claro, de indicar que alguma coisa é minha, me pertence, quando a gente fala, tem uma sutil diferença de um caso para outro. Se você diz 'meu livro', quer dizer que o livro é seu, ele te pertence, você é dono dele. Mas quando você diz 'meu irmão', não quer dizer que ele te pertence... entende? Você não é o dono dele e embora ele seja SEU irmão é diferente do caso do livro.
Outro caso mais interessante ainda: a gente tem mania de falar 'meu livro favorito é...', mas qual o sentido de 'meu' aqui? Assim, eu tenho um Silmarillion (vários, na verdade) e esse é o meu livro favorito. Mas O Silmarillion não é meu, é do Tolkien. Eu tenho um exemplar só... e eu posso dizer que aquele livro é meu, mas a obra O Silmarillion não. Percebem que o 'meu' nesse tipo de frase tem um sentido bem diferente, então a frase 'meu livro preferido' quer dizer 'entre os livros que existem o que é preferido por mim é...'.
Aí pensando nisso pensei na diferença que tem, por exemplo, entre eu dizer 'meu livro' (em relação ao Silmarillion) e o Tolkien dizer 'meu livro'. Legal, né?

Nenhum comentário:

Postar um comentário