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I hate everything, except some things

terça-feira, 17 de maio de 2016

Mas o que foi que eu fiz de errado?

Ah, esse post vai ser tenso de escrever, mas eu vou. Porque eu to tão cansada de tudo que eu to pouco ligando.
As pessoas deveriam ler esse post por vários motivos, não por mim, não mais e, vamos combinar, se fosse por mim, quem ia ligar? Mas pelos outros mesmo, pessoas que ainda podem aparecer na sua vida, sabe? E, honestamente eu nem sei se isso vai fazer algum sentido pra alguém, mas eu vou escrever mesmo assim. Talvez, ou provavelmente, me arrependerei horrores, mas quem liga?
Em primeiro lugar, o que eu fiz de errado?
Não estou aqui me fazendo de vítima, estou realmente perguntando e queria saber porque eu não consigo entender. Eu sei que a última coisa que o mundo é, é justo, mas, mano, sério?
Você cresce com os discursos de "se você trabalhar duro você consegue", "você planta o que você colhe", "corra atrás dos seus sonhos, trabalhe por eles e tudo vai dar certo". Sério? Então o que eu fiz de errado? Porque até onde eu lembro, alguém pode me corrigir aqui se eu estiver enganada, eu trabalho desde os meus 14 anos. Dos 14 aos 20 (quando entrei pra uma faculdade em que eu estudava das 8 da manhã às 6 da tarde) eu trabalhei e durante esses anos fiquei apenas alguns meses desempregada. Durante 4 anos eu trabalhei e estudei. No começo era meio período de trabalho e meio período de escola, mas depois, no colegial, eu saía de casa às 6 da manhã, trabalhava até às 5:30 da tarde e depois ia pra escola até às 11 da noite, chegava em casa todo dia à meia-noite, mais ou menos, pra acordar 5:30 no dia seguinte de novo. Não to contando isso pra vocês ficarem com dózinha de mim ou falarem "um monte de gente fez/faz isso ou pior, grande coisa". Eu sei, não to falando que eu sou especial, só to mostrando que eu não fiquei de cu pra cima.
Depois fiquei três anos sem estudar, só trabalhando e então entrei pra faculdade. Pública. Não tinha como arrumar um emprego enquanto eu tava na faculdade já que, como falei, meus horários eram entre 8 da manhã e 6 da tarde, alguns anos com aula à noite também. Eu dei algumas aulas particulares e fazia algumas correções pra ganhar um dinheirinho, mas era só o que dava pra fazer na época. "Ah, mas por que você não foi estudar à noite pra trabalhar?" Porque o curso de Letras no noturno era um curso completamente diferente, amigo, eu passei no vestibular para o diurno, não podia simplesmente ir pra noite e eu não tinha o mínimo interesse em italiano ou francês, que era só o que tinha quando eu entrei.
Eu tinha moradia e ganhava bolsa da faculdade pra me sustentar depois do primeiro ano, então, não, eu não vivia às custas dos meus tios. Eles ajudavam, lógico, mas eu tinha meus caraminguás de aulas e correções mais a bolsa e a ajuda de amigos e namorado. E assim foi a graduação.
Depois veio o mestrado. Também com bolsa. E sabe por quê? Porque eu era foda. Pode me chamar de metida, se quiser. Eu sei que eu sou um lixo de pessoa e um fracasso, mas eu era foda. A bolsa do mestrado e do doutorado não tinha nada a ver com a minha situação econômica, como na graduação. Eles não me deram bolsa porque eu era pobe. Eles me deram bolsa porque eu era foda. 
Com as bolsas CAPES na pós-graduação você não podia trabalhar, na verdade era proibido, e se te pegassem você perdia a bolsa e ainda tinha que devolver o que recebeu. Claro que algumas pessoas faziam, mas eu não era uma delas porque eu mal conseguia fazer o que eu precisava e não tava interessada em dever vários mil reais que eu não tinha.
E assim foi. Eu trabalhei, eu entrei na faculdade, eu fiz o melhor curso de letras do Brasil (na época), eu fiz mestrado e doutorado, tudo isso enquanto tentava dar conta de uma depressão filha da puta, além de ansiedade e transtornos de personalidade. Vocês podem achar que eu to tentando me fazer de vítima aqui, talvez sim. Mas você não tem ideia de como é difícil fazer um mestrado e um doutorado a menos que você tenha feito. Estando sã já é dificílimo. Lidando com doenças mentais é praticamente impossível. Eu sei que minha palavra não vale nada pra ninguém, então perguntem por aí. Quando eu falava para minhas psicólogas e psiquiatras elas não acreditavam. Uma delas chegou a dizer "mas isso é impossível!". E eu fiz.
