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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Coisas aleatórias sobre Game of Thrones

Contra todo o meu bom senso estou eu aqui escrevendo no celular. Seja o que Deus quiser.

Esse é um post que já estava no forno há uns dias, desde que terminei Game of Thrones de novo (a série), mas aí hoje uma coisa aparentemente não relacionada me fez pensar nisso de novo e resolvi vir escrever. Mas vamos dividir em duas partes.

PARTE 1

A primeira, que é a que estava no forninho do inferno (minha cabeça), é minha história com Game of Thrones. Vocês sabem que adoro contar minhas peripécias de como trombei com um livro e hoje é dia de GOT.

O ano é 2011 (ou 2010? To confusa, agora... pode ser 2010 - não to indo pesquisar porque tenho medo de sair da página do blog e perder tudo). Eu tinha acabado o mestrado, tava começando o doutorado, o que quer dizer que tava com literatura de fantasia transbordando pelo meu ser. Mas... eu dou muito regaço com algumas coisas e a verdade é que mesmo estudando fantasia minha vida acadêmica inteira, tem MUITA coisa que não li e MUITA coisa que nem tinha ouvido falar. É o caso de GOT em 2011 (tenho quase certeza que é 2010, agora).

Eu honestamente não lembro de ter visto em nenhum dos meus textos base alguém falar de GOT. Se vi, apaguei da mente total. O negócio é que quando saiu a série em 2011 (2010?) eu nunca tinha ouvido falar na vida de GOT. Vergonha minha, eu sei, mas é a verdade (isso vai ser importante na parte 2 deste post). Claro, sendo a fantaseira que eu era, quando vi propaganda da série já pensei "vou assistir". Ok... e lá vamos nós.

Primeiro episódio. Lindo! Amei! Boromir!!! Aí já fui atrás e descobri que tinha livros e fiquei super feliz e comprei o primeiro e era grande, só felicidade. Aí saiu o segundo episódio.

Amigos, não façam maldade com bichinhos perto de mim. Crueldade de qualquer tipo me choca, mas se mexer com bichinho perto de mim, eu morro. Eu não assisto filmes de bichinho. Não interessa se é história feliz, eu não consigo. Rei Leão? Não, obrigada, prefiro assistir O exorcista, sofro menos. Irmão Urso? PELAMORDEDEUS deve ser um dos filmes mais tristes do mundo. Só de ver o bichinho sofrendo, mesmo que dê tudo certo depois, não, não, não, não. De jeito nenhum. Eu nunca assisto um filme que eu sei que tem um animal. Marley e eu? HAHAHA Eu sei que existe, mas nem eu me odeio o suficiente pra me fazer assistir. Uma vez fui no cinema e passou o trailer daquele filme do Richard Gere e do cachorro lá, chorei tanto que nem consegui assistir o filme que fui assistir. Quando era criança e assistia tudo na sessão da tarde, vi A grande jornada e traumatizei pro resto da existência. Tudo isso pra dizer que, quando mataram a Lady no segundo episódio, eu revoltei. Mas revoltei DEMAIS. Eu chorei, xinguei, ofendi todos os familiares de todos os envolvidos naquela cena e parei de assistir, óbvio. Eu fiquei INDIGNADA.

Depois de um tempo, quando tava 0,5% mais calma, decidi dar uma chance para o livro. Ai ai... o que você achou que ia acontecer, Mirane, minha filha? Ser menos pior? HAHAHAHAHA Gente... o ódio no meu coração... e aí aconteceu outra coisa, mas essa é a parte 2.

Eu fiquei transtornada e pela primeira vez na minha vida eu destruí o livro inteiro. Rasguei página por página e depois ainda usei os pedaços pra pintar um quadro que tenho pendurado na minha parede até hoje (quadro que gera muitas polêmicas, inclusive). MAS, veja bem, eu tinha destruído um livro. UM LIVRO. E aí, amigos, a coisa ficou feia. Vale lembrar que minha condição psiquiátrica/psicológica na época era péssima e não me fez nada bem destruir aquele livro, mas essa parte não entra nessa história.

Aí o tempo passou, eu decidi dar mais uma chance para os livros, e como sempre acontece, apaixonei nos personagens e resolvi tentar assistir a série de novo, pulando a parte da Lady, óbvio. Gostei mais ou menos, gostava mais dos livros, mesmo achando meio mal organizado na época (vou ler de novo agora, vamos ver... depois de Fire and Blood tenho um novo respeito pelo Martin), afinal meu ponto de referência é o Tolkien e né... vamos combinar! Mas aí as coisas estavam nesse pé: gostava dos livros, passava raiva com a série, passava raiva com idiota escrevendo merda, mas continuava... nunca foi uma das minhas obras preferidas (isso pode mudar com a releitura), mas eu gostava. E aí saiu o livro de contos do Martin que tinha o cavaleiro de Westeros. Aí acabou. Aegon Targaryen, 578 of his name. Apaixonei. Vocês já conhecem minha história com dragões devido a posts recentes... e nem tinha dragão nesse conto, mas só de ter um Targaryen... ai ai.

Ah tá, vale lembrar também que eu li um capítulo do primeiro livro e já sabia que o Rhaegar tinha casado com a Lyanna. Sem comentários. Óbvio do óbvio do óbvio. Vocês tinham que me ver assistindo a cena na série (lembrando que, eu acho, no livro ainda não foi revelado isso, mas, gente, por favor... é só ler a caracterização do personagem, nunca que o Rhaegar era como o Robert descrevia). Enfim... (*cantando* eu me apaixonei pelo Targaryen errado, ninguém sabe o quanto eu estou sofrendo, sempre que eu leio o Guerra dos Tronos, morro de saudade estou enlouquecendo).

O ponto é que um Targaryen tem que fazer muita, mas MUITA merda pra eu começar a considerar a possibilidade de não gostar dele. Se eu tiver que citar um Targaryen que eu odeio... hmm... sei lá... Aerys, talvez? Mas eu até entendo o impulso de querer por fogo em todo mundo... Maegor? Não sei... Mas é isso.

Aí a série foi se desenrolando e decepção depois de decepção. Continuei assistindo só de raiva. Pra mim tem, no máximo, umas 20 cenas nas oito temporadas que salva. O resto é lixo. O desrespeito com a Daenerys???? Não me conformo. Peguei birrinha da obra, dos livros, da série, tudo. E ainda pra ajudar esse véio trambiqueiro do Martin não publica o sexto livro. Quando saiu Fire and Blood eu comprei por obrigação, mas não li até esse ano.

Acho que ano passado ou esse ano comecei a ouvir falar da série House of the Dragon, mas nem planejava assistir. No entanto, as coisas foram se ajeitando para me levar a ver a série. Primeiro vi que tinha a Olivia Cooke e o Matt Smith. Depois queria fazer pirracinha pra Amazon. E aí assisti o primeiro episódio. DRAGÕES!! Rhaenyra!!! Alicent!! Viserys!!! DRAGÕES!!! Hightower!! VHAGAR!!! Enfim... o resto é história. Comecei a ler o livro no mesmo dia, chorei feito uma condenada, provavelmente vou ter dificuldade pra assistir as próximas temporadas e agora vou começar GOT (livros) tudo de novo. Sinceramente, Fire and Blood me fez mudar muito de opinião sobre o Martin. Vamos ver como vai ser essa releitura.

PARTE 2

Gente, essa parte é tangencialmente relacionada a anterior. Veja bem, tava lendo sobre aquele negócio lá da série 1899 ser plágio de uma artista brasileira e, independente da minha opinião sobre o assunto (que não interessa porque tenho 0 autoridade pra falar, ainda não vi a série e não conheço a HQ), lendo os comentários da thread, percebi o quanto esse é um assunto complicado.

Primeiro que, vamos combinar, tudo já foi dito, tudo já foi feito, nada é novo. Segundo que, vendo algumas pessoas comentarem "ai, não tem nada a ver uma coisa com a outra", me deixa triste porque se a cópia não é feita super explicitamente, dificilmente se consegue convencer alguém. É muito difícil quando você lê/vê algo que vc fez na obra de outra pessoa, tem certeza que é cópia, mas não tem como provar. É horrível. Comentei sobre isso recentemente, mas academicamente, não quanto a produção criativa/artística que, pra mim, faz a coisa ficar muito mais complicada. É completamente impossível que duas pessoas tenham a mesma ideia simultaneamente? Não. Mas é difícil. Geralmente alguém pensou ou fez antes do outro. Mas considerando que bebemos das mesmas fontes, claro que podemos vomitar a mesma água com o nosso suco gástrico particular. E eu fiquei pensando isso porque em 2005 eu comecei a escrever uma história (inclusive, algumas pessoas - Fer - acham ela melhor que a da Demi). Na época esse era o único livro que eu tava trabalhando. Pra vocês terem uma ideia, a história da Demi era pra ser um capítulo daquela história e depois decidi fazer um livro separado. Aquela história está pronta na minha cabeça desde 2005. Eu tenho ela acabada, só falta escrever. E eu amava demais escrever ela, pensar nela... deve ter umas 100, 150 páginas escritas.

Em 2010 eu inscrevi essas páginas em um concurso literário da Petrobrás e cheguei na final!!! E aí algumas coisas aconteceram. Primeiro, eu perdi umas 50 páginas (não as do concurso). Simplesmente desapareceu do computador. Eu tava escrevendo todo dia porque tava muito animada de ter chegado numa final importante e em uns três dias escrevi essas 50 páginas. E sumiu. Eu lembro a história dessas 50 páginas, mas eu nunca me recuperei de ter perdido um terço daquele texto assim. Quem escreve sabe que, no fim, a história não é tão importante quanto o modo que você conta. E eu perdi 50 páginas escritas. Foi devastador.

A segunda coisa que aconteceu foi: eu li Game of Thrones. *insira emoji de palhaço aqui*

Gente, eu ia lendo GOT e eu não conseguia acreditar. As casas, os nomes, os mapas... eu juro que quando comecei, em 2005, eu nem tinha começado a faculdade ainda. Eu não estudava fantasia, eu mal sabia o que era fantasia como gênero, eu nunca tinha ouvido falar de GOT na vida. E, meus amigos, a semelhança... quando comecei GOT em 2010/2011, eu não conseguia acreditar. Juro. As casas mais importantes da minha história e do Martin? As mesmas. Os mesmos bichos. A casa principal? Não, nem era dragão, não, imagina. O nome da protagonista do passado que dá origem a toda a merda narrada? Lyanna. Assim. Desse jeitinho. Na hora eu pensei "isso é um sinal pra eu parar de escrever essa história". E eu parei. Sério, vamos supor que eu tivesse ganhado aquele concurso da Petrobrás e terminado o livro e publicado... vocês tem noção do quanto TODO O UNIVERSO iria achar que eu plagiei o Martin? Tipo, os livros dele são da década de 90. Quem iria acreditar na troxona que começou escrever uns 10 anos depois dele ser publicado? Gente, eu não consigo parar de pensar na vergonha que eu passaria e no tanto que ninguém, nunca, iria acreditar em mim. "Ah não, você estuda fantasia e não conhece Game of Thrones??? ATA. E coincidentemente publica essa história no ano que sai a série? AHAM!!! Sim, todos nós acreditamos em você, desconhecida copiadora".

