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sábado, 15 de janeiro de 2011

Eu queria

Eu queria um monte de coisas.
Eu queria ser magra.
Eu queria ser bonita. Mas seu eu fosse magra até dispensaria o "bonita" pois, não importa o que digam, os homens preferem as magras, mesmo as feias. (E nem vem com essa de que é mentira porque já vi muita gordinha linda -NÃO É O MEU CASO, QUE FIQUE CLARO - não conseguir um cara porque ele preferiu a magra. That's life!
Eu queria a camisa do Liverpool, do Gerrard, com nome e número (óbvio).
Eu queria a camisa do Real Madrid, número 23, do Özil, óbvio!
Eu queria ser menos idiota.
Eu queria nunca mais me apaixonar.
Eu queria que o cara que eu ficasse a fim, ficasse a fim de mim também, ao menos uma vez.
Eu queria que o Corinthians ganhasse a Libertadores. E o Paulista e o Brasileiro também.
Eu queria que o Manchester United (ou mesmo o City) não fosse campeão da Premier League.
Eu queria poder ver todos os jogos dos times que amo nos seus respectivos estádios.
Eu queria que qualquer pessoa que me zuasse falando que o Corinthians não tem estádio e por isso o sonho acima é impossível tivesse uma morte lenta e dolorosa.
Eu queria que o Snape existisse. E não fosse apaixonado pela vadia da Lilly Evans.
Eu queria que o Mr. Darcy existisse e fosse meu.
Eu queria que o Heath Ledger não tivesse morrido. ):
Eu queria que o Robert Downey Jr. fosse apaixonado por mim.
Eu queria ser a Anielica de alguém.
Eu queria ter o efeito Summer.
Eu queria que meus pais não tivessem me abandonado e fossem normais, assim, talvez, minha vida fosse diferente, eu fosse diferente.
Eu queria não ser eu.
Eu queria terminar as merdas da correção da dissertação logo.
Eu queria jamais ter que decidir.
Eu queria viajar.
Eu queria comprar várias roupas novas.
Eu queria que meu cabelo colaborasse comigo às vezes.
Eu queria que as pessoas fossem menos burras e não fossem preconceituosas. COM NADA!
Eu queria o Cristiano R. fora do Real Madrid.
Eu queria lembrar agora tudo o que eu queria.
Eu queria não ter que ter que escrever isso.
Eu queria morrer.
Eu queria cair na ilha com o Jack, Sawyer, Desmond e companhia.
Eu queria que o Red Sox ganhasse a World Series (:
Eu queria publicar meu livro.
Eu queria ser legal.
Eu queria ser menos grossa, triste e chata.
Eu queria que alguém lesse isso e realmente prestasse atenção e entendesse.
Eu queria tanta coisa.
Eu queria ter conhecido o Tolkien.
Eu queria voltar pra Oxford (tipo, HOJE).
Eu queria que tivesse cover do The Smiths no Vila.
Eu queria não estar assim.
Eu queria muito mais coisa que esqueci.
Eu queria que as pessoas não fossem tão doidas, confusas, falsas e mentirosas.
Eu queria...
Mas pensem, qualquer pessoa no mundo poderia fazer uma lista dessa, variando uma coisinha ali e aqui e esquecendo um monte de coisa. Agora, se todo mundo pode fazer uma lista dessa, quer dizer que todo mundo quer um monte de coisa que não tem, então como pode existir alguém realmente feliz?
Falha número um do parágrafo acima: ninguém disse que todo mundo poderia fazer uma lista dessa, eu que achei, então, perdi meu argumento.
Falha número dois do parágrafo citado: ninguém É realmente feliz. As pessoas FICAM felizes, com uma coisa ou outra. SER feliz implicaria um estado de euforia constante não concebido por minha pessoa. Se existe alguém assim, você tem o meu respeito e minha inveja porque, vejam, quando eu sinto que ESTOU feliz, meu coração acelera, tudo se torna possível, até o mais absurdo, e parece que tudo vai dar certo. Se alguém vive assim constantemente, bem... retiro minha inveja, porque como saber que esse estado constante é ótimo quando não há com o que comparar, nenhuma tristeza. I lost my point.
Bem, independente de qualquer coisa, opinião ou conceito de felicidade, eu, provavelmente, sou a pessoa mais triste nesse momento. Não porque minha vida seja a pior de todas, embora ela tenha sido uma novela mexicana e tanto! (E sem final feliz..). Nem por nenhum motivo especial. (E ANTES QUE ALGUM RETARDADO VENHA ME LEMBRAR DAS INUNDAÇÕES E MORTES NO RIO E TODOS OS OUTROS LUGARES E QUE, ÓBVIO, TEM PESSOAS SOFRENDO MAIS DO QUE EU - OU PELO MENOS COM MAIS MOTIVOS PARA SOFRER DO QUE EU -, GOSTARIA DE LEMBRAR QUE NINGUÉM TEM COMO MENSURAR O SOFRIMENTO DE OUTRA PESSOA, ENTÃO, PRA MIM, INDEPENDENTE DOS MEUS MOTIVOS, EU SOU A PESSOA MAIS TRISTE DO MOMENTO!)
E no final, o pior motivo é a não identificação de um motivo central, porque sempre há.
É melhor eu parar agora, to parecendo uma psicóloga e eu odeio psicólogos! Ponta de iceberg e tal, não é comigo, me lembra o Titanic e GOD, I really loved that ship! (And the movie! Ok, the movieS, mas o do James Cameron é o melhor! Se bem que a cena que mais me emociona é a do "Levantem o Titanic". Ver ele emergindo do oceano me faz chorar até hoje... mas o livro é melhor!). Ok. Parei.

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