Agora isso não é trabalhar duro? Por favor, me respondam. Isso não é ir atrás dos seu sonhos e trabalhar por eles? Se sua resposta pra minha pergunta é "não", então por favor me explique o que é "trabalhar duro" porque eu não tenho nem ideia. Mas se sua resposta é "sim", então me diz o que eu fiz de errado? Porque eu terminei meu doutorado o ano passado e estou desempregada desde então. Sem querer ser dramática, mas já sendo, literalmente à beira da miséria.
"Ah, mas você tá tentando arrumar emprego?"
Não, só mandei uns 200 currículos, só isso.
"Presta concurso"
Querida, eu não tenho a mínima chance em concursos porque 1. Não existe concurso pra área Literatura de Fantasia. 2. Literatura Inglesa seria uma alternativa, mas eu não posso prestar porque não fiz inglês na graduação e não importa que eu saiba inglês melhor que muitos professores eu ainda não posso prestar o concurso. 3. Eu poderia tentar Teoria da Literatura mas eu não conseguiria porque no mestrado e no doutorado você foca em uma coisa bem específica e, no meu caso, essa coisa foi literatura de fantasia. Isso não cai em concurso. E, claro, eu tenho um conhecimento geral de teoria, mas eu não tenho a mínima chance de concorrer com pessoas que estão estudando exatamente aquilo há anos. Claro, eu sou foda, e poderia, sim, tentar e, talvez, até conseguir um dia, mas aí eu jamais passaria na fase de currículo e sabe por quê? Porque a fase de currículo num concurso público considera seus últimos 5 anos de produção e sabe o que eu produzi nos últimos 5 anos? Absolutamente nada. Eu tava tentando me manter viva, literalmente, e tentando escrever a tese. Isso era mais do que eu podia fazer e por isso consumiu tudo de mim e mais um pouco. Eu me inscrevia para congressos, era aceita, mas eu não conseguia ir, Porque eu morria de medo de sair de casa, eu não conseguia ficar no meio de pessoas sem ter uma crise de pânico e eu não conseguia falar em público.
"Ah, mas pra fazer outras coisas você conseguia sair"
Não. Eu não sei se vocês sabem, mas em 2014 eu consegui comprar ingresso pra um jogo da Copa. Não qualquer um, um jogo do Uruguai, uma das minhas seleções preferidas. Eu consegui ingresso, eu comprei a passagem de avião e o hostel. Mas eu não fui. Porque eu não conseguia sair de casa. Durante um mês eu tive crises de ansiedade todo santo dia pensando nessa viagem. E eu queria tanto ir, tanto!Você tem ideia da minha dor por não ter ido? Era um jogo de Copa do Mundo! Eu nuca mais vou ter uma oportunidade dessa provavelmente. Mas eu não fui. Eu perdi praticamente todo o dinheiro de passagem, hostel, ingresso porque eu não conseguia sair de casa. Esse também foi um dos motivos pelo qual eu não trabalhei na Copa do Mundo.
Eu não tinha a menor condição de fazer nada então eu não fiz. Agora se eu presto um concurso eu nem vou ser considerada na fase de currículos porque eu não tenho nada.
Eu poderia colocar aqui milhões de "ah, mas e se você fizesse isso ou isso ou tentasse isso?", mas acredite, eu já tentei. Eu tenho currículos até em outros países. E não pense que eu sou fresca não, tentei emprego em todo canto, shopping, mercado, fast food, não to me achando a rainha da cocada preta querendo só emprego de doutora. Não. No momento to tentando só ter dinheiro pra sobreviver e ainda assim, nada. Na verdade, na verdade mesmo, eu nem tenho condição de trabalhar. Eu não tenho a mínima condição de sair de casa, mas eu to tentando mesmo assim, afinal vocês tudo acham que depressão não é nada mesmo, né? Eu to só rezando que eu consiga esconder minhas doenças tempo suficiente pra conseguir um emprego e depois literalmente me sacrificar pra mante-lo. Porque você pode apostar que eu ia dar o meu melhor mesmo estando morrendo. 
"Ah vá, mas não é tão difícil assim"
Hahahahahahahahaha, querida, QUANDO eu consigo dormir você tem ideia do sacrifício que é pra eu levantar da cama? Não, não é preguiça. É praticamente impossível. Os dias que eu consigo levantar da cama, escovar o dente e tomar banho já são uma vitória pra mim. Ontem por exemplo não foi um desses dias.
