Hoje, aparentemente, eu tenho um propósito, ou seja, eu sei o que vou falar, ou ao menos eu sei o que eu pretendo falar, o que vai virar isso de verdade só Deus sabe.
Então, hoje falaremos de alguns livros que eu li recentemente. Só alguns. Vamos por ordem.
Eleanor & Park (Rainbow Rowell). Bonitinho. Extremamente perturbador. Embora esse tipo de livro seja importante porque representa problemas reais de adolescentes pelo mundo, eu acho que eu prefiro ficar com minhas fantasias. Óbvio que minha preferência por histórias de fantasia não é segredo pra ninguém. Eu me sinto mal lendo coisas que eu sei que pode estar acontecendo neste exato momento e, como escritores mais "realistas" tendem a querer representar o que tem de pior na realidade eu prefiro não saber. Alienada? É, que se dane, isso é problema meu. Mas o livro é bom, aconselho.
Fangirl (Rainbow Rowell). Esse é mais light e mais divertido. Também representa problemas de adolescentes, mas problemas muito mais fáceis de lidar. Saber que algo do tipo está acontecendo agora é mais "aw que bonitinho" do que "WTF aconteceu com o mundo?" como o anterior e, na verdade, eu vejo esse tipo de coisa acontecendo todo o tempo no tumblr. Nem preciso comentar que a obsessão da protagonista com uma série de fantasia ajuda muito o fato de eu ter gostado, se bem que a série de fantasia em si era meio besta. Mas é bem legal e acho que vocês deviam ler.
Cidades de papel (John Green). Esse é o John Green que eu mais gostei até agora. Eu até gosto dos outros, mas esse é o melhor. A Margo é uma personagem incrível. Não tenho muito que falar além disso, exceto: vão ler!
Adeus às armas (Ernest Hemingway). Então, um clássico, né. UH! Mas eu não dou a mínima pra isso na hora de dar minha opinião sobre um livro. Não é ruim. Mas meu Deus! Que diabo eram aqueles diálogos? O pior é que na introdução tinha um bom da boca lá falando que os diálogos eram a melhor parte. WHAT THE HELL? As partes da guerra são interessantes, mas aquela mulher era completamente louca. O final é triste, mas o que se destaca no livro é a ruindade dos diálogos e a loucura da senhorita.
Entrevista com o vampiro (Anne Rice). Meh. Outro livro que eu morria de vontade de ler e que me decepcionou. O Lestat é insuportável e o Louis parece uma menininha de 13 anos. Nem a Claudia que é uma criança é tão menininha como o Louis. Mas a Claudia e o Armand são muito bons. É só.
O diário de Anne Frank. Ai. Aí é que a coisa pega. Vocês precisam ter em mente que O diário de Anne Frank é um dos meus livros preferidos e um dos que eu mais li na minha vida. A primeira vez que li eu tinha 12 anos e foi aí que começou meu amor pela Segunda Guerra Mundial. A primeira vez que eu li eu era um ano mais nova que a Anne e hoje eu sou 15 anos mais velha do que quando ela morreu. E nada mudou. Esse livro sempre me deixa completamente fora do ar e agora mais ainda, por vários motivos que eu não quero comentar aqui. Ler aquele epílogo é uma das coisas mais tristes do mundo e, claro, agora tem um agravante e esse agravante é o próximo livro.
O outro lado do diário (Miep Gies). Sim, é A Miep Gies, que ajudou-os a se esconder. O livro é exatamente o que o nome diz: Miep nos conta desde sua infância como chegou a terrível hora em que teve que esconder a família Frank e Van Pels. Por meio desse livro ficamos sabendo de muitas outras coisas que Anne não nos conta. Mas, como não poderia deixar de ser, as piores partes são as que vem depois do epílogo do diário. Quando Otto volta e se encontra com Miep, suas primeiras palavras são: "Miep... Miep. Edith não vai voltar." E depois, mesmo tendo esperanças de as meninas estarem vivas, o que ela mostra que fazia muito sentido, eles recebem a carta de uma enfermeira que estava no campo de concentração com Anne e Margot e, mais uma vez, Otto nos parte o coração dizendo: "Miep, as meninas não vão voltar." É nesse momento que Miep entrega o diário de Anne ao pai. Miep morreu em 2010 com 100 anos de idade, um mês antes de completar 101 anos. O livro traz várias fotos interessantes também e uma das fotos mais lindas da Anne que já vi. Se algum de vocês tem o mínimo interesse em histórias de guerra, leiam.
Eu sei o que vocês estão pensando: mas Mirane, você que prefere fantasia falando de livros que são literalmente histórias reais. Bem, tudo que é a respeito da Segunda Guerra Mundial é exceção.
Vocês podem imaginar como ler isso de novo me deixou completamente perdida. Eu não lia isso desde que... algumas coisas mudaram. E agora eu não sei mais nada e a única coisa que eu consigo pensar é que quero ler todos os meus livros relacionados a Segunda Guerra Mundial de novo.
É isso. Não quero mais falar. Pra começar eu sou péssima pra falar sobre livros, afinal livros são pra ler. Eu sei, eu sei... olha quem está falando, uma pessoa que tá escrevendo 200 páginas sobre livros, mas é o que eu acho. Só tive que me vender um pouquinho, afinal eu vivo na realidade e não em um mundo de fantasia como eu queria.
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