Essa é uma das coisas mais lindas que eu aprendi com The Lord of the Rings. Sério!!! Além de ser uma frase lindíssima, é muito verdade e foi uma daquelas coisas que (não sei se vocês já passaram por isso com algum livro, mas Proust faz isso demais, pelo menos pra mim), embora eu sempre tenha percebido, nunca tenha dado valor suficiente para colocar em palavras. Tipo quando Proust descreve a sensação de acordar no meio da noite (não me lembro direito, li No caminho de Swann há cinco anos) e perceber os objetos, os móveis de maneira diferente. Não sei explicar. Não sou Proust. Nem Tolkien. Mas então. A hora fria que antecede a aurora, pra mim, era algo que eu sempre percebi, mas nunca tinha falado sobre, porque é tão normal, tão "corriqueiro" e aí vem algum gênio e transforma isso em uma coisa tão maravilhosa, tão perceptível e te faz pensar "Como eu não percebi a relevância e a beleza disso antes?" Afinal, são desses momentos que não nos parecem importantes e por isso não fazemos questão de guardar na memória que as verdadeiras memórias são feitas, não é Proust?
Tudo isso pra dizer que essa frase do título, por mais incrível que pareça, afinal, pelo que me lembre, não é normal que palavras despertem a memória involuntária (ou é, Orlando?), é a minha madeleine no chá. Todas as vezes que leio isso em The Lord sou transportada para a minha infância na fazenda, quando todos os dias eu acordava nessa hora super simpática da noite e, como disse, não achava importante o suficiente par me lembrar depois.
Mais um ponto para o Tolkien! (Como se ele precisasse!)
Love you.
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