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I hate everything, except some things

sábado, 27 de novembro de 2010

Pássaros

Ela matara o pássaro!
Ele ficara muito bravo! Adorava pássaros.
- Você não devia ter matado! O que ele te fez?
O pássaro estava aos seus pés.
- Não é questão de fazer ou não fazer. Eu tenho um estilingue, ele é uma coisa que voa. Eu acertei ele, ele morreu. Simples assim. - Disse ela.
- Você não tem coração!
- Seus argumentos são sempre tão inválidos. Não tem nada a ver com coração. Quer que eu desenhe? Estilingue+bicho-que-voa+eu-acerto-bicho-que-voa=bicho-morto.
- Você não existe! - Disse o menino com ódio. - Quero ver quando eu contar pra sua mãe se os seus argumentos serão tão válidos assim. Você sabe o quanto ela adora que você mate "bichos-que-voam"
- Vai lá correndo então! Quero ver provar, jogo esse bicho morto ali no rio em dois segundos. - Disse a menina pegando o corpo do pássaro e correndo em direção ao rio enquanto o menino ia em direção à casa, furioso.
Quando a menina chegou ao rio, ia se abaixando para jogar o corpo do pobre pássaro no rio quando percebeu um movimento a sua direita. Olhando de soslaio viu uma grande cobra se aproximando, mas aparentemente a cobra não havia se dado conta da presença da menina. Ela ficou paralisada por cinco segundos e depois correu como nunca antes. Correu tanto que encontrou o menino ainda longe da casa. Ele logo pensou que ela havia se arrependido e voltado para lhe pedir que não contasse nada, mas quando ia abrir a boca para dizer que nada iria adiantar, viu que ela tremia e estava muito pálida.
- O que aconteceu?
- Cobra... enorme... perto do rio... - Foi tudo que ela conseguiu dizer antes de começar a chorar.
Ele olhou para trás e sentiu mais do que viu um movimento próximo ao rio. Passou os braços em torno dos ombros da menina e a levou até a casa. Quando chegaram, a mãe quis saber o que havia acontecido e ele contou toda a parte da cobra, omitindo a parte do pássaro. Enquanto a mãe corria para avisar o pai da cobra que estava por perto, gritava para os dois:
- Mas o que faziam perto do rio? Já não disse que lá é perigoso!?
Ele respondeu:
- Nada. Só olhando...
A menina olhou para ele, ele desviou o olhar e ali ela soube que o amaria para sempre.
Ele já sabia isso. Há muito tempo.

Amizade!

Amizade é coisa esquisita. O conceito muda de pessoa pra pessoa, mas no fundo todo mundo sabe o que é. Eu demorei pra entender o meu conceito de amizade, porque sempre esperava demais (aquele velho problema), tipo Frodo e Sam (e quem fizer piadinha homossexual vai apanhar de fio de cobre!). Aí veio Harry Potter pra mostrar que nem toda amizade é perfeita e que é óbvio que há brigas e intrigas e mal entendidos e whatever. O mais bonito da amizade é você aguentar seu amigo aconteça o que acontecer. Pode ficar com raivinha, raivona, se afastar por um tempinho ou um tempão, mas amigo que é aigo, sempre volta, porque né... é amigo!
Eu já reclamei e briguei com quase todas as pessoas que considero amigas, algumas se foram, ou simplesmente mudaram de rumo e a gente se desencontrou. Hoje aprendi que não é porque elas fizeram isso ou aquilo que elas não são minhas amigas. Não sei porque fizeram, talvez nem fossem amigos mesmo e às vezes a gente entende tudo errado e fode com tudo. Serve pra relacionamento também, isso. Enfim, o caso é que esse post poderia ser pra várias pessoas, porque mesmo ficando de mimimi muitas vezes, eu SEI, agora, que tenho amigos sim, graças a Deus! Mas esse é pra uma pessoa em especial e especial: JAINI MANOELA!
A gente já passou por todas as crises possíveis, algumas quase fatais, mas graças aos bons elementos, superamos. Espero que, se ainda houver crises, que sejam menores e menos dolorosas, porque Jaini, apesar de tudo, é a segunda pessoa que mais me entende no mundo e viver sem ela é doloroso, quase insuportável. Quem me ouviu reclamando sabe.
Te amo demais Jaininha!!!!
Toda essa introdução e tal é pra mostrar pra vocês (e vejam bem, eu nem pedi permissão a ela, mas creio que ela não se importa - espero!) um conto que ela me escreveu um dia. Na verdade a gente fez um acordo, uma troca. Mas o conto que escrevi é, no mínimo, irrisório perto disso, se é que cheguei a terminá-lo. Quanto ao conto que ela me escreveu, é um dos mais lindos que já tive o prazer de ler, em toda a literatura. Sério! Vocês vão ver... Embora ela reclame que não é boa com as palavras, não consigo imaginar alguém que saiba lidar melhor com elas do que Jaini. Tem o Tolkien, é claro, mas isso é tão óbvio... Enfim, eis o conto:


Notas de uma vida

Era sua caminhada matinal diária.

Havia adquirido esse hábito devido a longas e repetíveis e longas e repetíveis e longas e repetíveis noites de insônia, causadas, talvez, pelo desconforto compreensível que uma mudança brusca de vida, de país e de sonhos tem o poder de causar – mesmo nos espíritos mais adaptáveis. Desde então, saía caminhando pela madrugada e caminhava até não restar outra coisa a fazer do que inverter a direção e caminhar de volta a tempo de chegar a casa antes de a lua chegar ao céu daquele, agora, seu país. (Que seu não seria nunca). Ninguém precisa de um segundo país para que as coisas se tornem, assim, bonitas e sublimes, num passe de mágica – a mágica não está na localização geográfica, eu lhe diria, se pudesse -, mas ela acreditava que sim, e não era de todo desvantajoso experimentar... afinal, talvez um tratamento, assim, de choque, de reviravolta fosse tudo o que aquele seu espírito já farto precisasse para encontrar sua paz. Mas talvez o motivo para a insônia nem fosse esse, fosse outro ou não fosse nenhum... talvez fosse só a solidão em que se é jogado quando sua língua não é eficaz para se comunicar com ninguém mais além de você mesmo. Ou talvez fosse só a própria vontade de caminhar para tentar encontrar, um dia, algo que existisse lá, depois de todos os horizontes – uma paz com cheiro de eternidade.

Mas talvez, também, ela só pensasse assim por não saber que pior que esquecer o passado (acontece com algumas pessoas – ouvi uma história uma vez), é querer retalhá-lo e desfazer-se dos pedaços pela estrada afora, feito João com Maria – salvo algumas diferenças (diria alguma sábia voz):

- Migalhas?

- Não. São memórias.

- Pássaros?

- Não. É o tempo.

Tempo, o corrosivo – diria essa mesma voz, se fosse qualificá-lo.

Por pior que seja um passado, nada pior que, voluntariamente, (desejar) esquecê-lo. Há sempre uma história (e inúmeras outras ligadas a ela)... e as histórias, histórias sempre serão. Há pinceladas suaves, escuras, violentas, trêmulas, hesitantes até, um sem-fim de possibilidades na aquarela do artista. Não se produz uma obra - ou a obra de uma vida - com apenas uma cor nem com um único número de pincel; além das predominâncias, há matizes, por vezes, cuidadosamente camufladas. Todo artista tem seus segredos a esconder. Não seja, por favor, o inconveniente a querer descobri-los para espalhar, depois, a altos brados sua brilhante descoberta a um mundo que não se interessa nem pelo criador nem pela criatura – que criem seus próprios segredos, se capazes forem.

Caminhava, ela, pelo meio-fio. Botas de chuva, um impermeável com capuz e uma não-direção a seguir. O mundo pela frente e os passos que se conduziam a si próprios. Os pés (de bailarina) carregavam servil e passadamente o corpo acima deles. Chuva fina. Não havia ainda, no mundo, a luz avermelhada do sol; de luz, aliás, no céu, apenas uns minúsculos pontos brilhantes – de estrelas sem sono e com uma ainda vontade de brilhar. Os pingos caíam nas poças da calçada: sons tão finos, tão ariscos, tão breves. Staccato, regia, por capricho, o maestro.