E tudo isso pra voltar naquilo que falei: tanto eu quanto o Martin somos fãs de Tolkien e de histórias fantasiosas em geral. É possível que a gente desenvolva uma narrativa que, vinda das mesmas inspirações, sejam parecidas. Mas como disse, ele pensou e escreveu muito antes de eu começar a pensar a minha história. Eu tenho como provar que não plagiei ele? Não. Mas considerando meu nível de obssessão com as coisas é bem difícil eu ter lido algo que gostei tanto a ponto de me inspirar e não ter um registro disso. Gente, sério. Eu sei qual é o meu filme preferido no dia 03/04/1997. Diários e cadernos e agora redes sociais. Minhas loucuras são documentadas.

Pra fechar o assunto, entra outra questão interessante. O Fernando, por exemplo, não consegue achar tanta semelhança assim entre minha primeira história e GOT. Mas pra mim eu tenho muito claro que qualquer pessoa que lesse ia pensar na hora "copiou GOT". A história não tem nada a ver uma com outra, mas os detalhes... é inacreditável. Muita gente comentando o caso da menina lá falando que não tem relação nenhuma a HQ e a série, mas, olha... pra quem produziu a obra, você consegue ver além da história, sabe? Eu super entendo a moça identificar coisas da obra dela na série que os outros não enxergam e também entendo quem tá falando de outras obras anteriores a ambas que também são semelhantes. E isso é só pra mostrar a loucura que é isso de ter ideias parecidas e não ser necessariamente plágio, mas ao mesmo tempo sempre desconfiar das grandes corporações que se apropriam de obras de artistas alternativos.

E esse foi o caso de como eu abandonei meu primeiro livro porque achei que todo mundo ia achar que eu tava copiando o Martin.

Até parece... se eu fosse copiar alguma coisa copiaria do mestre de tudo, né! Piada.

domingo, 20 de novembro de 2022

PROMOÇÃO DE ANIVERSÁRIO - 13 ANOS

Olá, pessoal!

Este ano a promoção de aniversário do blog está imperdível!

Como participar?

Você só precisa responder as cinco perguntas abaixo nos comentários deste post.

1. Qual o seu livro preferido de toda a vida até hoje? Por quê?

2. Qual o melhor livro que você leu em 2022? Por quê?

3. Qual a melhor série/filme que você assistiu em 2022? Por quê?

4. Qual seu personagem favorito de todos os tempos de qualquer coisa (livro, filme, série, novela, jogo, etc.)? Por quê?

5. Qual seu post preferido deste blog (afinal, é uma celebração de aniversário e eu espero que você pelo menos tenha lido UM post nesses 13 anos)? Por quê?


Quem responder todas as perguntas nos comentários deste post estará participando do sorteio que ocorrerá dia 09/12/22.


PRÊMIOS:

1. Edição ilustrada por Alan Lee de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, em português, editora Harper Collins e As artes dos irmãos Hildebrandt sobre Tolkien.

2. Livro Fogo e Sangue, de G. R. R. Martin, editora Suma, e Phantastes, de George MacDonald, editora Thomas Nelson.

3. Livro de contos da Caitlín R. Kiernan, editora Darkside, e uma edição antiga de O Senhor dos Anéis, livro sexto, O Retorno do Rei, editora Artenova.

BOA SORTE A TODOS!

sábado, 5 de novembro de 2022

DRAGONS

E, quem diria, DOIS POSTS EM UM ÚNICO DIA! (Rimou!) Certeza que meus fãs vão amar hahahahaha.

Esse post é mais uma lista porque eu amo dragões e o tanto que eu amo dragões é tanto que agora eu vou até reler Game of Thrones.

Gente, eu sou fraca, não resisto. Se você colocar um dragão na história, a troxona aqui vai amar. Se você colocar vários... mamma mia... eu vou relevar até minhas maiores decepções. Eu odiei a série Game of Thrones? YES! Vou rever? ALSO YES! Por quê? DRAGÕES. Na verdade, só tem 3 nesse aí, mas aí você fica olhando pra King's Landing e pensando "Meleys já ficou ali... e o Vermithor... e a Vhagar" e isso, amigos, é suficiente pra mim. A lembrança dos dragões é suficiente para eu reassistir uma das séries que mais odiei. Esse é o tanto de troxona que sou. 

Então, tudo isso por causa de House of the Dragon. E por que eu assisti House of the Dragon se odiava Game of Thrones?

Bem, primeiro porque é TARGARYENS, BABY!

Segundo porque queria fazer pirraça pra Amazon (I'm petty).

Terceiro porque tinha a Olivia Cooke e o Matt Smith. Mal sabia eu que o resto do elenco era simplesmente perfeito.

Mas hoje não vim aqui falar da série. Vim falar dos dragões. Babies, my huge precious babies! Mais especificamente, os dragões do universo de Gelo e Fogo. Uma lista, na verdade. Quer saber? Vou copiar a página "We rate dogs" e criar uma lista avaliativa (de acordo com minha opinião) de dragões do mundo de Martin.

SPOILER DE CASA DO DRAGÃO (óbvio)

VAMOS LÁ!


DRAGÕES DE GELO E FOGO (lembrando que o gênero dos dragões é meio subjetivo).

Arrax - Super baby. Montado pelo Príncipe Lucerys Velaryon. Morto pela Vhagar em 129 AC*. Nota:120/100.

Balerion, the Black Dread - Huge old baby! Montado pelo Rei Aegon I Targaryen, o Conquistador; Rei Maegor I Targaryen, o Cruel; Princesa Aerea Targaryen e Príncipe Viserys Targaryen. Morreu de velhice em 94 AC (lembrando que era o único dragão de Westeros que nasceu em Valyria). Nota: 200/100.

Cannibal - Mean baby. Nunca foi montado. Só os Sete sabem quando morreu. Nota: 100/100.

Caraxes, the Blood Wyrm - Elegant baby. Montado pelo Príncipe Aemon Targaryen e Príncipe Daemon Targaryen. Morto pela Vhagar em 130 AC. Nota: 150/100.

Dreamfyre - Cute baby. Montada pela Princesa Rhaena Targaryen e Rainha Helaena Targaryen. Morta pelos filhos da puta, desocupados do inferno em 130 AC. Nota: 170/100.

Grey Ghost - Unlucky baby. Nunca foi montado. Morto pelo Sunfyre em 130 AC. Nota: 175/100.

Meleys, the Red Queen - Awesome baby! Montada pela Princesa Alyssa Targaryen e Princesa Rhaenys Targaryen. Morreu em 129 AC. Nota: 200/100.

Meraxes - Sweet baby! Montada pela Rainha Rhaenys Targaryen. Morreu em 10 AC. Nota: 300/100.

Moondancer - Quick baby. Montada por Lady Baela Targaryen. Morreu em 130 AC. Nota: 120/100.

Morghul - Sad baby. Ligado à Princesa Jaehaera Targaryen, mas nunca foi montado. Morreu em 130 AC assassinado pelos filhos de chocadeira. Nota: 150/100.

Morning - Late baby. Montada por Lady Rhaena Targaryen. Nota: 120/100.

Quicksilver - Nice baby. Montada pelo Rei Aenys I Targaryen e Príncipe Aegon Targaryen. Morta em 43 AC pelo Balerion. Nota: 150/100.

Seasmoke - Not big baby. Montado por Ser Laenor Velaryon e Addam Velaryon. Morreu em 130 AC. Nota: 120/100.

Sheepstealer - Clever baby. Montado por Nettles. Nota: 150/100.

Shrykos - Young baby. Ligada ao Príncipe Jaehaerys Targaryen, mas nunca foi montada. Morreu em 130 AC assassinada pelos filhos de chocadeira do inferno. Nota: 190/100.

Silverwing - Beautiful baby. Montada pela Rainha Alyssane Targaryen e Ulf the White. Nota 190/100.

Stormcloud - Poor baby. Montado pelo Príncipe Aegon the Younger Targaryen. Morreu em 129 AC. Nota 120/100.

Sunfyre, the Golden - Fighty baby! Montado pelo Rei Aegon II Targaryen. Morreu em 130 AC. Nota: 250/100.

Syrax - Baby baby! Montada pela Rainha Rhaenyra Targaryen. Morreu em 130 AC. Nota: 200/100.

Terrax - Unknown baby. Montado por Jaenara Belaerys em Valyria BD**. Nota 100/100.

Tessarion, the Blue Queen - Saphira baby! Montada pelo príncipe Daeron Targaryen. Morreu em 130 AC. Nota: 160/100.

Tyraxes - Brave baby! Montado pelo Príncipe Joffrey Velaryon. Morreu em 130 AC assassinado pelos filhos da puta desocupados. Nota: 300/100.

Vermax - Moody baby. Montado pelo Príncipe Jacaerys Velaryon. Morreu em 130 AC. Nota: 150/100.

Vermithor, the Bronze Fury - Big baby! Montado pelo Rei Jaehaerys I Targaryen e Hugh Hammer. Morreu em 130 AC. Nota: 250/100.

Vhagar - Old, big, mean, killer baby!!! Montada pela Rainha Visenya Targaryen; Príncipe Baelon, the Brave; Lady Laena Velaryon e Príncipe Aemond Targaryen. Morreu em 130 AC. Nota 500/100.

Outros dragões: Urrax (nota: 100/100), The Last Dragon (nota: 100/100) e Nagga (Sea Dragon. Nota: 100/100). 

Dragões de Game of Thrones: Viserion (nota: 100/100), Rhaegal (nota: 100/100) e Drogon (montado pela Rainha Daenerys I Targaryen. Nota: 100/100). 


*AC - After Conquest (depois da conquista de Aegon).

**BD - Before Doom (antes da Queda de Valyria).


É isso, gente! ALL DRAGONS ARE BABIES AND I LOVE THEM!!!

Fiquem de olho que o prêmio da promoção de aniversário do blog esse ano vai ser um espetáculo!

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

A única opinião que importa sobre a série Os Anéis de Poder

Finalmente assisti Os Anéis de Poder novamente e posso escrever sobre.

