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I hate everything, except some things

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Crítica da razão inexistente

Hum.. só venho aqui pra reclamar né... mas sabe... cansei de ficar falando sobre o que eu sinto, como eu to cansada do mundo, das pessoas, de mim... to cansada, oras. Cansada de vir aqui reclamar. Se eu fosse escrever o que eu estou pensando iria ser a mesma coisa de uns 10 posts anteriores... então não farei isso. Mas eu estava morrendo de vontade de escrever. Muita vontade mesmo.
Então aqui estou. Tentando desesperadamente não reclamar e não ficar falando sobre o quanto eu odeio as pessoas.
Mas eu odeio muito as pessoas.
Como tem gente ridícula nesse mundo! E sabe o que é pior? Muita gente deve me achar ridícula também, o que quer dizer que tudo é uma questão de como você enxerga as coisas, o que quer dizer que, não importa o que você faça, alguém sempre vai te achar ridícula. Mas se eu não me acho ridícula (sou ridícula às vezes, mas não no sentido em que acho outras pessoas ridículas, tenho certeza que não faço certas coisas... então se me acham ridícula são por outros motivos e não os mesmos que os meus) mas provavelmente sou ridícula para as pessoas que eu acho ridículas, provavelmente as pessoas que eu acho ridículas não se acham ridículas, o que quer dizer que no fim ninguém é ridículo, nem é nada. No fim, cada um é uma coisa a cada momento, dependendo de quem tá vendo/observando/interpretando.
É triste saber que não se é nada além de interpretação alheia, né?
Quem é você? Eu? Não sei... depende... sou feia pra uns, bonita pra outros, simpática pra uns, insuportável pra outros... me responda você quem sou eu.
E se o que me define é a minha opinião, então vocês já sabem exatamente quem sou eu e então parem de discordar de mim!
Óbvio que às vezes as pessoas se definem por opiniões que são mais importantes pra ela. Por exemplo: se você é apaixonada por alguém e aquela pessoa diz que você é linda e inteligente, pra que você vai ligar pro que os outros dizem? Quem importa te acha linda e inteligente e é isso que importa... não é? Hum... não!
Todos sabem que não é isso que importa.
Podem dizer o que quiserem, todos se preocupam com as opiniões alheias. Fomos/somos condicionados a isso, não é culpa de ninguém. (Reparem que estou tentando fugir de indagações filosóficas do tipo "O que importa de verdade?" ou "Quem nos condicionou?")
Pessoas felizes. Um enigma que eu jamais entenderei sequer a proposição quanto mais a solução.
Como alguém pode ser feliz?
Claro que as pessoas felizes vão dizer "Ah! Nós somos felizes, porque a vida é linda e eu tenho tudo o que preciso e... indefinidamente..."
Não estou dizendo que as pessoas devem ser tristes, eu acho o máximo quem consegue ser feliz, sem ironias, de verdade! É só que eu só consigo me considerar feliz por alguns poucos segundos que, geralmente, estão ligados a futebol e porque eu esqueço todo o resto. Mas uma pessoas que afirma ser feliz esquece todo o resto todo o tempo? Só isso explica... por que como alguém pode ser feliz com tanta desgraça no mundo. Sério. Sem clichê. Pare só por dois segundos e pense na existência, no mundo, na vida, na história, em tudo... nessa eucatástrofe gigantesca que tende mais pra algo sem a virada final... Se você conseguir dizer que você ainda é feliz você merece meu respeito eterno e, sinto dizer, minha inveja também...
Eu não to conseguindo me expressar direito, isso tá parecendo alguma coisa idiota e sem sentido, mas é que eu acho que se você consegue não se importar a esse ponto você realmente merece ser feliz, porque é um feito e tanto. Meu sonho não se importar. Não me importar.
E eu não falo só de mim. Falo de tudo... o pior é que tentar verbalizar isso fica parecendo tão idiota.
As palavras andam tão vazias de significado. Não importa o que você diga vai sempre parecer sem importância porque todo mundo já falou tanto (eu principalmente) que, quando falamos, parece que é só um ritual vazio...
Se eu digo que o mundo está irremediavelmente perdido, eu quero dizer exatamente isso. Não é uma simples afirmação vazia, entende?
Você consegue entender a força dessa sentença e o quanto isso demonstra uma desesperança maior que a própria vida? Não? Então por que eu ainda falo? Esse é o problema... antes eu achava que ninguém me entendia, mas a verdade é que ninguém me ouve. Tantos anos pra convencionarmos certos significados pra perder isso assim, de uma hora pra outra...
Eu também uso expressões vazias... quase o tempo todo e esse é o problema de quem fala demais... porque quando eu quero realmente dizer alguma coisa, alguma coisa que significa de verdade, ninguém me ouve. Ninguém tenta buscar o significado da palavra que eu acabei de dizer.
Alguém que tá lendo isso está parando pra pensar no que eu estou realmente querendo dizer? É claro que não!
E sabe mais uma coisa que me irrita? Pessoas que pensam/dizem coisas do tipo "antigamente ou em tal época as coisas eram melhores ou piores". Não! Não eram... as coisas só eram diferentes. Havia coisas melhores e coisas piores... a vida encontra caminhos. Tudo encontra caminhos.
No fim é: muitos clichês. Muita repetição. Muito discurso internalizado e repetido. Não que tudo isso que eu esteja falando não faça parte disso, provavelmente faz. Mas o que eu posso fazer? O que qualquer um pode fazer? O pior é quando nem há um nível de distanciamento aceitável entre um discurso e outro. Aí é dose...
Não sei mais o que eu to falando... odeio quando as coisas significam demais também. E odeio pensar. Pensar é uma doença gravíssima que é incentivada. Sorte que quase ninguém dá bola pra isso...
Como eu disse, de um jeito ou de outro, não importa o ponto de vista adotado, o mundo está irremediavelmente perdido. E 'perdido' aqui nem significa 'acabado', porque se assim fosse, pelo menos haveria algum alívio.

3 comentários:

  1. muito bom isso: "Pensar é uma doença gravíssima que é incentivada. Sorte que quase ninguém dá bola pra isso..."... Ainda bem que eu não sofro desse mal hehehehe

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  2. Se as letras fossem números talvez fosse mais fácil fazer um comentário, mas, lá vou eu me enfiar no meio das tais "palavras".

    O que é certo e o que é errado ? O mundo estar "perdido" depende do ponto de vista de cada um.

    Eu realmente fico triste com uma porção de coisas que acontecem no mundo e acho que estão erradas. Provavelmente ainda vou ficar triste com mais uma outra porção de coisas que vão acontecer .

    Felicidade ? Talvez nem as pessoas mais convictas de serem felizes saibam descrever a tal felicidade. As pessoas ligam demais a tal felicidade com a realização de sonhos. ( E em tempo, fico triste pelas pessoas que não tem sonhos )

    Explica-se o sentir bem, fazer as coisas que acredita ser correta, lutar por esses ideais, viver o que gosta de ser/fazer.

    E Como já disse Neil Peart:
    No one gets to their heaven without a fight

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