Nada é muita coisa - assim como nunca, sempre e eternidade são muito tempo (não tenho certeza de já não ter dito isso) -, e quando há muita coisa em jogo há, também, sempre uma ressalva - cabeceira da cama, criado mudo: ali repousava a mais amada lembrança jamais esquecida e totalmente impassível de apagamento: o livro. Estava aí sua única fraqueza e seu único pecado em relação a sua resolução de acabar de vez com aquela que havia sido, até então, sua vida. Talvez, então, fosse esse o motivo da insônia: era preciso desfazer-se do livro ou nenhuma de suas outras drásticas atitudes faria sentido ou traria algum resultado positivo. Mas dele ela não podia se separar. Nunca.

Mas o maior agravamento nem era, coisa em si, o livro, e sim a dádiva que carregava, ele, de levar para onde quer que fosse levado mais umas muitas lembranças a ele ligadas por algum tipo de laço. Era um volume grande (umas mil e poucas páginas), já bem manuseado, que ela folheava toda vez ao se levantar e antes de dormir.

Sei que havia, dentro dele, além das lembranças que iam, uma a uma, se ligando a milhares de outras, um pedaço velho e sujo de papel. Dizia algo mais ou menos assim:

Era uma vez uma menina chata e mal humorada que, no meio do caminho, encontrou uma borboleta lilás (de cabelos ruivos). Era a borboleta mais bonita e mais interessante. Conhecia lugares distantes, seres fantásticos e falava línguas raras. A menina nunca tinha visto nada igual. Era sobrenatural. Apaixonou-se pela borboleta e até queria guardá-la numa redoma, pois sentia muito ciúme e temia que a borboleta fosse embora, porque aí tudo o que a menina tinha conhecido de belo e puro no mundo se desvaneceria no meio do caos cotidiano. Até que um dia a borboleta voou por outras aragens... e a menina caminhou por outras estradas, sentindo uma profunda melancolia e uma saudade doída demais... Aí elas se reencontraram. As duas tinham mudado. As duas tinham um vazio a preencher... aquele vazio que só se preenche com uma amizade verdadeira... E elas ficaram juntas, pra sempre! Porque sem a borboleta, a menina não passava de uma menina chata e mal humorada. E, sim, a menina ama(va) aquela borboleta maravilhosa! De verdade!

Lamento informar aos desbravadores de segredos alheios que desconheço a origem, objetivo e explicação de tal texto. Suponho, desde que dele tomei conhecimento, que se trate de alguma correspondência secreta e, portanto, escrita em código, o que não é nada relevante, já que, mesmo assim sendo, não se sabe o destinatário, o remetente, nada; nada além de que em determinado lugar, onde isso seja possível, determinada menina e determinada borboleta selaram um pacto de amizade eterna.

Mas ela caminhava.

Brilhos de pequenas estrelas no céu.

Sons de leves gotas nas poças da calçada.

O compasso dos passos equilibrados no estreito meio-fio.

E não eram, esses, os únicos sons daquela madrugada fria e solitária.

Entre pingos e gotas, ela começou a perceber uma música – e que doce era ela! Assim, de início, quase imperceptível, como se quem a executasse estivesse a milhares de quilômetros dali... talvez ela tivesse, finalmente, encontrado o pós-horizonte e essa fosse a música do para todo o sempre. Era uma melodia como os desenhos das nuvens: fascinante e cheia de luz. E era inédita. Nunca, no mundo, alguém já a havia escutado. Era uma música nova, e era composta naquele momento... era, ele, o momento exato da criação. E, embora não a conhecesse – ou a estivesse conhecendo naquele momento -, ela sabia que aquela música lhe pertencia. Era dela. Era um pedaço seu. Era ela. Era, enfim, o que lhe faltava. Era a sua paz. E era mais sublime do que ela mesma ansiara. Ela, a bailarina triste das madrugadas solitárias, inspirava, naquele momento, a mente, o sentimento e os dedos de algum pianista misterioso, que a observava apaixonadamente sem que ela sequer soubesse por onde ele a via. Era ela, agora, uma musa. Era Jeanne despertando seu Amedeo. Um Amedeo que possuía uma visão privilegiada... e que continuava sua ininterrupta música – a música de uma vida. Era a mais bela primeira execução de uma composição que se fazia no momento mesmo em que era ouvida. Era um cântico final.