Chamo atenção para o fato de que assisti DUAS VEZES para tentar comentar com mais justiça do que comentaria assistindo episódio por episódio. Fez muita diferença. Como vocês sabem, reclamei muito de algumas coisas e alguns episódios isolados. Agora que vi como um todo, achei melhor, como sempre acontece comigo e adaptações de Tolkien.

Em primeiro lugar, repito que, se você me encher muito o saco sobre uma coisa antes dela acontecer eu vou pegar ranço e odiar de pirraça. Infelizmente eu sou assim. E, meu Eru, a encheção de saco antes da série sair foi insuportável. Teve uma hora que eu lia "Tolkien" na internet e já dava vontade de chorar. O tanto de merda... os absurdos... o racismo... o machismo... o "você é obrigado a gostar senão não é fã de Tolkien"... não sou obrigada. Óbvio, ÓBVIO que eu ia pegar birrinha da série. Pessoas sem problemas mentais passaram por isso, imagina eu. O ponto é que quando assisti a primeira vez, devido à obrigação de gostar e o alarde de "best thing ever made", eu odiei. ODIEI. Ah, fala sério... vocês ficam 5 anos fazendo propaganda do negócio e aí solta uma historinha bem meia boca? Faça o favor! E eu já tenho problemas com a Amazon em geral, então a implicância só crescia.

Mas agora estou mais calma (mentira) e assisti novamente e não odiei tanto assim.

Devo dizer que o último episódio ajudou bastante, nem sei se teria dado uma segunda chance se não tivesse gostado tanto dele.

Agora, assistindo novamente, acho que estou preparada para dar uma opinião (provavelmente temporária).

Visualmente a série é perfeita. Muito linda, muito bem feita, caprichada. A abertura é linda! Trilha sonora também perfeita, amei desde o começo. Amo os personagens, originais e inventados. O único que não gostei muito foi o Adar porque pra mim ele é ????????? 

Então o que mudou no meu gosto? Não muita coisa. A questão é que assistir um episódio por semana prejudica a apreciação, na minha opinião. Assistindo tudo junto acho que dá pra relevar a maioria das "merdas". É difícil aceitar os desvios da adaptação, mas você acaba acostumando. No meu caso, menos com a conversinha dos orques só quererem um lar e uma família (sure Jan). Acho, NA MINHA OPINIÃO, que isso não faz sentido em Tolkien, mas você aí pensa o que quiser. O que continuei não gostando? Algumas cenas são muito forçadas. Eu entendo que faz parte do cinema e da TV algumas cenas super clichê, mas se você souber fazer, fica menos pior, sabe... Tem horas que eu acho que a atuação tá tão ruim que você chega a "sair" da história e pensar "nossa, quem fez essa cena horrível?". Entende? Em uma história bem contada e bem desenvolvida, mesmo que não seja visualmente perfeita, você consegue ignorar essas pequenas coisas. Ressalto que isso não é exclusivo da série Anéis de Poder. [Atenção, vou ser um pouco metida aqui] Por causa dos anos de experiência no teatro, como atriz e diretora, e cursos de teledramaturgia e etc... eu implico muito com as atuações desde sempre. 99% das produções tem um probleminha ou outro e, geralmente, eu avalio o todo no final e vejo se dá pra relevar, sabe? Tipo, os filmes de O Hobbit tem algumas cenas/atuações péssimas, mas eu relevo porque, como um todo, eu gosto da produção (dwarves!!!). Marvel, em geral??? TERRÍVEL, mas eu gostava mesmo assim (não gosto mais, como vocês sabem, parei o amor no Endgame, not even sorry). She-Hulk, por exemplo, visualmente é um pesadelo, os (d)efeitos, meu pai... mas eu gostei, não achei nada grave nas atuações.

Gente, lembrando que isso é implicância pessoal minha, igual tênis. Eu trabalhei em fábrica de sapato e depois disso acho mil defeitos nos tênis das lojas, por isso dificilmente compro tênis. E, pra mim, em Os Anéis de Poder, tem umas cenas/atuações que faz eu fazer aquela cara do Michael Scott, sabe? Não to falando mal de nenhum ator da série aqui, amei o elenco. Mas excelente atores podem ter uma cena ruim ou atores medíocres podem ter cenas maravilhosas e às vezes a construção toda colabora pra evidenciar os defeitos. Sabe quando você assiste uma cena e pensa "hmm mas uma pessoa faria isso?". Eu sei que falando de fantasia isso fica complicado ("um Balrog faria isso?"), mas é uma coisa que você vê na hora, você olha e pensa "que cena besta, ninguém (no mundo ou na Terra-média) faria isso". AAAAAHHHHH não sei explicar, só sei que tenho implicância com isso e algumas coisas me incomodaram na série.

Outra coisa que me fez fazer cara de Michael Scott foi ficar jogando citação aleatória na série só pra criar uma resposta emotiva nos fãs. To dizendo que não funcionou? Não. Fã é bicho besta, a gente adora uma referência, mas às vezes eu pensava "that's too much". Claro, isso é completamente opinião pessoal minha.

Quanto aos desvios da obra, não acho que tem muito o que falar. É uma adaptação... considerando tudo, não foi tão ruim. Claro que eu poderia fazer uma lista de implicâncias minhas, mas eu entendo o processo e acho que, analisando a temporada toda, dá pra dar um desconto.

Um ponto que gostei muito na série foi a construção do Halbrand. Sabe aquele negócio de ficar óbvio sem ficar óbvio? Acho que ficou bem feito. Eles não poderiam apresentar um personagem chamado Annatar e entregar tudo de cara, então achei interessante como fizeram e posso confirmar que surtei grandemente quando ele conversa com o Celebrimbor. Tipo, eu sabia o que ele ia falar, mas a emoção de ouvir ainda foi emocionante:

Halbrand: Consider... A GIFT

Eu: AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH HE SAID IT HE SAID IT OH MY GOD I'M GOING TO DIE

O que essa cena fez eu gostar da série não tá escrito, viu...

Adoro a Galadriel vivendo na força do ódio (entendo muito), mas às vezes achei ela meio insensível, sei lá... (não, não to falando da cena com o Adar. Meus problemas com aquela cena são outros, embora eu entenda o ponto da discussão que se desenvolveu).

E eu acho que é isso, gente. Gostei muito mais agora e, embora ainda tenha alguns problemas, não acho mais uma das piores coisas que já assisti (será se devo reassistir A Roda do Tempo?). No geral, na minha opinião, é uma série muito bonita e bem feita e dá aquele sentimento "de Tolkien" (mesmo eles se esforçando às vezes pra não dar).

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Um monte de merda, leia por sua conta e risco

Hoje eu sei do que quero falar, mas é tanta coisa e to tão estressada que provavelmente só vai sair merda. Dane-se!

O foco do meu estresse é, obviamente, as eleições, mas vou deixar isso pra depois. Vamos por partes.

Eu não sei quem ainda lê isso aqui, mas sei que quem provavelmente lê já me conhece mais ou menos e tem uma ideia dos meus problemas. Agora, estou dizendo isso porque tenho pra mim que esse último mês tiraria a pessoa mais normal e feliz do mundo do sério, então imagine eu.

O que aconteceu primeiro? Acho que foi a Mer ficar doente. Não, foi meu tio b****minion tentando me passar a perna e me tirando do sério enquanto fazia isso. Mas essas são todas as informações que darei sobre o assunto. A questão é que fiquei bem mal porque pode parecer que sou uma cadela raivosa, mas em casa eu só choro. E, também, tudo me deixa mal, principalmente quando eu já estou mal. Enfim...

Aí teve o negócio da Mer. Olha, parabéns pra vocês que tem filho humano, viu, porque eu quase morri porque minha gata tava mancando. Jamais teria condição de criar um ser humano. O rebento ia estar gripado e eu já estaria chorando e planejando o funeral (dele e meu). A questão é que a Mer estava agressiva, miando e mancando. Já chamei a vet na hora, óbvio. Chorava porque imaginava ela com dor sem eu poder fazer nada porque não conseguia encontrar o que estava errado. Nenhum machucado, nenhum dos sinais que a vet indicou de gatos quando sentem dor, eu tava desesperada! Comprei remédios pra ela mais caro que alguns meus, mas a bonita é uma drama queen e prefere morrer a tomar remédio. Sério, parece que tá torturando a bicha. "Ah, mas, Mirane, nenhum animal gosta de tomar remédio". Eu sei, eu sei, mas você não está entendendo. Não é que ela não gosta, ela literalmente fica como se estivesse no leito de morte depois de ser perfurada por 20 flechas. Então a menos que ela realmente, REALMENTE precise de remédio, a gente prefere não dar. Mas ela miava tanto e mancava tanto que eu não conseguia imaginar a possibilidade de deixar a bichinha com dor. Umas 3, 4 vezes até consegui dar os remédios (o que me fez pensar "nossa, ela deve estar mesmo com muita dor"), mas depois começou o teatro de "this is my last miau". Chamo de teatro, aqui, porque há uma história paralela a se contar.

Sempre teve uns gatos folgados aqui na rua, que tem casa, mas vem comer a comida das minhas gatas. Eu queria, mas não tenho dinheiro pra sustentar todos eles, então geralmente, quando via, não deixava. Mas se aparecia algum gato claramente de rua ou magrinho, sempre dava comida e caminha lá fora, essas coisas, mas a maioria que vinha aqui era só folgado mesmo, uns boi gordo, bem tratado que queria comer a comida das gatas. Já tivemos vários: o Demonho, que a Mer ficou amiga depois de um tempo, mas depois que a Finduilas chegou não deixou mais ele vir aqui. O Ratão, que elas sempre brigaram (e que vai na casa de todos os donos de gato da rua comer a comida deles), mas ultimamente fizeram amizade. A Sininho, que tem uma coleirinha com sininho, mas as gatas não são muito fã dela (lembrando que o meu ele/ela é completamente aleatório, não sei exatamente o gênero dos gatos). E um que apareceu recentemente, o Red John. No começo achei que tinha dono, siamês, bonito, bem tratado. Mas depois achei ele meio magrinho e comecei a dar comida pra ele. Depois de umas duas semanas, ele apareceu mancando. Nossa, fiquei arrasada, com muita dó, comprei comida, coloquei no potinho lá fora, o Fer fez uma caminha pra ele embaixo do tanque porque tava frio e a gente ia fazendo o que dava, já que ele não deixava chegar perto pra ver se tava machucado ou não. Então, éramos simpáticos com ele, conversávamos, dávamos comida, etc. Aí dona Meredith começou a mancar. Primeiro achei que eles tinham brigado, mas a Mer nunca implicou com ele aqui, deitavam um do lado do outro, se cheiravam... e a bonita é encrenqueira, se ela é simpática assim é porque realmente não tem problema.