Agora me diz, o que eu fiz de errado? Eu não trabalhei o suficiente? Não estudei o suficiente? Sou vagabunda?
Aí vem o segundo discurso que eu mais ouço: "você planta o que você colhe".
Sério? Sério mesmo? Então me ajuda aqui a entender o que foi que eu fiz.
O que uma criança de 4 anos fez de tão errado nos seus quatro anos de vida para ser tratada do jeito que eu fui pela minha "família"? Me conta o que eu tava colhendo quando eu era chutada de casa em casa, depois que minha vó morreu, sem ninguém querendo ficar comigo e ter que ouvir que eu era "ruim igual minha mãe" e ia ser pior que ela quando crescesse? O que eu poderia ter feito nesses meus 4 anos de vida que justificasse tias minhas me comparando a cachorros ao dizer que minha mãe me deu embora igual a um cachorrinho e depois outra dizer "na verdade acho que ela gosta mais de cachorros do que de você" e cair na risada? Sim, eu lembro. Eu lembro de tudo. Essas cenas e muitas outras piores ficam rodando na minha mente o tempo todo. Algumas tias dizendo pra tia que me adotou "você tá levando uma cobra pra dentro de casa, você vai ver só, ela vai ser uma biscate drogada igual a mãe e encher sua casa de crianças se você não se livrar dela logo" (ah, a ironia da vida... mas nem vou comentar essa parte), mas sim, eu lembro disso tudo. Eu era uma criança de 4 anos. Quem faz isso? Quem fala isso pra uma criança de 4 anos? Talvez vocês tenham se esquecido, claro. Não fez diferença nenhuma na vida de vocês. Certeza que se vocês lerem isso vão me chamar de mentirosa, como sempre (ah é, verdade, lembra quando eu fui diagnosticada com depressão e minha tia foi contar pra vocês e vocês disseram pra ela não se preocupar porque eu tava fingindo pra chamar atenção? Que era só frescura, que minha mãe também fazia isso? Pois é, eu lembro disso também). Mas vocês sabem o que fizeram. E Deus viu. Então me chamem de mentirosa o tanto que quiserem, eu não dou a mínima.
Claro, depois eu cresci e todo mundo me achava respondona, metida e outras coisas mais. Claro que eu era. Eu cresci com um senso de injustiça tão grande dentro de mim que eu não conseguia ficar quieta. Eu eu sempre agi como metida porque por dentro eu me achava um lixo, vocês me ensinaram a me achar assim. Eu achava que eu era a pior pessoa do mundo, a mais feia, a mais chata, literalmente um lixo. Mas eu não ia deixar você verem isso. Então eu era metida. E vocês me odiavam ainda mais por isso. Como assim essa criatura que nem a mãe quis ainda é inteligente e se acha o máximo? Ai ai... eu nunca me achei o máximo. Vocês podem me odiar, mas ninguém me odeia mais do que eu. Parabéns! Vocês conseguiram. Eu não sou igual a minha mãe, eu nunca usei nenhuma droga na vida (não, nem maconha, nada, nadinha, nunca), eu não fiquei grávida nenhuma vez, eu tenho um doutorado. Mas vocês destruíram minha vida completamente então parabéns! Eu nunca fui feliz (exceto alguns momentos de futebol e leitura), eu nunca tive paz na vida e eu nunca acreditei que eu merecia nenhuma dessas coisas, eu passei a maior parte da minha vida tentando me matar porque quando você diz pra uma criança que ela não é nada, ela acredita. Eu acreditei, eu cresci acreditando e por mais que eu tenha tentado provar que vocês estavam erradas, vocês não estavam. Então parabéns!
Mas nada disso ainda responde minha pegunta. O que eu estava colhendo? Os espíritas podem dizer que eu estava colhendo o que eu plantei em outras vidas e essa é a única resposta aceitável pra mim. Mas se você não é espírita, o que eu tava colhendo quando minha vida foi transformada num inferno quando eu tinha apenas 4 anos de idade?
Mesmo agora, com 31, o que eu fiz de tão maldoso na minha vida pra estar aqui agora sozinha, desempregada e sem nenhuma esperança na vida?
Eu nunca matei ninguém, eu menti algumas vezes, sim, mas quem nunca? Eu não judio de animais, eu tento ajudar todo mundo que precisa de mim, eu rezo todo santo dia. Na verdade eu converso com Deus desde quando eu tinha quatro anos. Vocês abem, né, quando todo mundo ao seu redor te odeia e basicamente preferia te ver morta do que ali na casa deles você não tem muita opção e Deus sempre foi o meu melhor amigo. Então, pelo amor do meu melhor amigo, me diz o que foi que eu fiz de tão errado pra merecer essa vida?