Com todo o cuidado, ela começou a seguir aquele som, que já se fazia mais perceptível e que a convidava a procurá-lo, sendo, ao final, ele próprio, sua recompensa. Na verdade, estava já agora tão claro e tão próximo, que ela sentiu medo. Era como um daqueles episódios em que os personagens sabem que algo irá mudar suas vidas para sempre... assim, simplesmente sabem – segredo de artista. E era engraçado; afinal, ela mesma havia renunciado sua própria vida, seu passado, em busca de algo, sem tempo a perder, e, agora, assim, tão desprevenida, sentia medo da força que a ligava àquela música, como um cordão umbilical. E ela não tinha poder de escolha, porque aquela música era tudo que lhe restava para aceitar. E o que mais lhe amedrontava era que aquela música lhe dava uma sensação de retorno ao início... e era disso exatamente que ela ansiava desprender-se. Aquela música tinha o poder de levá-la por uma viagem no tempo... e devolve-la ao lugar de onde ela nunca deveria ter saído. As notas daquela música eram as notas da sua vida. Aquela música era a sua vida.

E estava tão próxima, parecia, até, que saía de dentro dela.

Tão próxima.

Aqui, disse a sábia voz. E ela parou.

Era uma porta de madeira. Era imensa. Era, quase, um rochedo. Alguém, certamente, a havia trazido de algum castelo medieval. Essas manias de colecionadores. Estava meio aberta. Medo. Antes de empurrá-la, olhou pelo buraco da fechadura. Engraçado, isso é uma lembrança. Não conseguiu ver nada. Empurrou a porta. Entrou.

Uma sala imensa. Realmente imensa.

A iluminação era fraca. A única coisa que seus olhos conseguiram identificar ali, na penumbra, foi um lindo piano no centro da sala. Apesar de lindo, era um piano normal, desses que só produzem som se alguém dedilha suas teclas. E ali não havia ninguém. Não havia nada além do piano. Havia, aliás; mas que importância tem uma caixinha de música (aberta) sobre um piano quando o que se busca é o artista que, em seus dedos, controla sua vida? Mas, e só então ela percebeu, era de lá – da pequena caixinha sobre o piano – que saía a sua música-lembrança. Era forrada de veludo vermelho e, no lugar da bailarina, havia a figura em miniatura de um rapaz de beleza irrequieta e deslumbrante. Eu já sonhei com esse rosto? Pois era tão familiar. Num canto da caixinha, cuidadosamente dobrado, havia um papelzinho. O que ela leu ali? Só ela poderia dizer. E (e tudo o que sei), então, tudo fez sentido e ela se lembrou de tudo, desde o momento em que havia, alguém, aberto a caixinha e roubado a bailarina para si... a bailarina sem memória que havia caminhado pelo mundo em busca do seu tempo perdido. Ela era, agora, novamente, a bailarina da caixinha de música, não mais caminhos indefinidos a seguir... ela voltaria para sua caixinha e, junto a seu Old man river, continuaria dançando ao som da música da vida... a música que cria o mundo enquanto seu som se faz.

E, como num passe de mágica, a caixinha se fechou.

Uma borboleta lilás: era esse o desenho da tampa da caixinha e a última imagem que tenho daquele aposento.

Espero que nenhum outro viajante, vagante pelo mundo, perceba os acordes da melodia e tente procurá-los no país em que a chuva cai em staccato, pois então a caixinha...

Nesse ponto, fechei o livro.

Não quero continuar, porque não quero que a caixinha de música volte a se abrir e alguma das peças seja novamente lançada pelo mundo com o castigo de vagar em busca de algo que em sua mente não faz sentido quando fora da caixinha. E, se eu não ler, a caixinha não se abrirá. Ela, assim, fica fechada entre as páginas fechadas do livro, dentro da gaveta trancada à chave, enterrada, esta, secreta e cuidadosamente em algum lugar desconhecido, muito além de onde Chapeuzinho encontra o lobo mau. E não contarei a ninguém: essa é a minha promessa. Dentro daquela gaveta fria, pequena e escura existirá, para sempre, um mundo imenso, colorido e cheio de música.