(NOTA: infelizmente tive que interromper esse relato várias vezes pra ir shushar o Red John pra fora, oh bicho folgado!)

Aí foi quando eu comecei a me preocupar e chamar a vet, comprar remédio e nada. Fer comentou que era estranho que dois gatos da vizinhança estavam mancando. Fiquei mais preocupada ainda. Cuidava da Mer e tentava fazer o possível pro Red John, dando comida, tentando aproximar, conversando... Mer começa a piorar mais e mais e eu já desesperada, a ponto de ficar esperando dar 7h pra mandar mensagem pra vet pedindo pelo amor de Deus pra vir ver o que estava errado (coitada da Agnes). Ela vinha, examinava e não encontrava nada de errado. Desespero subindo. Fez exame de sangue (que btw quase me matou de ver tirando sangue do pescocinho dela) e nada de errado. Sinceramente, já tava planejando o suicídio (de onde vocês acham que a filha tirou o drama?). Tipo, eu basicamente só estou viva por causa das minhas gatas... se alguma coisa acontece com elas... infelizmente é assim que minha cabeça funciona. Na verdade, pra ser bem bem honesta mesmo quebrar uma unha já é motivo de suicídio pra mim, imagina acontecer algo realmente sério. Enfim...

Como não conseguia descobrir o que estava errado, eu e a vet já íamos mandar pra fazer raio X, essas coisas, mas como ela explicou o processo, eu não queria fazer a menos que fosse extremamente necessário. Pra mim, já tava nesse ponto. Eu precisava saber o que tava errado pra poder cuidar, mas, nesse momento, a pobreza interviu e não pude fazer o exame, então ficava sempre observando pra ver se ela piorava, se parecia com mais dor, etc. De vez em quando ela olhava pra mim e começava miau miau e eu "ela tá com dor", aí ia lá, fazia carinho, apalpava devagar pra ver se achava onde era a dor... nada. Isso a bonita pulava numa boa pra cima de tudo, descia sem problema, comia, fazia necessidades, tudo normal. Gente, pelo amor de Deus, o desespero! Aí comecei a investigar. Quando ela miava pra mim, eu tentava identificar se podia ser qualquer outra coisa que não fosse dor. Era sempre a mesma coisa, ela dormindo no sofá, do nada acordava miando e só parava quando eu ficava fazendo carinho nela. Aí comecei a perceber que quando começava esses miados, ela sempre tava encarando lá fora e minutos depois o Red John aparecia. E voltava o pensamento na minha cabeça "será que tem alguém machucando os gatos aqui?". Aí comecei a ver um padrão. Sempre que o miado começava era o Red John no corredor parado. Mas não era miado de briga, ela continuava sendo simpática com ele. Toda vez que dava comida pra ele e conversava com ele, a manquitolice da Mer piorava. Não é possível. Eu só conseguia pensar isso "não é possível". Pois, meus amigos, não só era possível como era verdade. A BONITA TAVA MANCANDO DE CIÚMES DO GATO.

A gente ouve histórias sobre isso, mas ver acontecer na sua cara, a desfaçatez da felina. Aí comecei a testar minha teoria. Parei de conversar com o Red John, parei de dar comida pra ele lá fora, quando via que a Mer tava perto sempre brigava com ele, tipo "não pode entrar não, para de comer a comida da minha gata". Gente, a bicha sarou na hora. NA HORA. O dia que tirei o potinho lá de fora e parei de falar com ele como falo com minhas gatas, acabou a manqueira, a dor, tudo. A meliante está saudável e linda, sem nenhum problema agora que foi reestabelecida como centro do universo. Na verdade, foi um alívio isso. A única coisa boa que me aconteceu nesses últimos tempos. Tá certo que agora a gente não tem dinheiro nem pra comprar um bala, mas minha princesa não está doente e isso é tudo que importa.

Tá, aí já tava abalada com essas coisas, mais coisas menores que, quando vão juntando, vira uma coisona e junta com as outras coisonas. No entanto, no meio de tudo isso, o alívio de descobrir que a Mer estava bem ajudou um pouco. Mas olha... era acordar todo dia e pensar "o que vai me fazer chorar primeiro hoje? Política? Futebol? Racista filho da puta? Machista filho da puta? Gente burra?". E, sim, metade dessas coisas completamente relacionadas. Aí tinha que fazer o podcast com o Fer e fui convidada por uma ex colega de classe pra falar sobre fantasia onde ela dava aula. Mas, gente, meu estado atual é deplorável em todos os sentidos. Eu queria muito ir dar a palestra, mas sem nenhuma condição. Aí pensei "vou me dedicar ao podcast que posso fazer em casa, de casa, sozinha". Mas, como eu tenho o It no kindle, fica difícil de analisar, e como é em inglês, eu precisava de uma versão em português pra citações, etc, porque não posso assumir que nosso público sabe inglês. Enfim... tive que comprar o livro. Aí, meus amigos... começa furdunço master número 3.

A amazon, que é uma desgraça em muitos sentidos, mas infelizmente eu preciso usar seus serviços, cancelou a minha conta porque, veja bem, eu fiz a compra em um cartão, pedido aprovado, recebido, tudo certo, né? Oh boi... uma coisa que dona amazon faz muito é mudar sua forma de pagamento escolhida para certo produto sem te avisar ou pedir consentimento. It's like SURPRISE!!! Já tive esse problema antes, já reclamei, falaram que não ia se repetir, mas né... eis o que aconteceu:

Eu fiz a compra do livro, eles aprovaram o pagamento, livro chegou, achei que tava tudo certo. No dia seguinte Fer vem me perguntar por que eu passei o livro no cartão da Bi e não no dele. Não tinha ideia do que ele tava falado, mas o que aconteceu foi: a bonita da amazon aceitou meu pedido do jeito que fiz, deu problema no cartão que escolhi, que só descobrimos depois, e eles automaticamente, sem nenhum aviso, mudaram o pedido para cobrar o cartão da Bi (que estava lá por acaso como tendo sido usado uma vez 8 anos atrás e que a gente já tentou deletar, mas não conseguia). Claro, a Bi, que não tinha comprado livro nenhum e viu uma cobrança no cartão dela, ligou na amazon falando que não foi ela que fez a compra e denunciando, como tem que ser feito. Aí eles bloquearam a minha conta e me mandaram e-mail tipo "a gente tá te investigando porque você fez uso indevido do cartão de outra pessoa". EXCUSE ME!!! Conta bloqueada, não posso acessar nada, só aparecia um número pra ligar. Liguei. Atendente basicamente disse que não podia fazer nada, inferiu que eu estava mentindo sobre a amazon ter feito a mudança de cartão e me fez mandar e-mail pra parte de investigação da empresa explicando a situação. Fiz. Zero resposta, nada. E minha conta bloqueada. Aí recebo um e-mail em inglês dizendo que se a pessoa dona do cartão tirar a contestação da cobrança, volta tudo ao normal. Conversei com a Bi, ela tentou fazer isso e eles disseram que tinha que ser eu a resolver o problema e não ela, porque era minha conta. Ok, MAS COMO? Eu tinha feito tudo que podia, tudo que eles tinham me mandado fazer e o único e-mail que recebi foi com uma informação falsa. Mandei mais dois e-mail. Dias passam, nada de resposta, conta ainda bloqueada. Eu já tava parindo um time de futebol na força do ódio. Eu não tinha acesso a minha conta, portanto não conseguia provar que eles que fizeram merda mudando forma de pagamento sem permissão ou aviso, e continuaram duvidando de mim e se recusavam a reabrir minha conta mesmo a dona do cartão entrando em contato ela mesma pra explicar a situação. 

MAS... aí eu percebi que no e-mail de confirmação do pedido aparecia "pago com: bandeira do cartão", mas no e-mail de confirmação de pagamento tava "pago com: OUTRA bandeira de cartão". Te peguei, filha da puta. No final, eles tinham modificado a forma de pagamento diversas vezes nessa mesma compra, de novo, SEM NENHUMA AUTORIZAÇÃO OU AVISO. Minha conta continua suspensa, eles contestaram o pagamento (e devolveram o dinheiro) mesmo depois da Bi falar com eles. E tudo isso na mesma semana em que a amazon já tinha me tirado do sério com aquele episódio ridículo de Rings of Power.

E chegamos em mais um motivo de estresse: Rings of Power.

Primeiro tem os racistinha que não se conformam que tem pessoas negras na série. Elfo? Sem problema. Seres divinos em forma humana? Super ok. Um homem meteoro? Claro, faz todo sentido. Mas um negro??? OH MY GOD, não pode!!! Olha... o que que fala pra essas criaturas? Não tem muito o que falar, mas o ódio dentro da gente é insuportável. E eu nem sou negra! Imagina você viver isso todo santo dia, em tudo na sua vida, afetando todos os aspectos da sua existência e você nem pode ser representado num mundo INVENTADO porque aí os cara de cu vão ficar putinho. Ah não, gente, puta que pariu. 

Aí vem os machistinha. Mulher de armadura??? COM ESPADA? LUTANDO? Gente, isso não existe! Não é igual os hobbits que são reais. Mulher existe pra ser bonequinha e usar vestidinho e ser bonita para os machonildos assistirem, que negócio é esse de dar personalidade pra mulher? Inaceitável! "Ah, mas não é fiel ao personagem"... AMIGO? AMIGO????? É, realmente, um absurdo! Quando todo o resto de todas as adaptações do Tolkien são tão inteiramente fiéis, fica muito difícil aceitar esse único desvio que é fingir que mulher é gente. Ai, gente, sem paciência, sério.

