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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Atualização da situação do Red John

Então, gente, graças a Deus aconteceu, consegui pegar o Red John e colocar na caixinha. Quando saí ali no corredor ele tava deitado tão quietinho e, na hora, eu senti que se tentasse pegá-lo ia conseguir. Ele deu uma rosnadinha, mas não brigou nem esperneou, fiquei tão feliz que nem acreditava, já mandei mensagem pra vet pra ver o que dava pra fazer, mas eu tava muito agoniada e ao invés de esperar a visita da vet amanhã, levei ele num vet 24h porque eu sabia que na visita da Agnes amanhã o máximo que ia dar pra fazer era colher sangue para os exames e ele tá muito, muito machucado, precisa de algum tratamento o mais rápido possível. Tanto a Agnes quanto a vet 24h acham que é esporotricose e aí é perigoso deixar ele solto porque pode passar pras minhas bichinhas e até pra mim, mas to tomando bastante cuidado.

Lá na vet 24h ela olhou pra ele e já falou que era esporotricose, mas precisava fazer exame de sangue pra confirmar de qualquer maneira e aí começaram os problemas. A gente até tem como pagar os exames, os remédios e um ou dois dias de internação, mas ele ia precisar ficar por, no mínimo, 30 dias. A vet disse que ele vai ter que tomar ao menos uns 5 comprimidos por dia e tratar as feridas e, gente, quem tem condição de pagar 200 reais por dia por 30 dias???? Infelizmente não é possível, nem se eu pedisse ajuda, é muito dinheiro. Ficar com ele em casa não dá porque é perigoso para as gatas. Minha casa é pequena e não tenho um cômodo que dê pra colocá-lo isolado e eu nunca ia conseguir dar 5 comprimidos pra ele por dia. Por mais que ele esteja aqui pelas redondezas da minha casa por uns 6 anos, ele não tem muita intimidade comigo, essa foi a primeira vez que relei nele e sempre que chego perto da caixinha ele rosna, tadinho. Imagina dar 5 comprimidos POR DIA. Quando tenho que dar dois em 15 dias pra Fin já é um Deus nos acuda, imagina com o Red John.

Enfim, agora ele tá lá na caixinha, com água e comida. Dei sachê pra ele também e ele lambeu o pratinho, comeu tudo, o bebezo. Agora assim que amanhecer a gente vai levá-lo no centro de zoonoses e ver o que dá pra fazer. Me falaram que é possível eles quererem sacrificar porque a situação (e as feridas) está bem feia e eu quase morri, mas o que eu sinto não importa, tem que ver o que é melhor pra ele. Vou conversar e explicar e ver se tem como tratar, se tiver, ele vai ser tratado e depois vai voltar aqui pra casa, ser vacinado e cuidado. Se não tiver como e precisar de eutanásia eu vou estar com ele, segurando a patinha dele pra ele saber que não está sozinho e tem quem se importa. Se Deus quiser vai dar tudo certo. Hoje mais tarde faço mais uma atualização.

Obrigada a todos que se importaram.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Mereditha Maria e Finduilas Tevilda, mamãe ama vocês

Gente, to triste.

Como vocês sabem eu tenho minhas duas princesas em casa e mais uns gatos itinerantes. Desses, o que mais aparece aqui é o Red John. Faz anos que ele vem aqui e, sinceramente, o adotaria sem problemas: minhas gatas gostam dele e eu já tava alimentando ele mesmo, mas ele nunca deixou eu pegar ele, sempre fugia. Queria pegar, vacinar, cuidar da patinha dele, mas ele nunca deixou. Eu podia chegar perto pra tirar foto e tudo, mas ele nunca me deixou relar nele. 

Aí, uns dois meses atrás, ele apareceu com um machucado muito feio no pescoço, na carne viva. Tentei pegar, mas nada dele deixar. Consegui tirar foto e mandar pra vet e ela disse que podia ser uma doença de fungos, não lembro direito o nome, e imagino que deva ser porque começou a espalhar para o corpo todo. Gente, eu tentei de tudo pra pegar esse gato e levar no médico, pensei que quanto mais debilitado ele tivesse, mais chance eu tinha de conseguir pegá-lo, mas não. Então essas últimas semanas eu to vivendo um dos meus piores pesadelos, que é ver um bichinho se deteriorando sem eu poder fazer nada pra ajudar, destrói meu coração, nem lágrima tenho mais pra chorar. Agora faz uns três dias que ele não aparece aqui e eu só consigo pensar que ele deve ter sentido tanta dor e, se já morreu, morreu na rua, sozinho, achando que ninguém ligava pra ele. Oh, Red John, eu queria tanto te ajudar. Ainda tenho esperança dele aparecer e eu conseguir pegar, mas se não acontecer, que você esteja livre da dor, meu bichinho, e saiba que teve quem te amou muito e vai sempre lembrar de você e sua cara de pau. Que Deus tire todo seu sofrimento e dê pra gente ruim.