Que eles sejam felizes para sempre.

Claro que tem um significado muito maior pra nós duas, mas ainda assim, usando uma comunidade "é de uma poesia ímpar!"
Muito obrigada, Jaininha, pelo conto, por existir, por ser minha amiga!
Te amo!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Colaboração

Então. Coisas aconteceram e se você não sabe o que, é porque não prestou atenção ou não é tão importante assim pra saber da minha vida. Algumas pessoas são importantes e não sabem mesmo assim, por algum outro motivo que não consigo identificar, mas o fato é que coisas aconteceram.
Nos acontecimentos em questão, conversei com várias pessoas (lindas, fofas e que me ajudaram um montãozão) e juntando uma coisa aqui e outra ali, percebi algumas coisas. Tenham em conta que "perceber" é diferente de "fazer" e aí vai uma pequena lista do que percebi (algumas coisas podem estar repetidas, mas who cares?):
- Não espere nada. Da vida, do mundo, das pessoas, de nada. Pois se você ficar esperando (coisa que fiz minha vida inteira) vai ser uma decepção atrás da outra. Não compensa. Não espere nada e o que vier é lucro.
- Só se importe com quem gosta de você. Os outros não valem a pena. Você pode até se importar um pouco com quem você gosta que não gosta de você, mas só por um tempo, porque se insistir nisso, amigo...
O básico é isso e acredito que se eu conseguir fazer metade do básico já vai ajudar bastante. O duro é conseguir...
Aceito colaboração!
E mais uma vez obrigada Fer, Paty, Bru e Mark. (Não estou excluindo as outras pessoas nem reclamando, é só que NESSA coisa específica, foram eles quem me deram a mão, esses lindos!)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Promoção de aniversário!!!

Como eu disse no twitter, a promoção consiste em, nos comentários, vocês dizerem qual post desse ano inteiro de encheção de saco vocês mais gostaram e por que. Sejam criativos!
Alguns critérios serão adotados, tipo, conhecimento do conteúdo do blog, o post escolhido, a justificativa... Enfim, boa sorte a todos!
O prêmio será um livro bem legal, ok? Ou um filme... estou decidindo. Mas será bem legal!!!!
O resultado sairá dia 09 de dezembro, dia do aniversário.
BOA SORTE!

Pro Negão Internauta!

O que se quer dizer ou objetivo a ser alcançado

"Liz Norton, pelo contrário, não era o que comumente se chama uma mulher de grande vontade, isto é, não fazia planos a médio ou longo prazo nem punha em jogo todas as suas energias para realizá-los. Era isenta dos atributos da vontade. [...] A expressão 'alcançar um fim', aplicada a algo pessoal, lhe parecia uma arapuca repleta de mesquinharia."