Depois tem a questão de que não pode criticar a série. Porque é óbvio que todas as pessoas são iguais e pensam a mesma coisa e existe uma verdade universal sobre uma série de televisão. Ah, por favor, né! Eu gosto do que eu quiser, não sou obrigada a nada, vai se fuder! Que bom que você está amando e é a melhor coisa que você já viu, parabéns! Eu não acho e pronto. Acabou aí. Mas na verdade não, né, porque você precisa ficar se explicando pra não te confundirem com os racistinha e com os machistinha. Gente, não teve uma adaptação do Tolkien que eu gostei de primeira. A primeira vez que assisti A Sociedade do Anel eu achei o pior filme já feito. Eu sou louca! Eu tenho reações extremas, ainda mais quando tem um bando de gente querendo me dizer como devo me sentir em relação a algo. Não faço de propósito, mas se você disser: "essa vai ser a melhor coisa que você vai assistir" eu vou pegar ranço automaticamente, sem nem perceber e sem poder evitar. EU SEI que eu posso muito bem mudar de opinião depois, quando passar a encheção de saco, mas nesse momento, com todo o tititi que tão aprontando, NÃO GOSTO! E, adivinha só, isso não é problema seu. Vai gostar e me deixa não gostar. Tenho vários problemas com a série, inclusive alguns de fidelidade com a obra escrita, mas eu entendo adaptação, puta que pariu, eu estudei isso na faculdade. E a Segunda Era dá tantas possibilidades, acho o máximo, mas tem coisas que meu cérebro simplesmente não consegue aceitar, não adianta vir com "ah, mas os direitos", "ah, mas é não sei o que" I DON'T CARE. Aquela história da árvore lá? Não dá, sinto muito. "Ah, mas pode ser o Gil-galad mentindo"... pode. Mas realmente, falando de Elrond, faz sentido ele ouvir aquilo e achar que é possível? O Elrond? Sério??? Você acredita que o Elrond ia ser troxão daquele tanto sobre HISTÓRIA DOS ELFOS E DAS SILMARILI????? Não entra na minha cabeça. Minha opinião. Os orques só querem paz e um lugar pra morar com sua família? SÉRIO? NA MINHA CARA? Não dá, gente. Algumas coisas no Tolkien é essencial, sabe... a criação e o propósito dos orques na obra não dá pra ser invertido assim. "Ah, mas é uma visão legal"... é linda! Adoro! Nada me emociona mais do que quando os "malvados" são revelados como só lutando por seu espaço no mundo, mas isso não faz sentido no Tolkien. "Ah, mas é uma adaptação..." EU SEI! E eu sei o que é uma adaptação, mas você entende que não deixa de ser uma adaptação de Tolkien? E, NA NARRATIVA DE TOLKIEN, essa linha de pensamento não funciona com os orques. De novo, minha opinião. Ache o que você quiser.

Aí vem outra questão super pé no saco, que eu odeio até comentar, mas que vem me tirando do sério há um tempo. Vou tentar colocar as coisas do modo mais simpático que consigo. Digamos que isso não é uma acusação de nada, só um comentário, do meu ponto de vista. Vamos lá!

Estudar Tolkien no Brasil agora é moda, todo mundo faz. O QUE É ÓTIMO!!! Sinceramente, é muito bom você pesquisar sobre trabalhos acadêmicos de fantasia e encontrar um milhão de coisas novas a cada mês. Quando eu comecei, não que eu seja pioneira em nada (gente, pelo amor de Deus, não to dizendo isso, tinha muita gente estudando Tolkien quando eu entrei na faculdade), era difícil achar TRABALHO ACADÊMICO sobre Tolkien NO BRASIL. Gente, eu tive que defender todo santo dia que estudar Tolkien era legítimo. As pessoas riam da minha cara, eu chorava. Me perguntavam porque eu não tava estudando algo "sério" ou "literatura de verdade". Os dez anos que passei na universidade eu tive que provar não só a pertinência do meu estudo, mas também que Tolkien merecia ser estudado. Eu tive que sair de porta em porta implorando até achar um orientador. Professores riram na minha cara, eu quase larguei a faculdade porque eu entrei ESPECIFICAMENTE para estudar Tolkien e ninguém queria deixar. Na verdade, o que me fez fazer letras, depois mestrado e doutorado, o que me motivou, foi que eu queria ter algum tipo de autoridade para poder dizer o quanto o Tolkien é incrível e as pessoas me ouvirem. Isso mudou, graças a Deus! Agora estudar Tolkien é legal, todo mundo quer te orientar. O preconceito não é tão grande quanto antes. E essa é a parte positiva. Mas eu to falando tudo isso pra explicar o seguinte. Na época que eu comecei, era difícil achar bibliografia pra estudar Tolkien em português. Meu inglês não era bom, então eu ficava limitada ao que tinha aqui. Tinha UMA dissertação sobre Tolkien na biblioteca, dos anos 80, e era basicamente sobre tradução. Tinha uma menina alguns anos na minha frente que estudava o feminino em Tolkien e era só. Lá pro meu terceiro, quarto ano já tinha mais algumas coisas saindo, principalmente em Araraquara, então nesses meus primeiros anos eu tentei falar sobre tudo que eu queria em Tolkien. Óbvio que você aprende na universidade que você não pode fazer isso, então você tem que selecionar UM tema e desenvolver aquilo. Então toda chance que eu tinha, eu fazia um trabalho sobre Tolkien. Mal, épico, modernidade, mitologia, tudo que você imaginar, eu fiz ou tentei fazer. Quando cheguei no mestrado já tinha entendido que preferia trabalhar com a teoria de Tolkien mais do que a ficção. Motivos meus e que não tem nada a ver com informações que tive do que o Tolkien achava de quem estudava sua obra (eu era jovem, mereço um desconto, além de louca).

Aqui entra outra questão. O fato de eu ficar me chamando de louca. Não é no sentido figurado ou engraçadinho. É no sentido literal e médico da coisa. Mil doenças mentais e principalmente uma filha da puta que me faz ser completamente obcecada pelas coisas. Não existe pra mim "gostei disso e vou tentar aprender mais". Comigo, infelizmente (isso destrói a minha vida), é "amei, minha vida inteira depende disso agora". E é isso, é assim que eu vivo desde minha adolescência até hoje. Eu grudo numa coisa e minha vida inteira depende daquilo ali. Durante a época da faculdade eu vivia para Tolkien. Como eu disse, eu entrei por causa de Tolkien. Mano, eu queria estudar física (ainda quero), matemática, engenharia. Eu deixei de prestar ITA pra me dedicar 1000% a Tolkien. Se qualquer coisa minimamente ficasse no meu caminho, lá tava eu, já planejando o suicídio. Gente, é um inferno viver assim. Hoje, devido à medicação, tratamento e idade, eu consigo controlar uns 5%, mas na época, era TOLKIEN OU MORTE. Neste momento da minha existência eu meio que to assim de novo, mas eu tento balancear, então eu tenho as gatas, o Fer, futebol, Tolkien, terror e mais uma coisinha ou outra. Assim, dá pra ir levando, mas veja bem... nesses últimos tempos: minhas gatas com problemas, futebol? preciso comentar? Faz tempo que não vejo uma temporada tão péssima do Liverpool e só time insuportável ganhando tudo. Parece besteira pra você, mas pra mim não é. Futebol é como Tolkien, define minha vida. Sobrevivi ano passado porque o Liverpool tava disputando tudo e eu tinha um motivo pra acordar. Esse ano... vergonha atrás de vergonha atrás de vergonha. Corinthians? Até deu uma melhoradinha agora, mas meu Deus! Tolkien? Todo esse drama... então minha vida tava/tá meio sem sentido pra mim. GENTE! EU SEI QUE PARECE IMPENSÁVEL PRA VOCÊ QUE NÃO TEM ESSAS DOENÇAS MENTAIS, MAS É VERDADE! Minha disposição de viver depende dessas coisas. Morrer é a solução de tudo, é como eu penso. Não é drama, não tenho como te convencer disso, mas a questão é, quando tudo começou a desandar, mais as coisas que não to contando, eu simplesmente não tinha (na verdade tá difícil me convencer que tenho) nenhuma razão forte o suficiente pra continuar nessa vida.

Me desviei demais do assunto, mas eu to tentando mostrar pra vocês que, uma coisa que é um inconveniente pra você, uma bobeira, é o fim do mundo pra mim. É horrível, mas é como eu vivo. Aí o que aconteceu? Na verdade não é uma coisa nova... vem acontecendo há um tempo. Eu comecei a encontrar certos trabalhos e artigos e ensaios que são, literalmente, palavra por palavra, de algum trabalho meu sobre o Tolkien. E a pessoa tem a cara lisa de nem me citar.

Veja bem, meu problema aqui é: não seja a pessoa que apresenta a ideia, em 2022 (como novidade), de algo que foi escrito e publicado mais de 10 anos atrás. Gente, isso tá acabando comigo. Eu não ligo de ser ignorada como pessoa, eu entendo. Eu sou insuportável. Mas não faz isso com o meu trabalho. Eu literalmente dei a minha vida pra produzir esses trabalhos e desenvolver essas ideias. Não tem problema nenhum você estudar e escrever a mesma coisa que eu, mas precisa ter o mínimo de honestidade. Sério? Você vai estudar um tema em 2022 e você não faz uma pesquisa bibliográfica mínima do que foi dito sobre assunto na comunidade acadêmica recente? Sério mesmo? Sinceramente, se você vai escrever a mesma coisa que eu escrevi em 2010 sem nem me citar é uma falta de respeito total. Não só comigo, com qualquer pessoa. "Ah, Mirane, às vezes a pessoa não conhecia seu trabalho". COMO? Me diz como é possível se meu trabalho é um dos primeiros a aparecer EM QUALQUER PESQUISA sobre o tema. Na vida acadêmica, se você vai escrever sobre abacate e açúcar, A PRIMEIRA COISA QUE VOCÊ FAZ É PESQUISAR NO GOOGLE "ABACATE E AÇÚCAR". Sem contar as ferramentas específicas de pesquisa que a gente tem acesso na universidade. Lembro que na minha entrevista de mestrado uma professora me perguntou se eu tinha pesquisado o assunto no google pra ver se alguém já não tinha falado sobre o tema. Eu fiquei tão indignada! Isso é pergunta? ÓBVIO que pesquisei, foi a primeira coisa que fiz???? Mas agora até entendo ela...

A primeira vez que aconteceu eu pensei "ah, a pessoa não conhecia meu trabalho, oras, acontece". Aí aconteceu de novo com um tema muito, mas muito específico nos meus estudos tolkienianos. Aí pensei "é possível que a pessoa não queira me citar, uai", mas gente, aqui entra o que me pega. Numa pesquisa científica séria, você não exclui um trabalho que confirma a sua teoria só porque você não vai com a cara da pessoa. Eu adoro citar pessoas que eu discordo nos meus trabalhos pra implicar. Até quando eu concordo, se eu tenho problema pessoal com a pessoa, eu dou um jeito de ser meio irônica ou chata, mas eu nunca, NUNCA desrespeito o trabalho de outra pessoa fingindo que ele não existe. Pode ser que eu esteja sendo completamente paranoica aqui e não tem nada a ver, só aconteceu (várias vezes) da pessoa falar a mesma coisa que eu com 12 anos de diferença. Acontece. Mas fica muito, MUITO difícil de acreditar quando acontece várias vezes e aí com um tema que, se você digitar no google, meu trabalho é o primeiro que aparece. Não gosta de mim, beleza. Mas para o bem da sua própria pesquisa, da próxima vez, escreve assim "Então, a nojenta da MARQUES (2010) já disse isso aqui, mas eu vou dizer de uma maneira melhor." Simples assim.