Lendo coisas aleatórias por aí eu sempre vejo pessoas aconselhando gente depressiva e suicida como eu a procurar um amigo quando nessas situações extremas. Hoje, eu dou risada. Porque eu não tenho absolutamente ninguém aqui. Vocês sabem que eu já reclamei muito (principalmente aqui nesse blog) sobre ninguém se importar, eu não ter amigos, etc. Eu realmente se sentia assim, ainda me sinto às vezes. Vocês tem que entender que uma das minhas doenças me faz acreditar nisso de verdade, me faz acreditar que todo mundo me odeia e que ninguém se importa comigo e algumas vezes eu sou até injusta com algumas pessoas. E isso tudo é uma bagunça porque quando você tem essa doença mas ao mesmo tempo tem realmente um monte de pessoas que não se importam e te odeiam fica difícil de separar. Mas não é esse o caso aqui. Eu tenho um punhado de amigos, se eles se importam mesmo não tenho certeza, mas eles tão sempre por aí, com os problemas deles também. Mas eu não tenho ninguém aqui. Todos os meus amigos foram embora de Rio Preto. Então quando eu to querendo me matar, o que acontece todo dia ultimamente, eu não tenho ninguém pra ligar e falar "ei, será que você poderia vir passar umas duas horas comigo?" Não tenho. Absolutamente ninguém. Ninguém pra ir no cinema, ou ir tomar uma cerveja. Também não tenho dinheiro pra isso, mas entende o que to querendo dizer? O que eu tenho que fazer pra continuar viva e, meu Deus, eu não tenho nem ideia do motivo de eu estar tentando, na verdade, mas eu to. O que eu faço é enfiar a cara no youtube e assistir momentos felizes de futebol. Ou ficar implicando com a ESPN. Ou ler um Tolkienzinho. Mas às vezes nem isso ajuda. E eu não tenho ninguém.
"Ah, mas e o Fer?"
O Fer tá aqui, mas o Fer não tem tanto tempo assim pra perder comigo. Não vou ficar aqui falando da vida do Fer, mas ele tá ocupado. Claro que ele ajuda, quando ele pode, mas ele não pode sempre. Ele tá se matando pra gente ter, ao menos, como pagar as contas da casa. Então eu não posso ficar jogando tudo em cima dele, eu já jogo demais, acreditem.
Claro que minha tia e minhas irmãs querem que eu volte pra casa pra elas cuidarem de mim, mas elas não entendem que isso é impossível. Eu tento explicar, mas eu sei que na cabeça delas eu to arrumando desculpa e elas realmente acham que isso não é motivo, mas eu sei como é e eu sei que não daria certo.
Se eu voltar pra casa da minha tia eu vou querer ajudar, limpar casa, fazer almoço, especialmente quando ela não tá bem. Mas eu não vou conseguir fazer, mesmo querendo. E ela não vai entender isso. Ela via tentar, eu sei, mas ela vai acabar achando que é preguiça. Mesma coisa quando eu dormir por 30 horas, como ontem. E como eu vou ficar sem as únicas coisas que me mantém viva? Futebol e o Fer. Não tem como. Sem contar a internet que é o único meio de contato que eu tenho com os amigos citados acima. Porque uma pessoa sem doenças mentais não entendem por mais que elas tentem, por mais que elas queiram entender. E a gente ia acabar brigando feio, como acontecia antes e isso ia ser terrível pra todo mundo.
Então eu to aqui, perdida, sozinha, sem dinheiro, sem nenhuma perspectiva ou esperança, rezando pro Liverpool ser campeão amanhã e pra eu não desmoronar de vez se ele não for. E aí ainda por cima os idiotas me arrumam um golpe no Brasil que é pra eu perder a esperança em tudo mesmo.
"Ah, mas não é golpe, tá na constituição"
Mano, vai tomar no cu. O que tá na constituição é que você tira um presidente que cometeu um crime, a Dilma não fez isso. Você tirou uma presidente ficha limpa pra colocar um criminoso lá, você é um idiota.
Então, gente, é isso, eu realmente preciso de uma resposta, eu realmente preciso saber o que eu fiz de tão errado. 
Claro, as pessoas que me odeiam ou que acham que eu sempre me achei o máximo devem estar amando que eu to tomando no cu. Mas, filha, eu tomei no cu a vida inteira, eu só cansei de fingir que eu não sou um fracasso total. E eu tentei tanto fingir que eu não era nada, mas não se pode fugir da realidade, né? Então, riam o quanto quiser, pisem no cachorro morto, eu não ligo mais.
Eu não sei se foi eu ou minha doença que escreveu esse post, mas no final, nós somos a mesma coisa é tudo verdade.