Agora falando de gatinhos, meu Deus, como eu amo esses bichinhos. Eu sou dramática e tenho bpd, então sou exagerada com sentimentos e tals, mas quando digo que dou a minha vida pela Mer e a Fin, não to brincando, não. Primeiro que já dei, né, no dia que prometi não tentar mais me matar enquanto elas estiverem comigo, porque, por elas, eu faco até o que mais odeio, que é ficar viva. Às vezes é difícil, mas aí vejo o tanto que essas bichinhas são grudadas comigo, se preocupam, cuidam, conversam. Eu vejo elas bebendo água ou comendo e eu penso "meu Deus, vale a pena estar viva pra ver minhas filhas felizes." Sabe quando antes eu pensei que valia a pena estar viva??? NUNCA. Nem quando eu tava no Anfield. Foram os dias mais felizes da minha vida até ali? Sim, mas não valia a pena. Agora, olhando pra essas pitiquinhas, vale a pena, sim.

Quando a Fin assustou com fogos e sumiu em 2020, eu quase morri. Ela ficou três dias escondida, sem água, sem comida. Não sei onde ela tava, mas, no terceiro dia, quando saí chamando por vários quarteirões, ela me ouviu e assim que cheguei em casa ela apareceu miando. Ela me ouviu chamar e veio, sempre imagino que foi ali que ela aprendeu que podia confiar em mim, que ela entendeu "essa é minha mamãe". Quando ela machucou, ano passado, ela veio e deitou na cama comigo. Gatos se escondem quando estão com dor e a Fin é muito arisca até hoje, mas quando ela se estrupiou todinha, e devia tá sentindo muita dor porque foram cortes horrorosos, ela veio e deitou do meu lado, sabendo que eu cuidaria dela.

A Mer não desgruda de mim por nada, até hoje lembro quando a levei pra castrar, ela ficou 2 horas longe de mim e quando eu cheguei pra buscá-la ela ficou tão feliz, mas tão feliz. Toda bobinha ainda anestesiada e correndo para os meus braços. Quando ficou internada eu quase morri. Ela dorme grudada comigo, às vezes na minha cara. Se eu saio, ela me espera no portão. Ontem fui ali na farmácia e quando voltei tava as duas me esperando. A Fin fica em cima do armário, mas se vou lá no quarto e pergunto "quer carinho, Tevildinha?" ela desce toda "mreow mreow" e fica na cama comigo. A Mer fica onde eu to, sempre. Semana passada tava no corredor tirando grama e ela lá sentada do meu lado. Então, gente, o que quero dizer é que eu amo essas bichinhas mais que tudo (o Fer tá nessa faixa também). Quando vejo elas todas felizes, fechando os olhinhos pra comer um churu, eu sinto que vale a pena, sim, viver por elas.

Elas são minhas filhas e faço tudo por elas, a prioridade aqui em casa são elas. Comida boa? Pra elas, eu como miojo. A cama é delas, se sobrar espaço eu deito lá. As cobertas? Delas. Fin tem 20 centímetros, mas precisa de duas cobertas king size pra fazer o ninho dela. E é isso. Eu sei que vai ter os chatos (vai, chato, fala) que falam que pet não é filho, pois pra mim é, sim. Se não é pra você, problema seu. EU considero elas minhas filhas, minha vida é delas e independente do que todo mundo fala, PRA MIM, o amor que sinto por elas é igual ao amor que quem tem filhos sente pelos filhos. "Ain, mas não tem comparação." Não tem mesmo, cuida aí da sua cria que eu cuido da minha. "Ain, você nunca foi mãe e não entende." Nem quero. O amor que sinto pelas minhas filhas é suficiente para eu me sentir realizada e, acima de tudo, não tenho que provar nada a ninguém, se tá achando ruim que eu amo minhas gatas é porque tá faltando coisa pra você fazer.

Esse texto tem um ponto? Não. Só queria contar sobre o Red John e o quanto eu amo minhas bichinhas. É isso.