"Mas, Mirane, já te ocorreu que às vezes seu trabalho não é muito bom pra ser citado?" Oxi, claro que me ocorreu, mas então como que essa criatura chegou à mesma conclusão que eu? E, pra falar bem a verdade, meu trabalho foi julgado por diversas bancas de especialistas. Acho que dá pra confiar quando ELES DISSERAM que meu trabalho era muito bom e eu devia continuar produzindo (infelizmente as doenças não permitem). Mano, um dos meus artigos ganhou prêmio de melhor artigo acadêmico sobre Tolkien um desses anos aí (2011, eu acho), dificilmente eu vou acreditar que meu trabalho não é bom o suficiente para aparecer na sua pesquisa, ainda mais quando estamos dizendo a mesma coisa.

Olha, tem muito que queria falar ainda sobre isso porque fiquei muito mal quando tudo foi acontecendo. Mas não é problema de ninguém meus problemas psicológicos e como eu reajo às coisas. Mas, por favor, tenha o mínimo de honestidade intelectual e não desrespeite o trabalho de outras pessoas que vieram antes de você.

Aí como cereja do bolo, eleição. Ai, gente, sério... parabéns pra vocês que olham pra nossa situação e acham que tem saída. Pra mim é muito, muito difícil pensar em um motivo que seja para ter esperança. O mundo foi pra merda, futebol tá uma desgraça, pessoas usando o trabalho da minha vida sem me citar. Pra que, PRA QUE eu to gastando tanto dinheiro com médico, remédio etc, só pra continuar vivendo nesse inferno, sem nenhuma alegria? Ano passado eu tinha o Liverpool. Esse ano? Nada. Eu não tenho amigos (tenho, mas eles moram em outras cidades ou países e tem suas próprias vidas e seus próprios problemas), não tenho vida social. Só saio de casa pra médico ou mercado, zero lazer, e aí os meus únicos divertimentos na vida que são livros e séries e filmes com todo esse drama sobre cada coisinha. Eu não aguento. Eu tenho zero incentivo pra acordar e isso não é problema de ninguém, acho que o que eu quero falar é: só presta atenção, sabe. Às vezes um besteira pra você é a diferença entre vida e morte de alguém. Ugh! Isso soa horrível, mas não to falando por mim (independente de qualquer coisa, eu já não tenho esperança*), mas é que eu sei o quanto isso pode impactar o dia, o ano, a vida de alguém. Eu sei que eu mesma ignoro isso às vezes e, com certeza, machuco pessoas falando merda na hora da raiva. Sinto muito, não é minha intenção, de verdade. E tento me controlar o máximo possível. Eu só to pedindo pra você tentar também.

Sei lá... acho que devia era deletar todas as redes sociais e deixar todo mundo em paz (e me deixar um pouco em paz também), mas não acho que sobreviveria sem a distração (e um pouco da raiva). Minha vida é uma tragédia e eu preciso extravasar falando merda às vezes e eu imagino que todo mundo também tá com um monte de merda e às vezes fala coisas que machucam sem pensar. Mas muita coisa tá parecendo pessoal, sabe? Pode ser só minha loucura também, mas esse é meu blog e posso falar o que to sentindo. E, embora eu entenda e concorde com o fato das pessoas quererem se afastar de mim, por favor, não desrespeitem o trabalho que eu dediquei minha vida. Meu nome lá nas suas referências seria MARQUES, pouca gente saberia que é a insuportável da Mirane. Pense nisso.

*Antes eu costumava pensar coisas tipo "se acontecer isso, vou melhorar". Se eu entrar na universidade pública vou melhorar. Nope. Se entrar no mestrado/doutorado vou melhorar. NOPE. Se eu publicar um livro vou melhorar... se eu morar na Europa vou melhorar... se o Corinthians ganhar a Libertadores vou melhorar... se o Liverpool ganhar a Premier League vou melhorar... e simplesmente não aconteceu (as coisas, sim; a melhora, não). Não importa o que aconteça, entende? Pode acontecer a coisa mais extraordinária do mundo comigo, tipo, virar uma escritora foda, ter muito dinheiro, casar com o Robert Downey Jr. Eu sei, por experiência, que não vai fazer nenhuma diferença. A questão é que esses objetivos, mesmo os alcançados, não interferem positivamente na minha vida. Mas se eu for tomar banho e acabar a água, eu vou interpretar como um sinal de que esse obstáculo é insuperável e eu preciso morrer.

domingo, 7 de agosto de 2022

A poem to some of my favorite books

Canta-me a Cólera - ó deusa! - funesta de Aquiles Pelida.

I have been asked to tell you about the back of the north wind.

Todavía recuerdo aquel amanecer en que mi padre me llevó por primera vez a visitar el Cementerio de los Libros Olvidados.

Marina me dijo una vez que sólo recordamos lo que nunca sucedió.

There are neither beginnings nor endings to the turning of the Wheel of Time.

When Mary Lennox was sent to Misselthwaite Manor to live with her uncle everybody said she was the most disagreeable-looking child ever seen.

Un escritor nunca olvida la primera vez que acepta unas monedas o un elogio a cambio de una historia.

Tinham dado onze horas no cuco da sala de jantar.

O primeiro nevão aparecera com o anúncio do inverno; e durante dias não cessou a dança fantástica dos flocos brancos na distância raiada do horizonte.

In a hole in the ground there lived a hobbit.

When Mr. Bilbo Baggins of Bag End announced that he would shortly be celebrating his eleventy-first birthday with a party of special magnificence, there was much talk and excitement in Hobbiton.

There was Eru, the One, who in Arda is called Ilúvatar; and he made first the Ainur, the Holy Ones, that were the offspring of his thought, and they were with him before aught else was made.

Rían, wife of Huor, dwelt with the people of the House of Hador; but when rumour came to Dor-lómin of the Nirnaeth Arnoediad, and yet she could hear no news of her lord, she became distraught and wandered forth into the wild alone.

When I wake up, the other side of the bed is cold.

Estamos a nove quilômetros da linha de frente.

Quando abri os olhos, vi o vulto de uma mulher e o de uma criança.

Eduard - assim chamaremos um rico barão no auge de seus dias - havia passado a hora mais bela de uma tarde de abril em seu viveiro de plantas com o fito de enxertar ramos ainda frescos em caules novos.

Como estou feliz por ter partido!

Chovia naquela noite, uma chuvinha fina e murmurante.

O médico sai do quarto nº 122.

This must be so difficult for you, Meredith.

The late twentieth century has witnessed a scientific gold rush of astonishing proportions: the headlong and furious haste to commercialize genetic engineering.

The late twentieth century has witnessed a remarkable growth in scientific interest in the subject of extinction.

I see it from the motorway.

Jack Torrance thought: Officious little prick.

If you really want to hear about it, the first thing you'll probably want to know is where I was born, and what my lousy childhood was like, and how my parents were occupied and all before they had me, and all that David Copperfield kind of crap, but I don't feel like going into it, if you want to know the truth.

The terror, which would not end for another twenty-eight years - if it ever did end - began, so far as I know or can tell, with a boat made from a sheet of newspaper floating down a gutter swollen with rain.

My name is Danny Orchard.

Like the brief doomed flare of exploding suns that registers dimly on blind men's eyes, the beginning of the horror passed almost unnoticed; in the shriek of what followed, in fact, was forgotten and perhaps not connected to the horror at all.

Once upon a time, long ago and far away in a tiny town beneath a purple peaked pine tree.

Eulália começou a morrer na terça-feira.

Licinho morava no subúrbio da cidade grande, numa casa pequena e feia, espremida entre outras casas pequenas e feias, numa rua chamada Arbusto.

O pai de Caneca chamava-se Pedro e era latoeiro.

It was night again, the Waystone Inn lay in silence, and it was a silence of three parts.

It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife.

As matas que rodeiam a chácara são imensas, azuladas de longe e cheias de segredos.

Depois da aventura na Ilha Perdida, as crianças passaram uma temporada sem novidades.

The dragon Saphira roared, and the soldiers before her quailed.

My name is Mary Katherine Blackwood.

Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda.

Cumpridos dez anos de prisão por um crime que não pratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi; morto para a vida e para os sonhos; nada podendo já esperar e coisa alguma desejando - eu venho fazer enfim a minha confissão: isto é: demonstrar a minha inocência.

Lyra and her daemon moved through the darkening Hall, taking care to keep to one side, out of sight of the kitchen.

Esta inscrição encontrava-se na porta envidraçada de uma pequena loja, mas, naturalmente, só tinha este aspecto quando, do interior sombrio da loja, se olhava para a rua através da vidraça.

This is a story about something that happened long ago when your grandfather was a child.

The Mole had been working very hard all the morning spring-cleaning his little home.

Nossa longa viagem para a pátria dos filósofos começou em Arendal, uma antiga cidade portuária no Sul da Noruega.

Tanta luz esa mañana y el cielo limpio, con apenas alguna mancha blanca en el azul cálido, más parecida a un rastro de humo que a una nube.

On February 5, 1976, the Ten O'Clock News on New York's Channel Five announced it was doing a series on people who claimed to have extrasensory powers.

Na hora de um quente pôr do sol primaveril, surgiram dois cidadãos em Patriarchi Prudý.

La primera vez que Jean-Claude Pelletier leyó a Benno von Archimboldi fue en la Navidad de 1980, en París, en donde cursaba estudios universitarios de literatura alemana, a la edad de diecinueve años.

domingo, 31 de julho de 2022

A realidade tá de piada com a minha cara

 Gente, eu vim contar essa história porque to IN-CON-FOR-MA-DA.

Quando eu era mais nova, sempre tive pressão baixa. Tipo, muito baixa. Quando chegava a 11 eu passava mal de estar alta. Inclusive, uma vez fui doar sangue e caiu pra 6, fiquei delirando lá falando que o Sirius Black tava me esperando lá fora na motocicleta e eu tinha que ir. Tudo bem.

Aí em 2006, e lembro do ano porque foi o dia que assisti Satyricon e tinha prova de sociolinguística, eu passei mal e fui parar no médico. Aí falei pra enfermeira "minha pressão deve ter caído". Eu tinha muito isso isso porque, como era muito baixa, se baixava um pouquinho eu já passava mal. Ela foi medir e tava 14 e alguma coisa e eu lá "OH MY GOD THAT'S IMPOSSIBLE!!!" (ainda bem que ela não deu o sal que pedi antes de medir). Enfim, esse foi o primeiro dia que fiquei sabendo que tinha pressão alta. A partir daí só foi piorando, né. Fui ficando mais velha, mais gorda, mais sedentária... então, desde 2006, eu oficialmente saí do "pressão baixa" pro "pressão alta". Ok.