6 comentários:

  1. Mirane,
    não é bom você tentar encontrar uma resposta no espiritismo. Você não pode pagar nessa vida por uma coisa que vc nem sabe que fez numa suposta vida anterior. justiça não existe, blz, mas tentar justificar por esse viés já ultrapassa qualquer nível de crueldade.
    Você tem em mente que ninguém compreende o que você passa e o que você é, principalmente quem não tem alguma doença, ótimo, e isso já responde: você não fez nada de errado. o mundo é um lixo e vai continuar assim, porque meritocracia é meu cu.
    não adianta me desculpar pelo meu sumiço quanto a você, mas quero te dizer que entendo essa coisa da pós-graduação. esse lixo destrói qualquer pessoa. eu não quero mais existir por causa dessa merda.
    <3

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  2. eu tinha outra coisa pra falar mas esqueci. espero lembrar pra te falar depois.

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  3. Obrigada, Flá!
    Eu sei que você entende...

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  4. Veja bem, se já é altamente foda pra mim que nunca teve problema na vida, eu não consigo nem imaginar como é pra vc. Só digo que entendo pq eu quero que o mundo acabe.

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  5. Veja bem, se já é altamente foda pra mim que nunca teve problema na vida, eu não consigo nem imaginar como é pra vc. Só digo que entendo pq eu quero que o mundo acabe.

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