2666. Roberto Bolaño.

Um túnel no fim da luz

Eu acho que já disse isso, mas repetir é sempre bom (né, fia) já que o mundo está cheio de retardados. To mudando. Mas tipo, MUITO! Não sei por onde começar direito, mas vamos ver o que vira. Se eu continuar nessa vidinha chata e sem graça, vou me matar mesmo, então vamos aproveitar essa porra de vida e se abusar ou passar dos limites, pelo menos morrerei se não feliz, pelo menos menos idiota. Mas tem uma coisa que preciso fazer antes, para explicitar como será a mudança:
1 - Não haverá regras.
2 - Como toda regra tem exceção, a dessa é: há uma regra.
3 - A regra que há é: nada muda nas minha crenças fundamentais, ou seja:
a. Deus existe.
b. Fantasia existe.
c. Fadas, elfos, Hogwarts, unicórnios e derivados existem.
d. Liverpool e Corinthians são os melhores times do mundo.
e. O Neymar é um bandido.
f. Tolkien é foda e eu mato quem discordar.
g. O Fer é a melhor pessoa que existe no mundo.
h. O Blaublau é o melhor de todos!
i. Robert Downey Jr. é o homem da minha vida e Heath Ledger é minha alma gêmea.
4 - Algumas crenças fundamentais mudaram:
a. Nada importa de verdade.
b. Amor (daqueles dos livros e filmes) NÃO EXISTE!
c. Nada de bom vai acontecer na sua vida, mas você se contentará com algumas coisas normais e as considerará boas. (Estúpido!)
d. Você é estúpido, mas é melhor que eu porque pelo menos consegue se enganar, eu só consigo chorar e ver que as coisas são todas horríveis.
e. Não importa o que os outros pensem de você, porque no fim, quando você tiver morrendo e lembrar de tudo que deixou de fazer por causa dos outros vai ver que quem se fudeu foi você.
f. "Errado" é só aquilo que você ainda não conseguiu convencer a sua consciência de que pode fazer.
5 - Se você leu tudo isso, entendeu e concordou, você tá tão fudido quanto eu, mas ainda não percebeu. Sorte sua! Ou não.
6 - Não gosto do número 6, então ele será excluído de todas as coisas que farei daqui pra frente.
7 - Pare de esperar por qualquer coisa que seja, mesmo aquelas pelas quais você se esforçou tremendamente, pois se elas não acontecerem, você vai descer vários níveis no poço do desespero e se elas acontecerem, como você não tava esperando mesmo, vai ser legal.*
Enfim, é isso aí. Com colaboração de @brubusnardi.
Tinha mais coisas pra falar, mas como nada importa mesmo, pra que ser coerente?

*Isso não caracteriza "uma coisa boa".

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ironia

Pra que ler Linda Hutcheon quando Harry Potter nos exemplifica tão bem o que é ironia...?


"- Harry - disse Lockhart, os dentões brancos faiscando ao sol quando ele balançou a cabeça. - Harry, Harry, Harry.
Completamente estupefato, Harry ficou calado.
- Quando ouvi, bem, é claro que foi tudo minha culpa. Tive vontade de me chutar.
Harry não fazia idéia do que é que o professor estava falando. Ia dizer isso quando Lockhart acrescentou:
- Nunca fiquei tão chocado em minha vida. Chegar a Hogwarts num carro voador! Bem, é claro, entendi na mesma hora por que você fez isso. Estava na cara. Harry, Harry, Harry.
Era incrível como é que ele conseguia mostrar cada um daqueles dentes brilhantes até quando não estava falando.
- Teve uma provinha de publicidade, não foi? - disse Lockhart. - Ficou mordido. Esteve na primeira página comigo e não pôde esperar para repetir o feito.
- Ah, não, Professor, sabe...
- Harry, Harry, Harry - disse Lockhart, segurando-o pelo ombro. - Eu compreendo. É natural querer mais depois de provar uma vez, e eu me culpo por ter-lhe dado a oportunidade, porque a coisa não podia deixar de lhe subir à cabeça, mas olhe aqui, rapaz, você não pode começar a voar em carros para tentar chamar atenção para a sua pessoa. É bom se acalmar, está bem? Tem muito tempo para isso quando for mais velho. É, é, sei o que está pensando! 'Tudo bem para ele, já é um bruxo internacionalmente conhecido!' Mas quando eu tinha doze anos, era um joão-ninguém como você é agora. Diria até que era mais joão-ninguém! Quero dizer, algumas pessoas já ouviram falar de você, não é mesmo? Todo aquele episódio com Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! - Ele olhou para a cicatriz em forma de raio na testa de Harry. - Eu sei, eu sei, não é tão bom quanto ganhar o Prêmio do Sorriso mais Atraente do Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, como eu, mas é um começo, Harry, é um começo."

Harry Potter e a Câmara Secreta - "Gilderoy Lockhart", p. 81-82

"- Então, Harry - disse Lockhart, enquanto Hermione dobrava o papel com dedos nervosos e o guardava na mochila. - Creio que amanhã é a primeira partida de quadribol da temporada. Grifinória contra Sonserina, não é? Ouvi dizer que você é um jogador muito útil. Eu também fui apanhador. Convidaram-me para tentar a seleção nacional, mas preferi dedicar minha vida à erradicação das Forças das Trevas. Ainda assim, se algum dia você achar que precisa de um treino pessaol, não hesite em me pedir. Fico sempre feliz de passar minha experiência a jogadores menos capazes..."