Ao longo dos anos, tive umas crises feias, de ficar 19 e o mais baixo que conseguia era um 15. Na época, não tinha como ir no cardiologista (POBREEEE e o postinho ficava remarcando), então tomava uns remédios que me indicavam, tipo, losartana, hidroclorotiazida, etc, mas, MAS, me fazia muito mal. Acho que misturando com os outros remédios que eu já tomava, deu ruim. Um tempo depois (quando descobri o Pronto Saúde), quando pude pagar um cardiologista, fui e expliquei a situação. Ela me passou um remédio ótimo, que não me fazia mal e controlava a pressão, tomei uns 6 meses e, como não precisava de receita, eu guardava a caixinha pra lembrar do nome porque, sabe Deus o motivo, eu não conseguia guardar o nome daquele remédio especificamente. A pessoa lembra a escalação da seleção brasileira de 1994 e não consegue consegue guardar o nome da porcaria de um remédio (o que é bem estranho, pra mim, maria-farmácia). A questão é que um belo dia joguei a caixinha fora e guardei a cartela que estava tomando pensando "ah, vou conseguir ler aqui".

Amigos... pra alguém que toma tantos remédios, há tanto tempo, eu sou um desastre pra tirar comprimido de cartela. Já teve situação de eu chorar porque não conseguia (acontece ainda). Bem, o ponto é que, obviamente, não consegui ler o nome do remédio e aí fiquei sem. Marquei uma consulta com a cardio e, TCHARAMMM, pandemia. Os médicos não atendiam ninguém, a menos que fosse caso respiratório ou "essencial". Sim, inclusive fiquei sem psiquiatra nessa época, revoltadíssima, porque, aparentemente, eu conseguir existir não era essencial, mas tá bom... aí parei de tomar o remédio, né... me dava umas crises de vez em quando, mas aí eu tomava o losartana. Fazia mal se eu tomasse continuamente, mas se eu tomasse só uma vez por semana não fazia tããããoo mal. Tipo, o mal que fazia era aceitável perto do mal da pressão alta. Mas, comecei a ter vários problemas e pensei "não vai ter jeito, vou ter que ir na cardio de novo pra voltar a tomar aquele remédio que esqueci o nome.

E chegamos a 2022.

Como eu disse, eu tomava o losartana de vez em quando, mas acabou e não comprei mais e esqueci completamente que tinha pressão alta. Esqueci que quando tinha aquelas dores de cabeça horrendas podia ser a pressão. Passava mal, achava mil desculpas "ah, foi aquilo que comi! ah, eu não dormi! ah, blá blá blá". E o Fer sempre falava "é a pressão, eu tenho isso e é sempre a pressão". E eu "nããão, é diferente de quando tive as crises, isso não é pressão, não." Aham.

Aí chegou um fim de semana que fui no mercado no sábado. A vergonha, meu pai. Não tava muito bem, mas dava pra ir no mercado. Quando cheguei no caixa, passando a compra, me deu um trem. Falei pra caixa "moça, eu vou desmaiar, acho que minha pressão caiu" (a piada, mas vamos combinar, pressão baixa e pressão alta se parecem muito). Ela me sentou e segurou e foi buscar um copo de água. Assim que ela saiu, vomitei tudo, ew. Na máscara, no chão, foi nojento. Aí passei mal o fim de semana inteiro e o Fernando "é a pressão". Na segunda eu tinha psiquiatra, aí falei "tá bom, vou marcar a cardio". Fui já passando mal. Até que foi bom porque me encorajou a marcar a médica. Marquei pra duas semanas depois, era quando tinha. Aí voltei pra casa e tinha que ir na farmácia comprar meus remédios psiquiátricos, mas eu tava passando muuuuito mal já nessa hora, mas fui mesmo assim porque pensei que, pelo menos, podia medir a pressão na farmácia e ver se era isso mesmo.

Aí vem a vergonha número dois em 3 dias. Cheguei lá, tava na fila esperando minha vez e tremendo, gelada. A atendente olhou pra mim e perguntou se eu tava bem. Falei "não moça, acho que é a pressão". Não falei alta ou baixa porque vai saber, né... aí ela me sentou, trouxe água, etc, e foi medir a bendita. 20 por 10. VINTE POR DEZ. Aí todo mundo da fila "chama a ambulância, leva pra UPA". E eu "não, gente, calma" e todo mundo me acudindo e falando e perguntando que remédio eu tomava... enfim, expliquei a situação meio por cima, disse que tinha marcado a cardio já, só precisava de alguma coisa pra controlar até chegar na consulta. A moça chamou o farmacêutico e ele me fez tomar um captopril. Foi tipo atendimento de UPA mesmo, você não sai até a pressão baixar. Fiquei uma hora lá e queria ir pra casa, deitar, estar em casa. Falei "moça, já tá 18 já, eu moro perto, deixa eu ir embora". Aí ela me fez comprar o remédio que eu tinha tomado e falou que era pra tomar se tivesse uma crise, mas nunca tomar todo dia, sempre deixar um dia de espaço. O-kay.

Vou pra casa. Como odeio muito passar mal assim (quem gosta, né? mas eu fico muito mal quando vomito, pra mim é o fim do mundo), mudei alimentação, comi "saudável" um dia e continuei passando mal. Pensei "quer saber, se vou passar mal de qualquer jeito, pelo menos vou comer o que quero" ou, nesse caso, comer o que é mais fácil. Eu como de tudo, amo salada, legumes, fruta, etc, mas o trabalho de fazer tudo isso comparado com a facilidade de assar um pão de alho, sabe... Mas, eu tinha o remédio lá que o cara tinha passado, então um dia sim, um dia não, tomava o negócio, imaginei que teria que tomar até ir no médico e ela me passar meu remédio salvador.

O detalhe aqui, que é muito importante, é que eu tirei dinheiro do cu pra ir nesse médico. Tive que deixar de comprar coisas essenciais pra pagar esse inferno de consulta, mas fiz. Chega no dia da consulta, faz eletro, faz não sei o que, mede a pressão...

Médica: ah, mas tá tudo certo, tá tudo bem com você, sua pressão tá ótima. 11 por 8.

Eu: Moça, eu quase morri, chegou a 20 e eu tenho problema de pressão alta desde 2006.

Médica: vamos fazer uns exames então.

Eu: ok.

Gente, minha indignação começou aí. Fazia 17 anos que minha pressão não chegava a 11. DEZESSETE ANOS. Mas naquele dia, o dia da consulta, 11. E não é como se eu não medisse pressão constantemente nesses 17 anos. Como, aparentemente, as duas opções do meu corpo são "muito baixa" ou "muito alta", eu tinha que medir. Nunca, NUNCA, desde 2005, minha pressão chegou a 11. A última vez que medi e tava 11 foi em 2005. Vocês entenderam. Mas pensei "com os exames essa biscate de pressão não vai conseguir disfarçar, né?" HAHAHAHAHAHAHA

Primeiro, fiz o tal do MAPA lá. 24 horas medindo a pressão de meia em meia hora. Ok. Depois fiz os exames de sangue. Na sexta-feira, recebo o resultado do MAPA. *insira emoji de carinha de palhaça aqui*. POR 24 HORAS MINHA PRESSÃO FICOU PERFEITA E QUANDO EU DIGO PERFEITA EU QUERO DIZER TIPO ATLETA DE ALTO NÍVEL.

Eu ri, é claro que eu ri. Não que eu quero estar doente, já tenho doença demais, mas, tipo, EU SEI que tenho pressão alta, todo mundo sabe que eu tenho pressão alta, 15 dias antes desse exame eu quase morri de pressão alta e só por esse motivo eu gastei dinheiro que não tinha pra ir no cardiologista, pra voltar a tomar um remédio decente e parar de passar mal. Mas aí vem esse exame e fala "não, não, não tem absolutamente nada de errado com sua pressão lol". Tá.

Aí, hoje, voltei na médica com o resultado de todos os exames. Gente... ai ai... pela primeira vez na MINHA VIDA meus exames de sangue não apresentaram nenhum problema. 0. Nada errado comigo fisicamente. Sem colesterol (sempre tive colesterol), sem anemia, sem falta de vitamina, nada, nada. Essa parte dos exames de sangue eu fiquei até feliz, mas gente, eu to, assim, desacreditada que isso aconteceu, EU NUNCA, NUNCA estive tão saudável assim. Duvido, sinceramente, mas, milagres acontecem, sei lá. MAS EU TO PASSANDO MAL TODO DIA! CONTINUO TENDO QUE TOMAR O CAPTOPRIL e não tem nada de errado. HAHAHAHAHAHA!

Aí...

Médica: não posso te receitar remédio pra pressão, você não tem nenhum problema de pressão, essa é umas das melhores medições que já vi.

Eu: moça, isso é piada, né?

Médica: não, realmente.

Eu: não é porque o captopril tá controlando?

Médica: não, não tem nada a ver. Esses exames que você fez são o teste de ouro da medicina pra identificar problemas de pressão alta e você absolutamente não tem esse problema.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Aí pra terminar ela disse que não é pra eu medir a pressão quando eu passar mal porque senão eu vou estar impressionada e vai alterar????????????????????????????????? OI???????? COMO QUE NÃO ALTEROU NOS EXAMES ENTÃO? COMO ESSES EXAMES DERAM RESULTADOS TÃO PERFEITOS???

De novo, fiquei feliz com o exame de sangue, mas to INDIGNADA com essa pressão filha da puta! Eu não quero ter pressão alta, mas, gente, EU TENHO. Hoje eu passei mal, tomei o captopril e to super de boa agora.

Aí entra outra questão: eu to me sentindo COMPLETAMENTE LOUCA. Várias coisas aconteceram que me deixaram essa impressão ultimamente (até comentei com a Jaini, o André e o Fer) e, pra ser sincera, é um dos sintomas das minhas doenças mentais, tipo, duvidar da realidade e tal. E agora eu to "gente?? eu inventei esse problema de pressão todos esses anos? Criei na minha cabeça porque eu sou louca? Todas as vezes que fui segurada na UPA porque a pressão tava muito alta eu inventei? Aquele dia na farmácia??? Todas as vezes que o Fer mediu e queria me levar pro hospital na hora???"

Olha, vou falar, se eu inventei minha pressão alta um monte de gente participou dessa loucura comigo. Não me conformo.

NÃO ME CONFORMOOOOOO!

terça-feira, 5 de julho de 2022

Hello HELLO - It's Stranger Things Time

 Eu sei, eu sei, todos vocês estão morrendo de saudade.

HAHAHAHAHAHAHA, eu sou muito engraçada.

Na verdade, eu to querendo escrever faz tempo, mas, aparentemente, ligar o computador é trabalho demais pra mim e, como eu disse anteriormente, traumatizei com escrever no celular depois dele deletar meu post lindo de 10 dias. Tem tanta coisa que eu quero falar (nossa, que novidade!), mas acho que hoje quero comentar Stranger Things. Vocês sabem... quando fico obcecada, fico obcecada. Eu assisti as 4 temporadas 5 vezes no último mês. Hell, eu to assistindo nesse exato momento. Como vocês sabem, às vezes eu fico mais caótica que o normal, então vou simplesmente fazer alguns comentários aleatórios de achismos e informações que fui anotando nas várias assistidas. Acho que não consigo escrever um texto coerente e bonitinho, então vai assim mesmo.

P.S. Não vou comentar os dois últimos episódios da quarta temporada porque só assisti uma vez e tava muito emocionada pra prestar atenção e fazer anotações. Tirando esses dois últimos episódios, vai ter spoiler, provavelmente, então, se não quiser saber, pare de ler aqui, ou não, sei lá, faz o que você quiser.

Ia dividir por temporada, mas percebi que vou fazendo relações e não iria funcionar, então vou inventar partes.

Sobre Will:

- Bem, óbvio desde o começo que ele é importante. O Demogorgon vai atrás dele e ele sobrevive no Upside Down um tempão??? Depois, na segunda temporada, é "possuído" pelo Mind Flayer e sobrevive. A ligação dele com o Upside Down fica explícita em todas as temporadas.

- Na primeira temporada, a Joyce descreve o Will exatamente como o Victor Creel vai descrever o Henry na quarta temporada. Claro, no último episódio teve dicas mais óbvias dessa relação, mas, como disse, não vou comentar os dois últimos.

- Eu tenho uma impressão fortíssima desde sempre que o Will é filho do Hopper. Agora, minha suspeita cresceu, mas não tenho nada de provas, só um sentimento mesmo.

- Na primeira temporada, El parece assustada ao ver a foto de Will. Dá a entender que é porque ela reconheceu ele, mas, de novo, achismo, parece ter algo mais. Ela também põe um mago pra representar o Will no Upside Down. Na segunda temporada tem um episódio que chama Will The Wise e, na quarta, Vecna é descrito como um mago.


Sobre Hopper:

- Outro achismo, acho que o Hopper tem algum tipo de super força, poder, sei lá. Acho que ele falar do Agent Orange na quarta temporada e, vamos combinar, tudo que ele passou sugere isso.

- Ele repete ao longo das quatro temporadas que acha que é amaldiçoado.


Sobre Eleven:

- Na verdade todas minhas anotações e dúvidas sobre a El foram respondidas no episódio 8 da quarta temporada, então vamos deixar pra lá. Exceto que... eu acho que ela é filha do Henry Creel. Puro achismo.


Sobre Henry:

Oooooh boi

- Dá a entender que ele foi o primeiro, em Hawkins, a ter contato com o Upside Down. Mas o poder dele é ligado ao Upside Down desde sempre ou só facilitou a conexão?

- Bem óbvio, mas o Mind Flayer tem a forma das aranhas do Henry e, na segunda temporada, as aranhas que a 008 faz o carinha lá ver são idênticas a do Henry. (Lembrando que a 008 fugiu do laboratório entre 1978 e 1979 porque ela está lá quando a mãe da El aparece, mas não está no massacre de 79. Foi o Henry que ajudou ela a fugir? Será que ele tentou antes com outras crianças o que fez com a El ou é só coincidência? Lembrando também que a 008 fala pra El exatamente o que o Henry fala, de usar uma memória que a deixa com raiva para potencializar seu poder).

- Por que o Henry não mata o Dr. Brenner no massacre?

- Na cena da casa Creel, em 1959, dá a entender que o que salvou o Victor foi a música e sabemos que realmente deve ser porque funciona depois de novo, mas... foi o próprio Henry que ligou o rádio? Por que ele ofereceria a "defesa" ao pai? Pode ser que naquela altura ele não soubesse, claro. E, nisso, entra outra pergunta: no discurso do Vecna/Henry pra El e Nancy ele diz que quase se esgotou porque não sabia os limites dele e tal e dá a entender que ele tava tentando matar o pai, né? Pelo menos tenho essa impressão. Mas depois ele diz que o pai foi culpado pelos assassinatos, como ele desejava...? Afinal, ele queria o pai morto ou preso?

- Também no discurso dele ele diz que os pais fizeram coisas horríveis. O que o pai fez fica óbvio, já que ele vê o bebê queimando. Também sabemos que as coisas que as vítimas de Henry/Vecna vê tem a ver com coisas em seus passados que os atormentam, mas com a mãe dele, não fica claro o que ela fez de horrível, já que a alucinação dela é ver as aranhas que, como sabemos, está ligada ao Henry. Ela fez alguma coisa pra ele no passado ou é só o fato dela ter chamado o médico porque ele era diferente?

- E, gente, o que a pobre da irmã dele via???? Ela é uma criança, o que ela tem no curto passado dela que a atormenta? (Infelizmente consigo imaginar várias respostas aqui graças a experiências pessoais, mas não acho que se aplica aqui).


Sobre Eddie:

- Primeiro, I love him.

- Segundo, na sua cena inicial ele fala algo parecido ao que o Henry fala sobre se conformar a normas artificiais, etc.

- Quando ele tá conversando com a Chrissy, ele diz que quando eles se conheceram, no ensino fundamental, ele tava diferente, com o cabelo raspado. Vi, depois, na internet, que há uma teoria de que ele seja o 010. Não sei... mas achei interessante quando ele cita o fato do cabelo.


Datas importantes:

- Os acontecimentos com os Creel acontecem em 1959.

- Eleven nasce em 1971.

- Em 1978 a mãe da El decide procurá-la no laboratório. (Por que ela demorou sete anos?)

- Em 1979 aconteceu o massacre do laboratório.

-Em 1983 o portal é aberto. Os acontecimentos da primeira temporada se iniciam em novembro.

- Os acontecimentos da segunda temporada se iniciam em outubro de 1984.

- Os da terceira temporada se iniciam em junho-julho de 1985 (embora a parte dos russos fazendo o teste e falhando, no início, é de 1984).

- Quarta temporada se passa em março de 1986.


Fatos aleatórios que me chamaram a atenção:

- As (quatro) badaladas do relógio não é novidade apresentada na quarta temporada. No fim do episódio 3 da segunda temporada e no episódio 2 da terceira temporada elas também aparecem de forma evidente.

- Lucas cita o hospício Pennhurst (onde Victor Creel está internado) na primeira temporada quando diz que a El veio de lá.

- A questão da Guerra Fria, M K Ultra e todas as merdas de americanos, né...


Referências/citações de outras obras:

- Joyce fala de assistir Poltergeist na primeira temporada.

- Jonathan tem o poster de Evil Dead no quarto.

- Suzy tá lendo Earthsea.

- Neverending Story, of course.


Referências/citações que eu imaginei devido a certos interesses individuais:

- Hawkins fica em Indiana, como Pawnee, de Parks and Recreation e na terceira temporada tem um diálogo entre o Dustin e o Steve que é idêntico ao da Leslie e Ben quando ele (Ben/Dustin) diz "You are burning up" e eles (Leslie/Steve) respondem, meio delirando "YOU are burning up".

- Tem duas falas icônicas de Jurassic Park na série. Na terceira temporada o prefeito falando "Spared no expanses" e, na quarta, o Argyle falando "Hold on to your butts". 

- Tem as inúmeras referências a filmes/livros de terror, mas não vou falar sobre isso em detalhes porque tem milhões de vídeos espalhados pela internet comentando isso. Mas destaco meus queridinhos que me fizeram gritar "AI, GENTE, É TAL COISA": Amityville, óbvio, na história dos Creel. Hannibal, na cena que a Nancy e a Robin visitam o Victor no hospício.


Referências/citações específicas de coisas específicas que eu sou viciada:

1. Tolkien:

- Mirkwoord (nome que os meninos dão pra floresta onde o Will desaparece).

- Radagast (senha que a Joyce usa pra entrar na cabaninha do Will).

- Weathertop (nome que o Dustin dá pro lugar onde ele instala o rádio dele).

- Riddles in the Dark (episódio 5 da primeira temporada, mas não lembro exatamente o contexto porque anotei aqui só quando aparece e só lembro de ser os meninos conversando).

- E as citações diretas de Mordor e o condado pelo Eddie na quarta temporada e os meninos dizendo pro Hopper na primeira temporada de onde tiraram o nome Mirkwood.


2. It (livro):

- Bem, tem as obviedades das obviedades que é a semelhança entre Hawkins e Derry, as crianças e até as datas, tipo, em It, nosso querido Pennywise volta a aterrorizar Derry em 1984-1985, mesmos anos da segunda e terceira temporada de Stranger Things. Outra é que o furdunço da família Creel acontece em 1959, mesmo ano dos furdunços das crianças de It. E a terceira temporada se inicia com os russos em 28 de maio de 1984 (lembrando que a quarta temporada estreou dia 28 de maio) e essa é a data em que o Mike faz as ligações em It.

- Bob Newby conta pro Will a história do palhaço que ele tinha medo e quando ele o imita com a frase "You want a balloon?" ele parece demaaaaais o Pennywise. E, lembrando, que Bob (Grey) é um dos nomes que o palhaço de It se apresenta.

- Os meninos discutindo o fato de o Mind Flayer ser um ser super antigo... I MEAN PLEASE!

- Na terceira temporada o lugar que o Billy é possuído pelo Mind Flayer chama Steelwork Brimbor e em It temos a tragédia de Kitchener Ironworks.

- A região em que fica Hawkins chama Roane e, vamos combinar, não tem como não lembrar da lenda de Roanoke que o King adora citar em suas obras, inclusive It e Storm of the Century.

- OS NOMES! Como alguém que está relendo It enquanto assistindo Stranger Things OH MY GOD


Olha, gente, sinceramente, poderia ficar comentando mais um milhão de coisas porque eu to viciada, como vocês podem ver, mas to cansada e tem muita gente comentando as coisas mais óbvias, então vou pular, mas só pra deixar o óbvio mais jogado: os relógios, a questão temporal, as músicas, os números, a psicóloga da escola and so on...

Nossa, escrevendo isso percebi porque amo Stranger Things. Eles juntam fantasia e terror, duas das coisas que mais amo. Ai, Ai...

Bem, se mais alguém que gosta da série quiser comentar e conversar, comentem aí. Por enquanto to só que atormento a Jaini com tudo isso hahaha (e tentando atormentar o Fer também).