Harry Potter e a Câmara Secreta - "O balaço errante", p. 141

Festa de comemoração

Lembra quando eu expressei toda a minha indignação sobre a modernidade, principalmente sobre um assunto em particular que não posso especificar agora? Pois é... Eu nem lembro direito, mas tudo bem. É que agora eu to muito mais indignada ainda. Que droga! O mundo moderno é uma merda e todas as convenções sociais e tal.
O pior é não poder ser bem direta no assunto, mas as pessoas podiam facilitar, né? Não importa se você não sabe do que eu to falando. FACILITA! Facilita a sua vida, a vida das pessoas que convivem com você, as coisas podiam ser tãããão mais simples se vocês fizessem isso. O duro é que parece que as pessoas não gostam de facilitações, pois quando eu tento facilitar para os outros, eles simplesmente ignoram e parece que no fim eu só piorei. Mas vai ver devo ter piorado mesmo. Eu sempre faço tudo errado, TUDO! A única coisa certa que eu fiz na vida foi dar aquela resposta na entrevista de ontem... E ainda tenho que ouvir todo mundo dizer "não, isso não é verdade". AHAM, sei... Então por que eu to sozinha agora? Hein? Por que ninguém tá ligando? Se eu sou tão legal, especial, simpática e inteligente como todo mundo fala? Pessoas com tantas qualidades não deviam estar sozinhas todo o tempo. Agora, ou estão todos mentindo (o que é óbvio!) ou esse mundo tá muito errado (o que é muito óbvio também!), pois... ah, vocês entenderam meu ponto.
Agora a melhor parte de tudo é ter que ouvir reclamações depois. Espero que dessa vez não precise. ESPERO! Mas como...? Não posso nem perguntar isso pra ninguém.
O triste é: todos vão continuar não ligando e dizendo que ligam.
Oh, dear Lord!

domingo, 7 de novembro de 2010

Melhor do mundo!!!!!!

THE BEST!!!!
Olha! Assim! Não é fácil não hein!!!! Por que, POR QUE a vida tem que ser tão complicada? Óbvio que ninguém sabe. PORQUE NÃO TEM MOTIVO NENHUM, É PURO CAPRICHO DE SABE-SE LÁ QUEM QUE INSTITUIU REGRAS E COSTUMES E CONVENÇÕES, AHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Por que a gente não pode simplesmente fazer o que gosta, do jeito que gosta, com quem gosta, da maneira mais fácil, sem frescuras? Mas não, nããããããããããããããããããoooooo. TEM que complicar, tem que ser difícil e tem que fazer alguém se fuder. SEMPRE.
Sabe? Não tenho a mínima idéia do que to falando. Mas dane-se! Quero falar mesmo assim.
Então o que falarei?
Minha dissertação tá pronta. Já disse isso? Então, tá tão linda, toda impressa. E linda. Nem acredito que acabei.
Não, de verdade, não tenho NADA pra falar, vai ser só mais um dos post idiotas. Who cares?
Ai, vocês viram que o meu contador de visitas pifou? Tinha mais de 6.000 visitas, nem acreditava, aí pifou... tive que colocar outro, começando do zero, mas ok!
"I'm sorry, Doc. I don't!"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Falando das coisas

Oi. O dia tá uma merda! E o pior é que as coisas estão até dando certo... O Alvaro gostou da dissertação, nem consigo expressar meu alívio por isso. Oh coisinha pra desesperar essa tal dissertação. Quero nem ver quando for a tese de doutorado...
Enfim, nem tenho nada pra dizer. Essa semana confirmei minha teoria de que mesmo quando as coisas dão certo, eu continuo triste. Ou seja. Não há nada que eu ou alguém possa fazer pra mudar isso. Ou então é algo nunca feito antes na história desse universo. Anyway...
To muito nervosa e estressada esses dias. 99% das pessoas me irritando. Simplesmente não aguento, não sou obrigada!
Esse é definitivamente o post mais inútil do blog, mas eu senti que tinha que escrever alguma coisa e não iria ignorar um sentimento assim, né...
Isso aí.